AMÓS Introdução
Introdução
No século VIII a.C. o reino de Israel, situado a norte do de Judá, vive um período de relativa tranquilidade política e económica, devido à fraqueza das nações vizinhas, principalmente da Síria (Aram). Aparentemente vive-se em clima de prosperidade e de segurança. Este esplendor tem também as suas manifestações no culto do templo de Betel. Estamos no período do reinado de Jeroboão II (787–747 a.C.).
Porém, a riqueza económica está nas mãos de poucas famílias e a divisão entre as classes sociais aumenta. A solidariedade entre os membros do povo enfraquece e impera a opressão dos fracos pelos mais fortes. A corrupção estende-se inclusivamente aos tribunais, que pronunciam sentenças injustas contra os indefesos, que são os mais pobres.
Este é o contexto histórico em que Amós, guardador de vacas (1,1; 7,14), originário de Técoa, no reino de Judá, é chamado por Deus a pregar no reino do Norte. Amós é o primeiro profeta cuja mensagem foi recolhida num livro.
O livro abre com o anúncio do juízo de Deus contra as nações vizinhas de Israel e contra o próprio Israel. Israel tem mais responsabilidade que as outras nações e não se deve conformar com as celebrações solenes dos ritos religiosos no santuário do rei. O culto que Deus ama é o culto da verdade e da justiça. O direito de Deus não pode ser espezinhado contra os fracos e os pobres.
Nos últimos capítulos, Amós refere cinco visões que simbolizam a aproximação da intervenção de Deus. Mas o livro fecha com um anúncio de salvação (7,1—9,15).
O livro de Amós leva-nos a refletir sobre tudo quanto a mensagem de Deus tem de subversivo no nosso mundo. O profeta é expulso e isso já nos leva a pensar no destino reservado a Jesus, também ele mensageiro duma subversão, embora não violenta, mas ainda mais radical que a de Amós. Jesus e o Novo Testamento não deixam de exigir a justiça e a imparcialidade no tratamento do próximo, em especial por parte dos poderosos relativamente aos desfavorecidos (Lucas 16,19–31; Tiago 2), mas a sua obra, longe de limitar no domínio social, operará primordialmente no coração de cada ser humano.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Apresentação: 1,1–2.
— Deus julga os povos e Israel: 1,3—3,2.
— A missão do profeta: 3,3–8.
— O Senhor condena Israel: 3,9—6,14.
— Cinco visões que anunciam a intervenção de Deus: 7,1—9,10.
— Deus reconstruirá o reino de David: 9,11–15.
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AMÓS Introdução: BPT09DC
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Copyright © 1993, 2009 Sociedade Bíblica de Portugal
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No século VIII a.C. o reino de Israel, situado a norte do de Judá, vive um período de relativa tranquilidade política e económica, devido à fraqueza das nações vizinhas, principalmente da Síria (Aram). Aparentemente vive-se em clima de prosperidade e de segurança. Este esplendor tem também as suas manifestações no culto do templo de Betel. Estamos no período do reinado de Jeroboão II (787–747 a.C.).
Porém, a riqueza económica está nas mãos de poucas famílias e a divisão entre as classes sociais aumenta. A solidariedade entre os membros do povo enfraquece e impera a opressão dos fracos pelos mais fortes. A corrupção estende-se inclusivamente aos tribunais, que pronunciam sentenças injustas contra os indefesos, que são os mais pobres.
Este é o contexto histórico em que Amós, guardador de vacas (1,1; 7,14), originário de Técoa, no reino de Judá, é chamado por Deus a pregar no reino do Norte. Amós é o primeiro profeta cuja mensagem foi recolhida num livro.
O livro abre com o anúncio do juízo de Deus contra as nações vizinhas de Israel e contra o próprio Israel. Israel tem mais responsabilidade que as outras nações e não se deve conformar com as celebrações solenes dos ritos religiosos no santuário do rei. O culto que Deus ama é o culto da verdade e da justiça. O direito de Deus não pode ser espezinhado contra os fracos e os pobres.
Nos últimos capítulos, Amós refere cinco visões que simbolizam a aproximação da intervenção de Deus. Mas o livro fecha com um anúncio de salvação (7,1—9,15).
O livro de Amós leva-nos a refletir sobre tudo quanto a mensagem de Deus tem de subversivo no nosso mundo. O profeta é expulso e isso já nos leva a pensar no destino reservado a Jesus, também ele mensageiro duma subversão, embora não violenta, mas ainda mais radical que a de Amós. Jesus e o Novo Testamento não deixam de exigir a justiça e a imparcialidade no tratamento do próximo, em especial por parte dos poderosos relativamente aos desfavorecidos (Lucas 16,19–31; Tiago 2), mas a sua obra, longe de limitar no domínio social, operará primordialmente no coração de cada ser humano.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Apresentação: 1,1–2.
— Deus julga os povos e Israel: 1,3—3,2.
— A missão do profeta: 3,3–8.
— O Senhor condena Israel: 3,9—6,14.
— Cinco visões que anunciam a intervenção de Deus: 7,1—9,10.
— Deus reconstruirá o reino de David: 9,11–15.
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