JOB 38:8-41
JOB 38:8-41 O Livro (OL)
Quem foi que pôs limites aos mares, quando se agitavam e transbordavam nas profundidades? Quem os revestiu de nuvens e de espessas trevas, os encerrou nas paredes dos oceanos, dizendo-lhes: ‘Até aqui e não mais adiante; aqui rebentarão as vossas vagas alterosas!’? Alguma vez pudeste ordenar à manhã que aparecesse e à alvorada que se levantasse para os lados do nascente? Alguma vez foste capaz de dizer à luz do dia que se espalhasse até às extremidades da Terra, para pôr fim à maldade da noite? A Terra assume forma como barro sob um sinete, como as dobras de um belo manto colorido. A luz é retirada do alcance do malvado e detém o braço que se levanta em violência. Alguma vez conseguiste explorar as fontes dos mares, ou andar sobre os seus profundos abismos? Alguma vez te foram reveladas as portas da morte? Viste tu a entrada para aquele reino de sombras? Dar-te-ás conta da verdadeira extensão da Terra? Responde-me a isto, se fores capaz! Donde vem a luz, como a alcanças? Fala-me sobre as trevas; donde vêm? Terás possibilidade de encontrar os seus limites, ou de chegar à sua origem? Se calhar, sabes todas estas coisas, porque nasceste antes que tudo tivesse sido criado, e já tens muitos anos de vida! Já pudeste conhecer os segredos da neve, ou ver onde o granizo é feito e armazenado? Porque o reservei para quando precisar dele, para o dia da peleja. Sabes como se difunde a luz e por onde é que o vento oriental invade a Terra? Quem foi que cavou as gargantas, entre as montanhas, por onde correm os ribeiros formados pelas chuvas? Quem abriu o caminho ao relâmpago, que faz com que a chuva caia sobre as terras desertas, para que os terrenos secos e áridos fiquem saciados de água, e se renove a erva tenra? Terá a chuva um pai? Donde vem o orvalho? Quem fez aparecer o gelo e a geada? Porque a água torna-se gelo e fica como uma rocha dura. Serás tu capaz de atar as cordas da constelação de Plêiades, ou de desatar as de Oríon? Poderias controlar a sequência das constelações, ou determinar a deslocação da Ursa Maior e da Ursa Menor, através dos céus? Conheces tu as leis do universo e de que maneira os céus influenciam a Terra? Poderias tu gritar para as nuvens e fazeres-te inundar por torrenciais aguaceiros? Serias capaz de dar ordens aos raios, a ponto de te dizerem: ‘Pronto, aqui estamos!’ Quem deu ao íbis sabedoria e ao galo entendimento? Quem terá sabedoria suficiente para saber a quantidade de nuvens? Quem é que inclina os cântaros do céu, para que chova, quando tudo se encontra seco e o pó se acumula em montões? És tu capaz de caçar uma presa, tal como faz a leoa, para satisfazer o apetite dos filhotes que estão na toca, ou que esperam no meio da selva? Quem é que fornece alimento aos corvos, quando os filhos gritam a Deus e desfalecem nos ninhos, por não terem que comer?
JOB 38:8-41 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Quem fez jorrar o mar das duas comportas, quando saía impetuoso da sua fonte, quando lhe dei as nuvens para se vestir e a neblina para se cobrir? Eu impus-lhe um limite, fechei-o com comportas e ferrolhos e disse-lhe: “Daqui para diante não passas; aqui têm de parar até as tuas ondas mais fortes.” Alguma vez deste ordens ao dia ou indicaste à aurora o lugar devido, para abarcar com as suas asas toda a terra e afastar todos os criminosos? A terra muda de forma como a argila com o selo, muda como roupa tingida doutra cor. A luz afugenta os criminosos e os que levantavam o braço ficam sem força para dar o golpe. Já foste às nascentes do mar ou passeaste pelo fundo do oceano? Foram-te reveladas as portas da morte? Viste tu a entrada para aquele reino de sombras? Consegues perceber tudo o que há na terra? Explica lá, uma vez que sabes tudo! Qual o caminho para o lugar onde habita a luz? Onde é a morada da escuridão? Serias capaz de ir buscá-la à sua terra, tu que sabes o caminho para sua casa? Deves sabê-lo, pois decerto já tinhas nascido e, pelos vistos, tens muitos anos de vida! Já foste aos reservatórios da neve? Viste os reservatórios do granizo, que eu tenho guardados para uma hora de perigo, para o dia de combate e de guerra? De que maneira se divide o relâmpago e sopra sobre a terra o vento leste? Quem abriu passagem para a chuva, um caminho para as nuvens que trovejam? Para fazer chover nas áreas desabitadas, nas estepes onde ninguém vive, para cobrir de fartura o deserto árido e fazer brotar erva na terra seca. Qual é o pai que criou a chuva e fez nascer as gotas de orvalho? Qual é a mãe que deu à luz o gelo e a geada que cai do céu? Com eles, a água torna-se dura como pedra e fecha-se a superfície das águas profundas. És capaz de atar as cordas que seguram a constelação das Plêiades ou de desatar as de Orion? Consegues fazer aparecer as constelações, cada uma na sua altura própria, e guiar a Ursa Maior com os seus filhos? Conheces as leis que governam o céu e a influência que ele exerce sobre a terra? Bastará dares uma ordem às nuvens, para que a chuva caia sobre ti em abundância? És tu que mandas embora os relâmpagos? É a ti que eles respondem: “Às tuas ordens!”? Quem deu ao íbis sabedoria e ao galo, entendimento? Quem tem capacidade para contar as nuvens e é capaz de entornar os cântaros do céu, quando a terra se torna dura como ferro e os torrões se amontoam? És tu que caças a presa para a leoa e matas a fome aos leõezinhos, acocorados no fundo das suas tocas, espreitando nos seus esconderijos? Quem arranja a comida para o corvo, quando os seus filhotes, mortos de fome, gritam a Deus por socorro?»
JOB 38:8-41 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
Ou quem encerrou o mar com portas, quando trasbordou e saiu da madre, Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por envolvedouro? Quando passei sobre ele o meu decreto, e lhe pus portas e ferrolhos, E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se quebrarão as tuas ondas empoladas? Ou, desde os teus dias, deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar; Para que agarrasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela? Tudo se transforma como o barro, sob o selo, e se põe como vestidos; E dos ímpios se desvia a sua luz, e o braço altivo se quebranta. Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo? Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte? Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto. Onde está o caminho da morada da luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar, Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa? De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e porque é grande o número dos teus dias! Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva. Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra? Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra? Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões, Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há gente; Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva? A chuva, porventura, tem pai? Ou quem gera as gotas do orvalho? De que ventre procede o gelo? E quem gera a geada do céu? Como debaixo de pedra as águas se escondem; e a superfície do abismo se coalha. Ou poderás tu ajuntar as delícias das sete estrelas, ou soltar os atilhos do Orion? Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes dispor do domínio deles sobre a terra? Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra? Ou ordenarás aos raios que saiam, e te digam: Eis-nos aqui? Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem à mente deu o entendimento? Quem numerará as nuvens pela sabedoria? ou os odres dos céus, quem os abaixará, Quando se funde o pó numa massa, e se pegam os torrões uns aos outros? Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou satisfarás a fome dos filhos dos leões, Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas? Quem prepara para os corvos o seu alimento, quando os seus pintaínhos gritam a Deus e andam vagueando, por não terem que comer?