Rute 1:10-22
Rute 1:10-22 OL
“Não”, diziam as moças. “Nós vamos viver contigo junto do teu povo.” Porém, Noemi insistiu: “Fariam melhor em voltar para o vosso povo. Sabem bem que já não há hipótese de eu vir a ter filhos que crescessem e casassem convosco. Não, minhas filhas, voltem para as vossas casas, porque já não tenho idade para tornar a casar. E mesmo que isso acontecesse e que esta mesma noite eu concebesse e viesse a ter filhos, iriam esperar tanto tempo até que eles fossem crescidos? Não, com certeza que não. Oh! Como eu lamento que o SENHOR me tenha castigado assim! A minha amargura é maior do que a vossa!” E estiveram a chorar algum tempo até que Orfa, abraçando-se à sogra, decidiu dizer-lhes adeus e regressar à casa paterna. No entanto, Rute foi inflexível e quis ficar com Noemi. “Vê”, disse-lhe Noemi, “a tua cunhada já se foi embora para junto da sua família e dos seus deuses. Faz tu também o mesmo.” Mas Rute respondeu-lhe: “Não me forces a deixar-te. Porque eu irei para onde tu fores; onde passares a viver, aí eu também viverei; o teu povo é o meu e o teu Deus é o meu Deus. Quero vir a morrer onde tu morreres e ficar aí sepultada. Que o SENHOR me castigue e faça aquilo que quiser se houver alguma coisa, a não ser a morte, que nos separe.” Quando Noemi viu que Rute tinha tomado uma decisão firme e que nada a podia demover, não insistiu mais. Então ambas vieram para Belém. A povoação inteira comoveu-se à sua chegada. “Mas é mesmo Noemi?”, perguntavam as mulheres. Ela respondia: “Não me chamem mais Noemi (agradável), mas sim Mara (amargurada), porque o Todo-Poderoso me tem afligido muito. Parti cheia e regresso vazia. Porque haveriam de chamar-me Noemi, quando o SENHOR parece ter-se desviado de mim e me trouxe tamanha calamidade?” O regresso delas a Belém, vindas de Moabe, deu-se no princípio da colheita da cevada.