JUDAS Introdução
Introdução
O autor desta carta designa-se a si mesmo como «Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago». É provável que ele pretenda referir-se ao Tiago apóstolo, que foi chefe da comunidade de Jerusalém. Não se tratando do Judas Tadeu, irmão de Tiago, que foi igualmente apóstolo, este Judas, autor da presente carta, poderia, em alternativa, ser um dos irmãos do Senhor, entre os quais, segundo Marcos 6,3 havia realmente um que se chamava Judas.
O ensino da carta de Judas relativamente aos falsos mestres que haveriam de se manifestar parece depender de outros textos, designadamente da Segunda Carta de Pedro 2,1—3,4. Com efeito, no v. 17, Judas declara expressamente que está a escrever palavras já proferidas anteriormente pelos apóstolos do Senhor, e que se tornaram correntes entre as igrejas. Este versículo e o seguinte são quase literalmente idênticos a 3,2–3 da referida carta de Pedro. Esta carta de Pedro, por sua vez, refere o ensino de Paulo (3,15) e o versículo 3,3 é muito próximo do que Paulo escreve em 2 Timóteo 4,3. Assim se poderia compreender que Judas tenha escrito «apóstolos», em vez do singular, pelo que a sua doutrina não dependeria exclusivamente dos escritos de Pedro. Esta dependência de Pedro, contudo, permite concluir que a carta de Judas teria sido necessariamente escrita depois da segunda carta daquele apóstolo, ainda que não seja possível concluir qual a data precisa em que foi escrita.
Os destinatários são designados, de modo genérico, como «os que foram chamados a viver no amor de Deus Pai» (1). Mas pelo conteúdo da carta sabemos que pertenciam a um ambiente em que existiam alguns cristãos fanáticos, os quais em nome das suas fantasias (8) se julgavam superiores aos outros, menosprezando até a autoridade do Senhor. Essas pessoas falsas e orgulhosas procuravam arrastar outros a seguir as suas próprias ideias, interesses e costumes depravados.
Esta carta procura denunciar e combater as atitudes daqueles que põem em perigo a fé de todos. Exorta e encoraja os seus destinatários a reconhecer essas pessoas, a isolá-las e a não seguir os seus exemplos. Convida também à oração e à perseverança na fé. Inclui igualmente frequentes referências à tradição hebraica, tanto bíblica como extrabíblica.
Apesar da amarga verificação sobre o poder da mentira, a carta sublinha sobretudo a ajuda e a esperança que os cristãos recebem de Deus, em Jesus Cristo e pelo Espírito Santo (20–21).
Esta carta pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Saudação: 1–2.
— Os falsos profetas e o seu castigo: 3–16.
— Exortação a permanecer na fé: 17–23.
— Oração conclusiva: 24–25.
Atualmente selecionado:
JUDAS Introdução: BPT09DC
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Copyright © 1993, 2009 Sociedade Bíblica de Portugal
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O autor desta carta designa-se a si mesmo como «Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago». É provável que ele pretenda referir-se ao Tiago apóstolo, que foi chefe da comunidade de Jerusalém. Não se tratando do Judas Tadeu, irmão de Tiago, que foi igualmente apóstolo, este Judas, autor da presente carta, poderia, em alternativa, ser um dos irmãos do Senhor, entre os quais, segundo Marcos 6,3 havia realmente um que se chamava Judas.
O ensino da carta de Judas relativamente aos falsos mestres que haveriam de se manifestar parece depender de outros textos, designadamente da Segunda Carta de Pedro 2,1—3,4. Com efeito, no v. 17, Judas declara expressamente que está a escrever palavras já proferidas anteriormente pelos apóstolos do Senhor, e que se tornaram correntes entre as igrejas. Este versículo e o seguinte são quase literalmente idênticos a 3,2–3 da referida carta de Pedro. Esta carta de Pedro, por sua vez, refere o ensino de Paulo (3,15) e o versículo 3,3 é muito próximo do que Paulo escreve em 2 Timóteo 4,3. Assim se poderia compreender que Judas tenha escrito «apóstolos», em vez do singular, pelo que a sua doutrina não dependeria exclusivamente dos escritos de Pedro. Esta dependência de Pedro, contudo, permite concluir que a carta de Judas teria sido necessariamente escrita depois da segunda carta daquele apóstolo, ainda que não seja possível concluir qual a data precisa em que foi escrita.
Os destinatários são designados, de modo genérico, como «os que foram chamados a viver no amor de Deus Pai» (1). Mas pelo conteúdo da carta sabemos que pertenciam a um ambiente em que existiam alguns cristãos fanáticos, os quais em nome das suas fantasias (8) se julgavam superiores aos outros, menosprezando até a autoridade do Senhor. Essas pessoas falsas e orgulhosas procuravam arrastar outros a seguir as suas próprias ideias, interesses e costumes depravados.
Esta carta procura denunciar e combater as atitudes daqueles que põem em perigo a fé de todos. Exorta e encoraja os seus destinatários a reconhecer essas pessoas, a isolá-las e a não seguir os seus exemplos. Convida também à oração e à perseverança na fé. Inclui igualmente frequentes referências à tradição hebraica, tanto bíblica como extrabíblica.
Apesar da amarga verificação sobre o poder da mentira, a carta sublinha sobretudo a ajuda e a esperança que os cristãos recebem de Deus, em Jesus Cristo e pelo Espírito Santo (20–21).
Esta carta pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Saudação: 1–2.
— Os falsos profetas e o seu castigo: 3–16.
— Exortação a permanecer na fé: 17–23.
— Oração conclusiva: 24–25.
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