OSEIAS Introdução
Introdução
Oseias exerceu o seu ministério profético no reino do Norte (Israel) uma dezena de anos depois de Amós, por volta de 750 a.C Manteve-se no Norte uns vinte e cinco anos até que em 722–721 a.C., altura em que Samaria, a capital do Norte, acabaria nas mãos dos assírios.
Durante este período (2 Reis 14,23—17,23), a nação está em plena decomposição: depois do reinado de Jeroboão II, os assírios tornaram-se cada vez mais ameaçadores. Os golpes de estado sucedem-se em Samaria, colocando no poder homens que conduzem políticas contraditórias. As desigualdades sociais, já denunciadas por Amós, agravam-se. Mas é sobretudo a fé do povo de Deus que passa por uma grave crise: a religião cananeia exerce sobre muitos uma atração cada vez maior, sobretudo no que respeitava à fertilidade dos campos e à fertilidade da família.
Oseias prevê as consequências de tais atitudes políticas e morais: Israel será esmagado pelos assírios, os seus chefes serão deportados e os que escaparem procurarão refúgio no Egito.
O profeta viveu pessoalmente uma experiência dramática e quase absurda com o seu casamento. A sua esposa Gomer era-lhe infiel. Oseias compreendeu, no entanto, que a relação entre ele e a esposa simbolizava a relação de Deus com o seu povo infiel, e que esta experiência fazia parte da sua vocação de profeta. O seu amor por Gomer tinha que ir até ao fim como o amor de Deus pelo seu povo. Pela forma como coloca o amor no centro da relação entre Deus e os homens, Oseias já se encontra na linha do Evangelho segundo Mateus 9,13; 12,7.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— A experiência conjugal de Oseias e a sua mensagem: 1,1—3,5.
— A situação de Israel e o seu significado espiritual: 4,1—9,9.
— As raízes longínquas da infidelidade do povo de Deus: 9,10—14,1.
— O amor de Deus permanecerá sempre como o mais forte: 14,2–10.
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OSEIAS Introdução: BPT09DC
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Copyright © 1993, 2009 Sociedade Bíblica de Portugal
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Oseias exerceu o seu ministério profético no reino do Norte (Israel) uma dezena de anos depois de Amós, por volta de 750 a.C Manteve-se no Norte uns vinte e cinco anos até que em 722–721 a.C., altura em que Samaria, a capital do Norte, acabaria nas mãos dos assírios.
Durante este período (2 Reis 14,23—17,23), a nação está em plena decomposição: depois do reinado de Jeroboão II, os assírios tornaram-se cada vez mais ameaçadores. Os golpes de estado sucedem-se em Samaria, colocando no poder homens que conduzem políticas contraditórias. As desigualdades sociais, já denunciadas por Amós, agravam-se. Mas é sobretudo a fé do povo de Deus que passa por uma grave crise: a religião cananeia exerce sobre muitos uma atração cada vez maior, sobretudo no que respeitava à fertilidade dos campos e à fertilidade da família.
Oseias prevê as consequências de tais atitudes políticas e morais: Israel será esmagado pelos assírios, os seus chefes serão deportados e os que escaparem procurarão refúgio no Egito.
O profeta viveu pessoalmente uma experiência dramática e quase absurda com o seu casamento. A sua esposa Gomer era-lhe infiel. Oseias compreendeu, no entanto, que a relação entre ele e a esposa simbolizava a relação de Deus com o seu povo infiel, e que esta experiência fazia parte da sua vocação de profeta. O seu amor por Gomer tinha que ir até ao fim como o amor de Deus pelo seu povo. Pela forma como coloca o amor no centro da relação entre Deus e os homens, Oseias já se encontra na linha do Evangelho segundo Mateus 9,13; 12,7.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— A experiência conjugal de Oseias e a sua mensagem: 1,1—3,5.
— A situação de Israel e o seu significado espiritual: 4,1—9,9.
— As raízes longínquas da infidelidade do povo de Deus: 9,10—14,1.
— O amor de Deus permanecerá sempre como o mais forte: 14,2–10.
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