PROVÉRBIOS 1
1
Valor dos provérbios
1Provérbios de Salomão#1,1 Sobre a sabedoria deste rei, ver 1 Rs 5,9–14., filho de David, rei de Israel,
2para conhecer a sabedoria e a educação,
para compreender as sentenças mais profundas,
3para adquirir educação prudente,
justiça, retidão e equilíbrio;
4para dar aos simples discernimento
e aos jovens experiência e reflexão.
5O sábio escuta-os e aumenta o seu saber
e os inteligentes alcançam maior profundidade,
6compreendendo os provérbios e as alegorias,
as palavras dos sábios e os seus enigmas.
7Respeitar o Senhor é o princípio do conhecimento;
os insensatos desprezam sabedoria e educação.
Conselho aos jovens
8Meu filho, ouve as advertências de teu pai,
não desprezes os ensinamentos de tua mãe,
9pois são como um diadema na tua cabeça
e um colar para o teu pescoço.
10Se as más companhias te quiserem seduzir,
não lhes dês ouvidos, meu filho.
11Eles vão dizer-te: «Vem connosco!
Vamos preparar uma emboscada
e divertir-nos a armar ciladas aos inocentes.
12Vamos engoli-los vivos como o abismo,
como os mortos que baixam à sepultura.
13Arranjaremos toda a espécie de riquezas
e encheremos as nossas casas com os despojos!
14A tua parte será igual à nossa,
pois o que conseguirmos arranjar será de todos.»
15Meu filho, não vás com gente dessa,
afasta-te dos seus maus caminhos,
16porque eles têm pressa de fazer mal,
sempre prontos para matar alguém.
17Não vale a pena estender uma rede,
se os pássaros estão a ver o caçador.
18Porém as suas armadilhas são contra si próprios
e põem a sua vida em perigo.
19Esse é o fim dos gananciosos:
é a própria ganância que os mata.
Convite à sabedoria
20A sabedoria#1,20 Aqui, como em outros lugares, a sabedoria é personificada. Ver, por exemplo, 8,1—9,6. faz ouvir a sua voz,
proclamando pelas ruas e praças;
21sobre os muros eleva a sua voz,
à entrada da cidade#1,21 Ou: portas da cidade. Lugar onde se fazia justiça e se tratava de assuntos públicos., repetindo:
22«Ó gente ingénua, até quando continuarão ingénuos?
Ó arrogantes, até quando se vão rir de mim?
Ó loucos, até quando recusarão o conhecimento?
23Prestem atenção às minhas repreensões
e eu vos encherei de sabedoria
e vos darei a conhecer os meus pensamentos.
24Tenho-vos chamado e convidado a vir,
mas não prestaram atenção nem me escutaram.
25Desprezaram os meus conselhos
e não fizeram caso das minhas repreensões.
26Também eu me vou rir, na vossa desgraça,
e zombarei, quando estiverem cheios de medo,
27quando vos sobrevierem desastres terríveis em furacão,
quando vos surpreender a desgraça como um temporal,
quando sentirem o desespero e a angústia.
28Nessa altura, chamar-me-ão, mas não responderei,
procurar-me-ão, mas não me vão encontrar,
29pois desprezaram a sabedoria
e não quiseram respeitar o Senhor;
30repeliram os meus conselhos
e desprezaram as minhas repreensões.
31Pois sofrerão as consequências dessa conduta
e ficarão fartos das más intenções.
32A imprudência dos ingénuos dá cabo deles;
a despreocupação dos insensatos os perderá.
33Mas aquele que me ouvir viverá tranquilo,
seguro e sem receio de mal algum.»
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