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NEEMIAS 5:1-12

NEEMIAS 5:1-12 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)

Aconteceu também que se levantavam grandes queixas do povo, tanto de homens como de mulheres, contra os seus irmãos judeus. Não faltava de facto quem dissesse: «Temos muitos filhos e filhas e precisamos de trigo para comermos e podermos viver.» Outros diziam: «Temos de hipotecar os nossos campos, as nossas vinhas e as nossas casas, para conseguirmos trigo e não morrermos à fome.» Havia ainda quem acrescentasse: «Nós temos de pedir dinheiro emprestado para pagar os impostos ao rei, hipotecando as nossas terras e vinhas. E, no entanto, somos da mesma raça dos nossos compatriotas e os nossos filhos são como os filhos deles. Apesar disso, temos de sujeitar à escravidão os nossos filhos e as nossas filhas. Aliás, algumas das nossas filhas já são escravas e não podemos fazer nada para evitar isso, pois os nossos campos e as nossas vinhas já pertencem a outros.» Quando ouvi aquelas queixas e aquelas palavras, fiquei profundamente irritado. Pensei no caso comigo mesmo e repreendi os chefes e responsáveis, por imporem uma tal usura aos seus compatriotas. Convoquei uma grande assembleia por causa deles, e disse: «Nós resgatámos, conforme pudemos, os nossos compatriotas judeus que tinham sido vendidos aos pagãos e agora tornam a vendê-los a pessoas do nosso povo, para termos de os resgatar outra vez?» Eles não tiveram palavras para responder. E disse-lhes mais: «O que estão a fazer não está bem! Tinham obrigação de respeitar o nosso Deus e evitar que os pagãos, nossos inimigos, fizessem pouco de nós. Também eu mesmo, os meus companheiros e colaboradores lhes emprestámos dinheiro e trigo. Pois bem! Perdoemos essas dívidas. Restituam-lhes hoje mesmo os seus campos, as suas vinhas, os seus olivais e as suas casas, e perdoem-lhes as dívidas que eles contraíram, seja em dinheiro seja em trigo, em vinho ou azeite.» Eles responderam: «Vamos restituir e não receberemos mais nada deles. Faremos como disseste!» Convoquei então os sacerdotes à sua presença e fiz-lhes jurar o que prometeram.

NEEMIAS 5:1-12 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)

FOI, porém, grande o clamor do povo e das suas mulheres, contra os judeus, seus irmãos. Porque havia quem dissesse: Com nossos filhos, e nossas filhas, nós somos muitos; pelo que tomemos trigo, para que comamos e vivamos. Também havia quem dissesse: As nossas terras, as nossas vinhas, e as nossas casas empenhámos, para tomarmos trigo nesta fome. Também havia quem dissesse: Tomámos dinheiro emprestado até para o tributo do rei, sobre as nossas terras e as nossas vinhas. Agora, pois, a nossa carne é como a carne dos nossos irmãos, e nossos filhos como seus filhos; e eis que sujeitámos nossos filhos e nossas filhas para serem servos; e até algumas das nossas filhas são tão sujeitas que já não estão no poder das nossas mãos; e outros têm as nossas terras e as nossas vinhas. Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras, muito me enfadei. E considerei comigo mesmo, no meu coração; depois, pelejei com os nobres e com os magistrados, e disse-lhes: Usura tomais, cada um do seu irmão. E ajuntei contra eles um grande ajuntamento. E disse-lhes: Nós resgatámos os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às gentes, segundo as nossas posses; e vós outra vez venderíeis a vossos irmãos, ou vender-se-iam a nós? Então se calaram, e não acharam que responder. Disse mais: Não é bom o que fazeis: Porventura não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio dos gentios, os nossos inimigos? Também eu, meus irmãos e meus moços, a juro lhes temos dado dinheiro e trigo. Deixemos este ganho. Restituí-lhes hoje, vos peço, as suas terras, as suas vinhas, os seus olivais e as suas casas; como, também, o centésimo do dinheiro, do trigo, do mosto e do azeite, que vós exigis deles. Então disseram: Restituir-lho-emos, e nada procuraremos deles; faremos assim, como dizes. Então chamei os sacerdotes, e os fiz jurar que fariam conforme a esta palavra.

NEEMIAS 5:1-12 O Livro (OL)

Foi nessa altura que se levantou um grande clamor de protesto, entre o povo, homens e mulheres, contra certos judeus ricos que os exploravam. Diziam: “Nós temos famílias numerosas. Precisamos de mais alimento para sobreviver.” Outros diziam: “Empenhámos os campos, as vinhas ou as casas para conseguir alimento em tempo de fome.” Alguns nem isso podiam fazer, pois tinham já dado tudo o que possuíam para poder pagar os impostos ao rei. “Somos irmãos e os filhos deles são iguais aos nossos!”, protestava o povo. “Porque é que haveríamos de vender os nossos filhos como escravos para conseguir dinheiro para viver? Vendemos já algumas das nossas filhas e não arranjámos dinheiro para as redimir, pois as propriedades que tínhamos foram empenhadas.” Fiquei muito zangado ao saber de tal coisa. Por isso, depois de refletir, resolvi advertir esses chefes e os magistrados: “Que é isso que andam a fazer? Como ousam tomar penhor para ajudar um israelita?” Organizei mesmo um debate público para se julgar sobre essa questão. Nessa discussão pública disse-lhes com veemência: “Muitos de nós estamos a fazer tudo o que é possível para ajudar os nossos irmãos judeus que regressaram do exílio, onde eram escravos, lá numa terra distante; agora vocês estão a forçá-los a tornarem-se escravos aos pagãos de novo. Quantas vezes será preciso resgatá-los?” Os acusados não tinham, naturalmente, nada a dizer em sua defesa. E continuei a dirigir-me a eles: “O que estão a fazer é mau! Não deveriam vocês viver no temor do nosso Deus? Não temos nós já bastantes inimigos entre as nações que nos rodeiam e zombam de nós? Muitos de nós estão mesmo a emprestar dinheiro e cereais aos nossos irmãos, sem cobrar juros. Peço-vos que parem com esses negócios de usura. Devolvam-lhes hoje mesmo os campos, as vinhas, os olivais e as casas, bem como todo o valor em juros que cobraram deles: a centésima parte do dinheiro, do trigo, do vinho e do azeite.” Eles concordaram com a minha proposta e disseram que estavam de acordo em ajudar os seus irmãos, sem lhes pedir as terras como penhor e sem os obrigar a vender os filhos. Convoquei então os sacerdotes e fiz com que esses homens prometessem solenemente que manteriam a sua promessa.