ESDRAS Introdução
Introdução
O livro de Esdras começa com as mesmas palavras com que termina o Segundo Livro das Crónicas, com uma referência ao édito de Ciro, rei da Pérsia, que autoriza os hebreus a regressarem à sua pátria de origem e aí reconstruírem o templo. A matéria é exposta numa sequência lógica e fácil de entender. Após o édito de Ciro, de cerca de 538 a.C. (1,1–4), há um grande número de exilados que volta para Jerusalém (2,1–67) e que tem como principal preocupação reconstruir o altar dos sacrifícios (3,1–6). Surgem dificuldades, levantadas pela população que entretanto se havia estabelecido em Judá, mas finalmente os judeus conseguem a confirmação da autorização para uma reconstrução efetiva (4,1—6,12).
A segunda parte do livro refere factos que ocorrem mais tarde, cerca de um século após o édito de Ciro (durante o reinado de Artaxerxes, entre 464 e 424 a.C), sendo figura central Esdras, um escriba perito na lei. É ele quem organiza a vida religiosa e social do povo, sempre com a preocupação de fidelidade às práticas da lei moisaica e de cumprir, enquanto sacerdote, o ministério de intercessor junto de Deus em favor do povo. A ele se deve o judaísmo na sua forma pós-exílica, que deveria continuar pelos séculos seguintes.
O livro de Esdras juntamente com o de Neemias formam uma sequência histórica e temática. Um e outro tratam do regresso dos hebreus à Palestina, após o exílio na Babilónia. Esdras relata a reconstrução do templo, centro de vida israelita; Neemias a reconstrução das muralhas da cidade, da vida social, política e económica. Esta sequência tem um significado evidente: o espiritual e o religioso, a adoração e o relacionamento entre Deus e o seu povo precedem e influenciam os demais aspetos da vida.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Introdução: édito de Ciro: 1,1–4.
— Lista dos judeus regressados a Jerusalém: 1,5—2,70.
— Reconstrução do templo: 3,1–13.
— Obstáculos e conclusão da reconstrução: 4,1—6,22.
— Regresso de Esdras a Jerusalém: 7,1–10.
— Licença de Artaxerxes para a restauração do culto: 7,11–28.
— Os regressados com Esdras: 8,1–20.
— Viagem a Jerusalém: 8,21–36.
— Confissão do pecado de miscigenação com povos idólatras: 9,1–4.
— Intercessão de Esdras pelo povo: 9,5–15.
— Expulsão das mulheres estrangeiras: 10,1–44.
Atualmente selecionado:
ESDRAS Introdução: BPT09DC
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Copyright © 1993, 2009 Sociedade Bíblica de Portugal
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O livro de Esdras começa com as mesmas palavras com que termina o Segundo Livro das Crónicas, com uma referência ao édito de Ciro, rei da Pérsia, que autoriza os hebreus a regressarem à sua pátria de origem e aí reconstruírem o templo. A matéria é exposta numa sequência lógica e fácil de entender. Após o édito de Ciro, de cerca de 538 a.C. (1,1–4), há um grande número de exilados que volta para Jerusalém (2,1–67) e que tem como principal preocupação reconstruir o altar dos sacrifícios (3,1–6). Surgem dificuldades, levantadas pela população que entretanto se havia estabelecido em Judá, mas finalmente os judeus conseguem a confirmação da autorização para uma reconstrução efetiva (4,1—6,12).
A segunda parte do livro refere factos que ocorrem mais tarde, cerca de um século após o édito de Ciro (durante o reinado de Artaxerxes, entre 464 e 424 a.C), sendo figura central Esdras, um escriba perito na lei. É ele quem organiza a vida religiosa e social do povo, sempre com a preocupação de fidelidade às práticas da lei moisaica e de cumprir, enquanto sacerdote, o ministério de intercessor junto de Deus em favor do povo. A ele se deve o judaísmo na sua forma pós-exílica, que deveria continuar pelos séculos seguintes.
O livro de Esdras juntamente com o de Neemias formam uma sequência histórica e temática. Um e outro tratam do regresso dos hebreus à Palestina, após o exílio na Babilónia. Esdras relata a reconstrução do templo, centro de vida israelita; Neemias a reconstrução das muralhas da cidade, da vida social, política e económica. Esta sequência tem um significado evidente: o espiritual e o religioso, a adoração e o relacionamento entre Deus e o seu povo precedem e influenciam os demais aspetos da vida.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Introdução: édito de Ciro: 1,1–4.
— Lista dos judeus regressados a Jerusalém: 1,5—2,70.
— Reconstrução do templo: 3,1–13.
— Obstáculos e conclusão da reconstrução: 4,1—6,22.
— Regresso de Esdras a Jerusalém: 7,1–10.
— Licença de Artaxerxes para a restauração do culto: 7,11–28.
— Os regressados com Esdras: 8,1–20.
— Viagem a Jerusalém: 8,21–36.
— Confissão do pecado de miscigenação com povos idólatras: 9,1–4.
— Intercessão de Esdras pelo povo: 9,5–15.
— Expulsão das mulheres estrangeiras: 10,1–44.
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