GÉNESIS 37:5-36
GÉNESIS 37:5-36 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Uma vez, José teve um sonho e foi contá-lo aos seus irmãos, e daí em diante ficaram a ter ainda mais inveja dele do que antes. José disse-lhes: «Ouçam lá o sonho que eu tive. Estávamos nós a atar os feixes no campo e, nisto, o meu feixe levantou-se e ficou de pé, enquanto os vossos feixes que estavam à sua volta se inclinavam diante dele.» Os irmãos replicaram: «Será que tu vais ser o nosso rei, para seres tu a mandar em nós?» E por causa dos sonhos e da explicação que ele deu, ainda mais o detestaram. José teve outro sonho e contou-o também aos seus irmãos. Disse-lhes ele: «Tive outro sonho. Era o Sol e a Lua e onze estrelas que se inclinavam diante de mim.» Quando contou este sonho ao seu pai e aos seus irmãos o pai repreendeu-o e disse-lhe: «Que sonho é esse que tu tiveste? Será que eu e a tua mãe temos de ir inclinar-nos até ao chão diante de ti?» Com isto, os seus irmãos tinham ainda mais inveja dele e o seu pai pensava com frequência naquele sonho. Um dia os irmãos de José tinham ido guardar o rebanho do seu pai para a região de Siquém, e Israel disse a José: «Os teus irmãos andam a guardar o rebanho em Siquém e eu queria que fosses ter com eles.» José respondeu: «Vou, sim!» Jacob continuou: «Vai ver como é que estão os teus irmãos e como vão os rebanhos e manda-me dizer alguma coisa.» Jacob estava no vale de Hebron quando enviou José. Mas ao chegar a Siquém, José perdeu-se do caminho. Alguém o encontrou às voltas pelo campo e lhe perguntou: «Que é que andas a procurar?» Ele respondeu: «Ando à procura dos meus irmãos; diz-me, por favor, onde é que eles andam a guardar o gado.» Aquele homem disse-lhe: «Foram-se embora daqui. Ouvi-os dizer que iam para Dotan.» Então José dirigiu-se para Dotan à procura dos seus irmãos e encontrou-os em Dotan. Os irmãos viram-no quando vinha ainda longe e, antes de ele se aproximar, fizeram planos para o matar. Por isso, diziam uns para os outros: «Lá vem aquele sonhador. Aproveitemos agora! Matamo-lo e atiramo-lo a um poço dos que há por aí e depois dizemos que foi uma fera que o devorou. Veremos em que é que param os seus sonhos.» Rúben ouviu isto e quis evitar que eles o matassem. Por isso, disse-lhes: «Não o matemos!» E continuou: «Não lhe tirem a vida. Atirem-no para aquele poço que está no deserto, mas não lhe façam mal.» O que pretendia era livrá-lo das suas mãos, para o entregar ao pai. Quando José chegou junto dos irmãos; eles tiraram-lhe aquela capa vistosa que trazia, agarraram-no e atiraram-no para um poço que estava seco e sem água nenhuma. Depois sentaram-se a comer e repararam que uma caravana de ismaelitas vinha ao longe, dos lados de Guilead. Nos seus camelos transportavam resinas, bálsamos e unguentos e iam a caminho do Egito. Judá disse então aos irmãos: «Que proveito temos nós em matar o nosso irmão e depois ocultar a sua morte? Vamos mas é vendê-lo àqueles ismaelitas. Não lhe façamos mal, porque afinal é nosso irmão e é do nosso sangue.» E os irmãos concordaram. Quando aqueles comerciantes ismaelitas de Madiã chegaram ali, os irmãos tiraram José para fora do poço e venderam-no aos ismaelitas por vinte moedas de prata. Estes levaram José para o Egito. Quando Rúben voltou de novo ao poço e viu que José já lá não estava, rasgou as roupas em sinal de tristeza, voltou para junto dos seus irmãos e disse-lhes: «O rapaz já cá não está! Que vou eu fazer agora?» Então os irmãos pegaram na capa de José, mataram um cabrito, mancharam-na com o sangue desse cabrito e enviaram-na ao pai com este recado: «Encontrámos isto. Vê lá se é ou não a capa do teu filho.» Jacob reconheceu-a e exclamou: «É realmente a capa do meu filho. Foi uma fera que destroçou e devorou José.» Jacob rasgou as suas roupas, cobriu-se de tecido grosseiro em sinal de tristeza e guardou o luto durante muito tempo pelo filho. Todos os seus filhos e filhas tentaram confortá-lo, mas ele recusava esse conforto e repetia: «Quero continuar de luto até descer ao sepulcro para ir ter com o meu filho.» E assim continuava a chorar pelo filho. No Egito os madianitas venderam José a Potifar, que era um alto funcionário e chefe da guarda do faraó.
GÉNESIS 37:5-36 O Livro (OL)
Certa noite José teve um sonho e foi contá-lo aos irmãos; estes, evidentemente, passaram a gostar ainda menos dele. “Ouçam o meu sonho!”, pediu-lhes. “Estávamos no campo atando molhos e o meu ficou de pé, enquanto os vossos o rodeavam e se inclinavam perante ele!” “Ah, sim? Então é porque queres ser o nosso rei, não é isso? Queres mandar na gente!” E odiaram-no, não só por causa do sentido do sonho, mas até pelas palavras e pela forma como contou aquilo. Mais tarde, teve um novo sonho e foi de novo contá-lo aos irmãos: “Olhem, tive outro sonho! Desta vez era o Sol, a Lua e onze estrelas que se inclinavam na minha frente!” Desta vez foi também contar o sonho ao pai. Este repreendeu-o: “Que é que isso quer dizer? Não me digas que eu, a tua mãe e os teus irmãos ainda viremos a inclinarmo-nos na tua presença!” Os irmãos estavam furiosos; contudo o pai refletia intimamente no sentido daquilo. Certa vez, os irmãos de José foram levar os rebanhos a pastar para os lados de Siquem. Uns dias depois Israel chamou José e disse-lhe: “Os teus irmãos foram com os rebanhos para Siquem. Vai lá ver como estão, se anda tudo bem com os rebanhos, e vem me dizer.” “Pois sim!”, respondeu. Assim, partiu do vale de Hebrom em direção a Siquem. Um homem reparou que ele andava perdido por aquelas terras e perguntou-lhe o que é que procurava. “Os meus irmãos e os rebanhos. Sabes onde estão?” “Sim. Realmente já aqui não estão. Ouvi-os dizer que iam para Dotã.” José seguiu nessa direção e encontrou-os ali. Mas quando eles o viram aproximar-se, tendo-o reconhecido à distância, combinaram matá-lo. “Cá vem o sonhador-mor! Vamos matá-lo e lançamo-lo num destes poços sem água e dizemos ao pai que foi uma fera que o comeu; veremos o que é feito dos seus sonhos!” Rúben, porém, queria poupar-lhe a vida: “Não, não lhe tiremos a vida; não vamos derramar sangue; lancemo-lo apenas no poço e assim virá a morrer sem que lhe toquemos.” Porque tinha a intenção de ir lá depois tirá-lo e entregá-lo ao pai. Quando José chegou junto deles, tiraram-lhe a túnica de cores garridas e lançaram-no dentro dum poço que não tinha água. Depois foram comer. De repente, repararam numa caravana de camelos que se aproximava, vindo na sua direção; eram negociantes ismaelitas que transportavam especiarias, bálsamo e mirra, de Gileade para o Egito. “Ouçam lá”, disse Judá aos outros, “e se vendêssemos José a estes ismaelitas. Porque haveríamos de o matar e ficar com esse peso na consciência? É muito melhor isso do que ficarmos com a responsabilidade da sua morte; vendo bem as coisas, sempre é nosso irmão!” E os outros concordaram. Assim, quando os ismaelitas, que eram comerciantes midianitas, chegaram, os irmãos de José tiraram-no do poço e venderam-no por vinte peças de prata, tendo sido levado, dessa forma, para o Egito. Entretanto, Rúben, que não se encontrava presente quando o irmão foi vendido, veio ao poço para tirar de lá José. Quando verificou que já ali não estava, rasgou as roupas que vestia. “Desapareceu o moço! E agora, o que é que eu faço?”, lamentava-se junto dos irmãos. Estes mataram um bode, sujaram com o sangue a túnica de José e mandaram-na para o pai, pedindo-lhe que a identificasse. “Encontrámos esta túnica. Não será a do teu filho José?” O pai reconheceu-a imediatamente. “Sim, é a túnica do meu filho. Foi certamente um animal feroz que o desfez em pedaços e o tragou.” Então Israel rasgou as suas vestimentas; envolveu o corpo com saco e lamentou e chorou a morte do filho durante muitas semanas. A família bem tentava consolá-lo, mas era em vão. “Quero continuar de luto até descer ao mundo dos mortos para ir ter com o meu filho!”, dizia ele a chorar. Enquanto isto, no Egito os negociantes venderam José a Potifar, alta individualidade da corte do Faraó, chefe militar da sua casa e responsável pelo palácio real.
GÉNESIS 37:5-36 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
Sonhou, também, José um sonho, que contou aos seus irmãos; por isso o aborreciam ainda mais. E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado: Eis que estávamos atando molhos, no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho. Então lhe disseram os seus irmãos: Tu, pois, deveras, reinarás sobre nós? Tu, deveras, terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam, por seus sonhos e por suas palavras. E sonhou ainda outro sonho, e o contou aos seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. E contando-o ao seu pai e aos seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos, eu e a tua mãe, e os teus irmãos, a inclinar-nos perante ti, em terra? Os seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração. E os seus irmãos foram apascentar o rebanho do seu pai, junto de Siquém. Disse, pois, Israel a José: Não apascentam os teus irmãos junto de Siquém? Vem, e enviar-te-ei a eles. E ele lhe disse: Eis-me aqui. E ele lhe disse: Ora vai e vê como estão os teus irmãos, e como está o rebanho, e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebron, e José veio a Siquém. E achou-o um varão, porque ele andava errado pelo campo, e perguntou-lhe o varão, dizendo: Que procuras? E ele disse: Procuro os meus irmãos; dize-me, peço-te, onde eles apascentam. E disse aquele varão: Foram-se daqui; porque ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotan. José, pois, seguiu os seus irmãos, e achou-os em Dotan. E viram-no de longe, e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele, para o matarem. E disseram uns aos outros: Eis, lá vem o sonhador-mor! Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma besta-fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos. E ouvindo-o Ruben, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe tiremos a vida. Também lhes disse Ruben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mãos nele, para livrá-lo das suas mãos, e para torná-lo ao seu pai. E aconteceu que, chegando José aos seus irmãos, tiraram a José a sua túnica, a túnica de várias cores, que trazia. E tomaram-no, e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela. Depois, assentaram-se a comer pão; e levantaram os seus olhos, e olharam, e eis que uma companhia de ismaelitas vinha de Gilead; e os seus camelos traziam especiarias, e bálsamo, e mirra, e iam levar isso ao Egito. Então Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá em que matemos o nosso irmão, e escondamos a sua morte? Vinde, e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja a nossa mão sobre ele: porque ele é nosso irmão, nossa carne. E os seus irmãos obedeceram. Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito. Tornando, pois, Ruben à cova, eis que José não estava na cova; então rasgou os seus vestidos, E tornou aos seus irmãos, e disse: O moço não aparece; e eu, aonde irei? Então tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue, E enviaram a túnica de várias cores, e fizeram levá-la ao seu pai, e disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será, ou não, a túnica do teu filho. E conheceu-a, e disse: É a túnica do meu filho; uma besta-fera o comeu; certamente, foi despedaçado José. Então Jacob rasgou os seus vestidos, e pôs saco sobre os seus lombos, e lamentou o seu filho, muitos dias. E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; recusou, porém, ser consolado, e disse: Na verdade, com choro hei de descer ao meu filho até à sepultura. Assim, o chorou seu pai. E os midianitas venderam-no, no Egito, a Putífar, eunuco de Faraó, capitão da guarda.