ESTER 4:1-11
ESTER 4:1-11 BPT09DC
Quando Mardoqueu soube o que se tinha passado, rasgou as suas vestes em sinal de dor, vestiu-se com roupas de luto, pôs cinza na cabeça e percorreu a cidade soltando gritos de amargura. Assim chegou à porta do palácio, mas não entrou, porque ninguém podia lá entrar vestido daquela maneira. Em todas as províncias a que chegou a ordem e o decreto real, em cada uma delas houve grande desolação entre os judeus, que manifestavam a sua tristeza com jejuns, prantos e lamentos. Muitos vestiam roupas de luto e deitavam-se sobre cinza. Quando as damas da rainha Ester e os seus eunucos lhe contaram o que se passava, ela ficou muito perturbada. Mandou roupas para que Mardoqueu se vestisse, e despisse aquelas que trazia. Mas ele não aceitou. Então Ester chamou Hatac, um dos eunucos do palácio, que o rei pusera ao seu serviço, e mandou-lhe perguntar a Mardoqueu qual a razão da sua atitude. Assim Hatac foi ao encontro de Mardoqueu, que estava na praça da cidade, à entrada do palácio. E Mardoqueu contou-lhe o sucedido e quanto dinheiro Haman prometera depositar nos cofres do império, em troca do extermínio dos judeus. Entregou-lhe também uma cópia do decreto dado em Susa, que ordenava a destruição dos judeus. Mardoqueu pediu-lhe que o mostrasse a Ester, pondo-a ao corrente de tudo, e que insistisse com ela para interceder junto do rei em favor do seu povo. Hatac foi ter com Ester e transmitiu-lhe aquele pedido. A rainha enviou novamente Hatac com a seguinte mensagem: «Toda a gente sabe, desde os cortesãos ao povo espalhado pelo império, que ninguém, homem ou mulher, se pode apresentar no interior do palácio, sem ser chamado. E se o fizer é condenado à morte. A única maneira de escapar com vida é o rei estender-lhe o seu cetro de ouro. Mas já há mais de um mês que ele não me manda chamar.»