NÚMEROS 24:1-15

Balaão compreendeu que o SENHOR queria abençoar Israel e já não foi, como das outras vezes, à procura de revelações, mas voltou-se imediatamente para o deserto. Olhou para os israelitas, que estavam acampados por tribos. Nisto o Espírito de Deus inspirou-o e Balaão recitou o seguinte poema: «Mensagem de Balaão, filho de Beor, homem de olhar penetrante que recebe revelações de Deus e visões da parte do Todo-Poderoso, daquele que entra em êxtase e vê com mais clareza! Que belas são as vossas tendas, ó descendentes de Jacob, as vossas moradas, ó israelitas. Estendem-se como vales férteis, como jardins junto ao rio, como árvores de aloés e como cedros, que o SENHOR plantou à beira de água. A água corre dos reservatórios deste povo e com água as searas produzem muito. O seu rei é mais forte do que Agag e o seu reinado será soberano. Deus fê-los sair do Egito, atacando o Egito como um touro irresistível. Devora os povos seus inimigos, esmagando-lhes os ossos e ferindo-os com as suas flechas, acocorado em atitude de espera, como os tigres e os leões. Quem lhe poderá resistir? Quem te abençoa, ó Israel, é abençoado e quem te amaldiçoa é amaldiçoado.» Muito irritado, Balac ameaçava bater em Balaão e disse: «Mandei-te vir para amaldiçoares o meu inimigo e tu já o abençoaste por três vezes. Pois agora, vai-te embora para a tua terra. Eu tinha-te prometido honrarias, mas o SENHOR não consentiu que as conseguisses!» Balaão respondeu a Balac: «Eu já tinha dito claramente aos mensageiros que enviaste a minha casa que eu não poderia desobedecer às ordens do SENHOR, fazendo qualquer coisa por minha iniciativa, fosse bem ou fosse mal, ainda que Balac me desse o seu palácio cheio de prata e ouro. O que o SENHOR me disse é isso que eu vou dizer. E agora volto para junto dos meus. Mas antes disso, quero anunciar-te aquilo que este povo há de fazer ao teu povo no futuro.» E Balaão recitou o seguinte poema: «Mensagem de Balaão, filho de Beor, homem de olhar penetrante