JONAS Introdução
Introdução
Conhece-se a existência de um profeta chamado Jonas, no século VIII a.C. no reinado de Jeroboão II, rei de Israel, entre aproximadamente 790 e 746 a.C (2 Reis 14,25).
No seu conteúdo este livro é sensivelmente diferente dos outros livros proféticos. Enquanto os outros põem o acento na mensagem comunicada pelo profeta, este centra-se numa experiência a que o profeta é sujeito e de que é protagonista. Mais do que a palavra de um profeta é uma história sobre um profeta. Jonas representa o destinatário da mensagem que manifesta mau acolhimento à mesma; está portanto no papel do ouvinte. As relações de insegurança diante dos outros povos e religiões levam-no a considerar que o amor de Deus se devia limitar ao povo de Israel. Em contraposição a este modo de pensar, o livro mostra que o amor de Deus é para todos. Com fina ironia e muita psicologia, o autor descreve de maneira subtil as tentações em que pode vir a cair aquele que é incumbido de uma missão profética, nomeadamente a tentação de fugir diante do caráter espinhoso da tarefa e da sua mensagem. Face a esta tentação, Deus providencia meios e métodos mais ou menos brandos e radicais, para persuadir aquele que chama a assumir a missão que lhe quer confiar. Outra tentação é a de considerar essa mensagem uma coisa sua, mostrando-lhe Deus, em resposta, que o seu amor não tem um alcance limitado, antes é universal.
Jesus cita o livro de Jonas (Mateus 12,39–41; Lucas 11,29–32). Em resposta aos escribas e fariseus que lhe pediam um sinal factual para que cressem nele, menciona os três dias passados por Jonas dentro do grande peixe e o arrependimento de Nínive, como o único sinal que lhes daria, explicando a experiência profética de Jonas como representação tipológica dos três dias que ele próprio passaria dentro da terra.
O livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Jonas desobedece ao mandato do Senhor: 1,1–16.
— A oração de Jonas: 2,1–11.
— Jonas prega em Nínive: 3,1–10.
— A indignação de Jonas contra a benevolência de Deus: 4,1–11.
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Copyright © 1993, 2009 Sociedade Bíblica de Portugal
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Conhece-se a existência de um profeta chamado Jonas, no século VIII a.C. no reinado de Jeroboão II, rei de Israel, entre aproximadamente 790 e 746 a.C (2 Reis 14,25).
No seu conteúdo este livro é sensivelmente diferente dos outros livros proféticos. Enquanto os outros põem o acento na mensagem comunicada pelo profeta, este centra-se numa experiência a que o profeta é sujeito e de que é protagonista. Mais do que a palavra de um profeta é uma história sobre um profeta. Jonas representa o destinatário da mensagem que manifesta mau acolhimento à mesma; está portanto no papel do ouvinte. As relações de insegurança diante dos outros povos e religiões levam-no a considerar que o amor de Deus se devia limitar ao povo de Israel. Em contraposição a este modo de pensar, o livro mostra que o amor de Deus é para todos. Com fina ironia e muita psicologia, o autor descreve de maneira subtil as tentações em que pode vir a cair aquele que é incumbido de uma missão profética, nomeadamente a tentação de fugir diante do caráter espinhoso da tarefa e da sua mensagem. Face a esta tentação, Deus providencia meios e métodos mais ou menos brandos e radicais, para persuadir aquele que chama a assumir a missão que lhe quer confiar. Outra tentação é a de considerar essa mensagem uma coisa sua, mostrando-lhe Deus, em resposta, que o seu amor não tem um alcance limitado, antes é universal.
Jesus cita o livro de Jonas (Mateus 12,39–41; Lucas 11,29–32). Em resposta aos escribas e fariseus que lhe pediam um sinal factual para que cressem nele, menciona os três dias passados por Jonas dentro do grande peixe e o arrependimento de Nínive, como o único sinal que lhes daria, explicando a experiência profética de Jonas como representação tipológica dos três dias que ele próprio passaria dentro da terra.
O livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Jonas desobedece ao mandato do Senhor: 1,1–16.
— A oração de Jonas: 2,1–11.
— Jonas prega em Nínive: 3,1–10.
— A indignação de Jonas contra a benevolência de Deus: 4,1–11.
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