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DEUTERONÓMIO 32:1-47

DEUTERONÓMIO 32:1-47 BPT09DC

«Escutem, ó céus, que eu vou falar; ouve, ó terra, as minhas palavras. Que os meus ensinamentos sejam como a chuva e desça como o orvalho a minha palavra, como chuva miúda sobre a erva, como gotas de água sobre as plantas, que eu vou proclamar a glória do SENHOR! Cantem a grandeza do nosso Deus! Ele é nosso refúgio e o que ele faz está perfeito, os seus caminhos são a própria justiça. É um Deus fiel e justo em tudo, é honesto e reto. Mas vós, como filhos indignos, e geração pervertida, comportaram-se mal com ele. É assim que queres retribuir ao SENHOR, ó povo louco e insensato? Ele é o teu pai e senhor! Foi ele que te deu o ser e a vida. Lembra-te dos tempos antigos, pensa em tudo o que já passou. Pede ao teu pai que te informe e aos teus anciãos que te contem. Quando o Altíssimo distribuiu os povos e separou a Humanidade em grupos, fixou as fronteiras para cada um tendo em conta o número dos israelitas. Pois o povo de Israel é propriedade do SENHOR, os descendentes de Jacob são sua herança pessoal. Foi encontrá-lo numa região deserta, numa terra árida, cheia de gritos selvagens. Rodeou-o de cuidados e instruiu-o, tratou-o como a menina dos seus olhos. Como a águia vela pelos seus filhos, que estão no ninho esvoaçando sobre eles e abrindo as asas, para os recolher e transportar, assim o SENHOR o conduziu sozinho, sem ajuda de nenhum outro deus. Fê-lo conquistar as montanhas e deu-lhe a comer os frutos do campo. Criou-o com mel tirado da rocha e azeite da pedra dura; alimentou-o com manteiga e leite de vacas e ovelhas, com cordeiros gordos, carneiros de Basã e cabritos, com a melhor farinha de trigo, e com o vinho das suas videiras. Mas Jessurun engordou e revoltou-se. Estavas gordo, anafado e bem nutrido! Abandonou a Deus, seu criador e desprezou o seu protetor e salvador. Provocaram os ciúmes do SENHOR, seguindo outros deuses, e irritaram-no com coisas abomináveis. Ofereceram sacrifícios e animais a demónios que não são deuses e que eles anteriormente não aceitavam, a divindades arranjadas ultimamente entre os povos vizinhos mas que os vossos pais nunca adoraram. Desprezaste a rocha que te deu à luz, esqueceste o Deus que te trouxe ao mundo. Ao ver isto, o SENHOR ficou indignado e irado com os seus filhos e filhas. Chegou a dizer: “Vou deixar de olhar por eles. Quero ver o que lhes vai acontecer. Realmente são gente rebelde, são filhos em quem se não pode confiar. Provocaram-me ciúmes com coisas que não são Deus, irritaram-me com ídolos sem vida. Também eu lhes hei de provocar ciúmes, escolhendo um povo que nem sequer é povo, hei de irritá-los, escolhendo uma nação sem inteligência. A minha ira é um fogo que está a arder e há de queimar até às profundezas da terra. Há de consumir a terra e o que ela produziu e abrasar as montanhas até aos fundamentos. Lançarei contra eles todos os males e atirarei contra eles as minhas setas. Ficarão mortos de fome e consumidos por febres e por epidemias mortais. Enviarei contra eles animais ferozes e serpentes venenosas. Na rua, os seus filhos serão mortos à espada e, em casa, morrerão de angústia, quer se trate de rapazes ou de raparigas, de crianças ou de velhos. Eu tinha a intenção de os destruir, de apagar da terra a sua lembrança, mas quis evitar os insultos do inimigo. Pois os seus adversários diriam orgulhosos: Foi a nossa força enorme e não o SENHOR que realizou esta façanha.” São um povo sem entendimento, um povo sem inteligência. Oxalá eles conseguissem entender isto e percebessem o futuro que os espera. Como é que um homem sozinho pode perseguir mil inimigos ou como é que dois podem afugentar dez mil? Só se o SENHOR, o seu protetor, os entregar, e os puser nas suas mãos. Pois sua rocha não é como a nossa rocha e os nossos inimigos são testemunhas disso. São como vinhas de Sodoma, plantadas nos campos de Gomorra. As suas uvas são venenosas e os seus cachos são amargos. O seu vinho é veneno de víboras, um terrível veneno de serpentes. É isto que eu conservo bem guardado e selado como um tesouro. Eu é que hei de tirar vingança e dar a paga, na altura em que os seus pés resvalarem. Está próximo o dia da sua ruína; aproxima-se o fim que lhes está destinado. O SENHOR defenderá o seu povo e terá compaixão dos seus servos. Quando ele vir que as suas forças fraquejam e já não há fracos nem fortes, exclamará: “Onde estão os seus deuses, o rochedo protetor no qual eles confiavam, os deuses que comiam a gordura dos animais sacrificados e bebiam o vinho oferecido nos templos? Que eles venham agora defender-vos e vos ofereçam refúgio. Reparem bem! Eu sou o único Deus e não há outro Deus como eu. Tenho o poder de dar a morte e a vida, causo uma ferida e curo-a e ninguém me consegue escapar. Levanto a minha mão e juro pela minha própria vida, que é eterna. Juro que hei de afiar a espada como um relâmpago e hei de impor a minha justiça, para me vingar dos meus inimigos, e pagar àqueles que me odeiam. A minha espada há de fartar-se de carne e as minhas setas ficarão saciadas de sangue, sangue dos mortos e dos prisioneiros e das cabeças desgrenhadas do inimigo.” Ó nações estrangeiras, alegrem-se com o seu povo! Ele há de vingar a morte dos seus servos, e há de tirar vingança dos seus inimigos, mas perdoará à sua terra e ao seu povo.» Moisés tinha-se apresentado diante de todo o povo, juntamente com Josué, filho de Nun, para recitar diante de todos este cântico. Depois de ter acabado de o recitar disse-lhes: «Prestem bem atenção a todas as palavras que hoje vos dirigi e deem ordens aos vossos filhos para cumprirem todos os mandamentos desta lei. Não se trata de uma coisa sem interesse para vós, mas, trata-se da vossa própria vida. Desta maneira, terão uma longa vida na terra que vão receber em propriedade, depois de atravessarem o Jordão.»