MATEUS 12:1-37
MATEUS 12:1-37 BPT09DC
Por aquela altura, Jesus atravessava umas searas durante o sábado. E como os discípulos sentiam fome, começaram a arrancar espigas para comer. Os fariseus, ao repararem nisso, chamaram a atenção de Jesus: «Olha que os teus discípulos estão a fazer aquilo que a lei não permite fazer ao sábado.» Jesus respondeu-lhes: «Não leram o que David fez quando ele e os seus companheiros estavam com fome? Entrou na casa de Deus com os seus homens e comeram os pães consagrados. E não lhes era permitido fazer aquilo, mas apenas aos sacerdotes. Não leram também na lei que aos sábados, no templo, os sacerdotes quebram a lei do descanso e, no entanto, ficam sem culpa? Pois eu vos digo: o que está aqui é maior do que o templo. Se percebessem o que significa na Escritura: prefiro misericórdia e não sacrifícios , não teriam condenado inocentes. Com efeito, o Filho do Homem é Senhor do próprio sábado.» Jesus saiu dali e entrou na sinagoga deles. Estava lá um homem que tinha uma das mãos paralítica. Alguns, querendo arranjar motivo para acusar Jesus, perguntaram-lhe: «Será que a nossa lei permite curar pessoas ao sábado ou não?» Jesus respondeu assim: «Se um de vós tiver uma ovelha e ela cair num poço ao sábado, não vai logo tirá-la de lá? Quanto mais não vale um homem do que uma ovelha? Por isso é permitido fazer bem ao sábado.» Em seguida dirigiu-se ao homem da mão paralítica: «Estende a tua mão.» Ele estendeu-a e ficou restabelecida e sã como a outra. Então os fariseus saíram dali e foram fazer planos para ver como haviam de o matar. Quando Jesus teve conhecimento disso, afastou-se dali e muita gente o seguiu. Curou todos os enfermos e deu-lhes ordens para que não fizessem propaganda dele. Assim se cumpriu o que foi dito por meio do profeta Isaías: Este é o meu servo, a quem eu escolhi, o meu predileto, no qual tenho a maior satisfação. Porei nele o meu Espírito e ele anunciará a minha vontade aos povos. Não criará conflitos, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz nas ruas. Não quebrará a cana pisada, nem apagará o pavio que ainda fumega, até fazer com que a justiça alcance a vitória. É nele que os povos hão de pôr a sua esperança . Trouxeram a Jesus um possesso cego e mudo. Jesus curou-o e o homem ficou a ver e a falar. Toda a gente perguntava muito admirada: «Não será este o Filho de David?» Mas os fariseus, ao ouvirem isto, afirmavam: «É pelo poder de Belzebu, chefe dos demónios, que este expulsa os demónios.» Jesus percebendo o que estavam a pensar, disse-lhes: «Um reino dividido em grupos que lutem entre si acaba por se arruinar. Do mesmo modo, uma cidade ou uma família dividida não se mantém de pé. Ora se Satanás expulsa Satanás está em luta contra si mesmo. Como poderá então o seu reino manter-se? Se eu expulso os espíritos maus pelo poder de Belzebu, por quem os expulsam os vossos adeptos? Por isso são eles que hão de acusar-vos do vosso erro. Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os espíritos maus, isto quer dizer que o reino de Deus já aqui chegou. Como pode alguém entrar em casa dum homem forte e roubar-lhe os bens, sem primeiro o amarrar? Só assim lhe poderá roubar a casa. Quem não está comigo está contra mim, e quem comigo não junta, espalha. Portanto, digo-vos: qualquer pecado e palavra ofensiva contra Deus poderão ser perdoados aos homens. Mas a palavra ofensiva contra o Espírito Santo não será perdoada. Quem disser alguma coisa contra o Filho do Homem poderá ser perdoado, mas quem disser alguma coisa ofensiva contra o Espírito Santo, não será perdoado, nem neste mundo nem no outro.» «Se plantarem uma árvore boa, o seu fruto será bom. Se plantarem uma árvore má, o fruto será mau. Pois é pelo fruto que se conhece a árvore. Raça de víboras! Como poderão vocês dizer coisas boas se são maus? Cada qual fala daquilo que tem no coração. O homem bom tira coisas boas do tesouro da sua bondade e o homem mau tira coisas más da sua maldade. Digo-vos que no dia do juízo cada um terá de dar contas a Deus por toda a palavra inútil que tenha dito. É pelas tuas palavras que no dia do juízo Deus te há de declarar inocente ou culpado.»