Juízes 16:16-30
Juízes 16:16-30 OL
E dia após dia ela insistia, de tal forma que, não podendo aguentar aquilo mais tempo, lhe contou o seu segredo. “O meu cabelo nunca foi cortado”, confessou, “porque tenho sido um nazireu de Deus, desde o meu nascimento. Se o meu cabelo fosse cortado, perderia a minha força e tornar-me-ia igual a qualquer outro.” Dalila percebeu que desta vez lhe dizia a verdade e por isso mandou chamar os chefes dos filisteus: “Venham já, só mais esta vez, porque agora já me disse tudo.” Eles vieram e trouxeram o dinheiro. Ela fê-lo adormecer com a cabeça no seu colo e disseram a um homem para lhe vir cortar o cabelo. Dalila começou a bater-lhe, mas via-se que já não possuía a mesma força. Ela gritou: “Chegaram os filisteus para te capturar, Sansão!” Ele acordou e pensou consigo: “Bom, farei como antes e fico livre.” Porque ainda não tinha constatado que o SENHOR o deixara. Então os filisteus amarraram-no, esvaziaram-lhe os olhos e levaram-no para Gaza, onde o prenderam com cadeias de bronze duplas. E faziam-no mover uma mó de grão na prisão. Entretanto o cabelo começou a crescer-lhe novamente. Os chefes filisteus organizaram uma grande festa para celebrar a captura de Sansão. O povo fez sacrifícios ao seu deus Dagom e louvavam-no: “O nosso deus entregou-nos o nosso inimigo, Sansão!”, diziam eles com satisfação, olhando para ele na prisão. “O nosso deus deu-nos a vitória sobre o nosso inimigo, que matou tantos de nós!” A certa altura, aquela gente excitada pediu: “Tragam cá para fora Sansão, para que possamos rir da sua figura!” Ele foi tirado da cela e puseram-no no templo, entre os pilares que suportavam o teto. Sansão disse para o rapaz que o levava pela mão: “Deixa-me apalpar e sentir onde estão as colunas, para que descanse um pouco contra elas.” Naquela altura, o templo estava repleto de gente. Estavam também ali os cinco reis dos filisteus. Só no terraço havia umas 3000 pessoas, pretendendo ver Sansão, com os seus próprios olhos, fazer palhaçadas diante deles. Então Sansão orou assim: “Ó SENHOR Deus, lembra-te de mim mais uma vez e dá-me novamente força, para que possa dar a paga a estes filisteus pela perda dos meus olhos.” Sansão abraçou as colunas e aplicou toda a sua força. “Que eu morra com os filisteus!”, foi a sua última frase. E o templo ruiu, soterrando o povo todo, incluindo os seus cinco chefes. Os que matou naquela ocasião, na sua própria morte, foram mais do que os que matou em toda a vida.