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Lucas 22:31-65

Lucas 22:31-65 OL

Simão, Simão, Satanás pediu para vos peneirar a todos como o trigo. Mas eu intercedi por ti para que a tua fé não enfraqueça. Assim, quando te tiveres voltado para mim, fortalece os teus irmãos.” Simão disse: “Senhor, estou pronto até a ir para a prisão e a morrer contigo!” Jesus respondeu: “Pedro, deixa-me dizer-te uma coisa: Até o galo cantar, esta madrugada, três vezes dirás que não me conheces!” Então Jesus perguntou-lhes: “Quando vos enviei a pregar as boas novas e não tinham dinheiro, nem bagagem, nem vestuário de muda, como é que se governaram?” Responderam: “Bem. Nada nos faltou!” “Mas agora”, Jesus disse, “se tiverem um saco ou um bolsa com dinheiro, levem-nos! E se não possuírem uma espada, vendam a roupa e comprem uma! Porque chegou a altura de se cumprir isto que está escrito a meu respeito: ‘Ele foi contado entre os transgressores.’ Sim, o que se escreveu acerca de mim se cumprirá.” “Mestre, temos aqui duas espadas!” Jesus retorquiu: “Basta!” Então, acompanhado dos discípulos, deixou aquela sala e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras. Ali disse-lhes: “Orem para não serem vencidos pela tentação!” Afastou-se à distância de cerca de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orou assim: “Pai, se quiseres, peço-te que leves de mim este cálice. Mas que se cumpra a tua vontade e não a minha.” Então apareceu um anjo vindo do céu que o confortava. Porque estava em tal agonia de espírito que o seu suor era de sangue, caindo em gotas no chão, enquanto orava com fervor cada vez maior. Por fim, tornou a levantar-se e voltou para junto dos discípulos, encontrando-os a dormir, exaustos de tristeza. “Estão a dormir!”, exclamou. “Levantem-se! Orem para não serem vencidos pela tentação!” No próprio momento em que dizia isto, acercou-se uma multidão conduzida por Judas, um dos doze, o qual foi direito a Jesus para o beijar, numa saudação amistosa. Jesus disse-lhe: “Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?” Quando os outros discípulos viram o que ia acontecer, exclamaram: “Mestre, queres que lutemos? Temos as espadas!” E um deles chegou a desferir um golpe contra um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus respondeu: “Não resistam.” E, tocando no sítio da orelha do homem, restituiu-lha. Então, dirigindo-se aos principais sacerdotes, aos capitães da guarda do templo e aos anciãos que conduziam a multidão, Jesus perguntou: “Sou algum assaltante perigoso para que venham com espadas e paus? Todos os dias estava convosco a ensinar no templo e não me prenderam. Mas este momento é vosso; é a hora em que domina o poder das trevas.” Agarraram-no e levaram-no à residência do sumo sacerdote. Pedro seguia-o à distância. Acenderam uma fogueira no pátio e as pessoas sentaram-se em volta para se aquecerem. Pedro juntou-se a eles. Reparando na sua presença, uma criada pôs-se a olhá-lo e disse: “Esse estava com Jesus!” Pedro negou: “Mulher, nem sequer o conheço!” Dali a pouco, mais alguém olhou para ele e exclamou: “Também tu deves ser um dos tais!” Pedro respondeu: “Não, não sou!” Decorrida cerca de uma hora, ainda outra pessoa afirmou abertamente: “Sei que este é um dos discípulos de Jesus, até porque ambos são da Galileia.” Mas Pedro disse: “Homem, não sei o que estás para aí a dizer.” E enquanto pronunciava estas palavras, cantou um galo. Naquele instante, Jesus voltou-se e olhou para Pedro. Então lembrou-se do que lhe dissera: “Hoje, antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes.” E saindo dali chorou amargamente. Os guardas que estavam a tomar conta de Jesus começaram a fazer pouco dele. Tapando-lhe os olhos, batiam-lhe e davam-lhe socos, perguntando-lhe: “Profetiza-nos quem foi que te bateu agora?” E insultavam-no de muitas outras maneiras.

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