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Rute 4:1-17

Rute 4:1-17 OL

Com efeito, Boaz foi até à praça, junto às portas da cidade, e lá encontrou o tal parente que mencionara. “Olha, chega-te aqui!”, chamou-o ele. “Quero falar-te num assunto.” E sentaram-se os dois. Boaz entretanto chamara dez dos anciãos responsáveis pela cidade, pedindo-lhes para se sentarem também ali como testemunhas. Boaz disse ao seu parente: “Como sabes, Noemi regressou de Moabe para a nossa terra. Ela pretende vender a propriedade do nosso familiar Elimeleque. Achei por bem dizer-te, na presença dos que estão aqui sentados e anciãos do meu povo, que fiques com o terreno. Se queres usar do teu direito de parente mais próximo, compra a propriedade, mas, se não queres, diz-mo já, para eu saber o que devo fazer, porque tu és o parente mais próximo e a seguir a ti sou eu.” “Pois, sim, compro-a”, disse-lhe. “Mas repara que o facto de a comprares”, acrescentou Boaz, “implica que cases com Rute, para que possa ter filhos que deem continuidade ao nome da família do marido e venham a herdar as terras.” “Sendo assim, já não posso fazê-lo”, replicou o homem. “Pois um filho dela viria a ser também herdeiro da minha propriedade. Compra-a tu, então.” Naqueles dias era costume em Israel, quando um homem transferia para outro um direito de compra, descalçar o sapato e entregá-lo à outra parte; isto como que validava publicamente o contrato. Por isso, quando o outro disse a Boaz para ser ele a comprar a propriedade, descalçou o sapato e deu-lho. Boaz disse para os anciãos e para a gente que se tinha juntado em volta: “Hoje são testemunhas de que comprei a Noemi a propriedade que pertencia a Elimeleque, a Quiliom e a Malom. Em consequência dessa transação, fico com Rute a moabita, viúva de Malom, como minha mulher, para que possa ter um filho que continue o nome da família do defunto marido.” Todas as pessoas em redor, assim como os anciãos, responderam: “Somos testemunhas. Que o SENHOR torne essa mulher que agora entra no teu lar tão fértil como Raquel e Leia, de quem toda a nação de Israel descende! Que possas ser um homem próspero em Efrata e prestigiado em Belém! Que os descendentes que o SENHOR te der, dessa jovem mulher, sejam tão numerosos e tão dignos como foram os do nosso antepassado Perez, filho de Tamar e de Judá!” Assim, Boaz casou com Rute. Ela concebeu e teve um filho. E as mulheres da cidade disseram a Noemi: “Bendito seja o SENHOR que não deixou de te dar um resgatador! Que venha a ser famoso em Israel! Que venha a dar-te novamente a juventude da alma e seja o teu apoio na velhice, pois é filho da tua nora que tanto te ama e que foi para ti mais afetuosa do que sete filhos!” Noemi criou ela própria o menino. As vizinhas diziam: “É como se Noemi tivesse sido novamente mãe!” E deram ao bebé o nome de Obede. Foi ele o pai de Jessé e o avô do rei David.

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