NAUM Introdução
Introdução
O livro do profeta Naum anuncia a queda de Nínive, cidade capital do império assírio. O domínio assírio no século VII a.C. engolira já Israel (o reino do Norte), cuja capital, Samaria, caíra em 722 a.C., tendo a população sido deportada, e englobava quase todo o Próximo Oriente, incluindo a Babilónia. A sul, o domínio assírio estendera-se a Tebas, capital do grande rival, o Alto Egito (663 a.C.). O reino do Sul, Judá, também corria perigo; anos antes Acaz prestara vassalagem ao rei da Assíria e adotara os cultos pagãos da potência dominadora (2 Reis 16,18). Ezequias, seu sucessor, empreenderia uma reforma religiosa e rebelar-se-ia contra o domínio dos ocupantes. Os assírios enviam uma expedição punitiva, mas são derrotados (2 Reis 18,1—19,37, 2 Crónicas 33,1–20), situação que vai prolongar-se, pelo menos, durante o curto reinado de seu filho Amon (2 Reis 21,19–24; 2 Crónicas 33,21–25).
É neste contexto histórico que se insere a profecia de Naum. O seu ministério teria decorrido entre a tomada de Tebas pela Assíria, em 633 a.C. (3,8–10), e a queda do império assírio e sua capital, em 612 a.C., às mãos de uma coligação de babilónios, medos e citas, que o profeta também prediz (2,2—3,19). No tempo de Naum Judá estava submetida ao domínio assírio (1,13; 2,1) e Josias, neto de Manassés, cujo reinado começou em 640 a.C., iria abolir o paganismo e reabilitar o culto ao Senhor, por volta de 628 a.C. Assim, podemos situar o ministério de Naum no reinado de Manassés entre 663 a.C. e 642 a.C., ou admitir que se poderia ter prolongado, no máximo, até ao de Amon.
Na mensagem de Naum, Nínive é o símbolo do orgulho e da arrogância; uma cidade perversa que oprime o povo de Deus. Na sua ameaça, Naum garante que Nínive não poderá resistir ao poder de Deus: é que a justiça divina não suporta o poder humano que assenta no orgulho. A predição da queda de Nínive, bem como o seu cumprimento, constituem o sinal de que Deus dirige a história e nunca deixa de exercer a sua justiça, destruindo o orgulho e os orgulhosos.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— O Senhor é um Deus poderoso e bom: 1,2–8.
— O poder divino manifesta-se na destruição de Nínive: 1,9—2,3.
— Nínive é tomada de assalto e destruída: 2,4—3,19.
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NAUM Introdução: BPT09DC
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Copyright © 1993, 2009 Sociedade Bíblica de Portugal
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O livro do profeta Naum anuncia a queda de Nínive, cidade capital do império assírio. O domínio assírio no século VII a.C. engolira já Israel (o reino do Norte), cuja capital, Samaria, caíra em 722 a.C., tendo a população sido deportada, e englobava quase todo o Próximo Oriente, incluindo a Babilónia. A sul, o domínio assírio estendera-se a Tebas, capital do grande rival, o Alto Egito (663 a.C.). O reino do Sul, Judá, também corria perigo; anos antes Acaz prestara vassalagem ao rei da Assíria e adotara os cultos pagãos da potência dominadora (2 Reis 16,18). Ezequias, seu sucessor, empreenderia uma reforma religiosa e rebelar-se-ia contra o domínio dos ocupantes. Os assírios enviam uma expedição punitiva, mas são derrotados (2 Reis 18,1—19,37, 2 Crónicas 33,1–20), situação que vai prolongar-se, pelo menos, durante o curto reinado de seu filho Amon (2 Reis 21,19–24; 2 Crónicas 33,21–25).
É neste contexto histórico que se insere a profecia de Naum. O seu ministério teria decorrido entre a tomada de Tebas pela Assíria, em 633 a.C. (3,8–10), e a queda do império assírio e sua capital, em 612 a.C., às mãos de uma coligação de babilónios, medos e citas, que o profeta também prediz (2,2—3,19). No tempo de Naum Judá estava submetida ao domínio assírio (1,13; 2,1) e Josias, neto de Manassés, cujo reinado começou em 640 a.C., iria abolir o paganismo e reabilitar o culto ao Senhor, por volta de 628 a.C. Assim, podemos situar o ministério de Naum no reinado de Manassés entre 663 a.C. e 642 a.C., ou admitir que se poderia ter prolongado, no máximo, até ao de Amon.
Na mensagem de Naum, Nínive é o símbolo do orgulho e da arrogância; uma cidade perversa que oprime o povo de Deus. Na sua ameaça, Naum garante que Nínive não poderá resistir ao poder de Deus: é que a justiça divina não suporta o poder humano que assenta no orgulho. A predição da queda de Nínive, bem como o seu cumprimento, constituem o sinal de que Deus dirige a história e nunca deixa de exercer a sua justiça, destruindo o orgulho e os orgulhosos.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— O Senhor é um Deus poderoso e bom: 1,2–8.
— O poder divino manifesta-se na destruição de Nínive: 1,9—2,3.
— Nínive é tomada de assalto e destruída: 2,4—3,19.
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