No mesmo instante, alguns homens caldeus se aproximaram e acusaram os judeus. Disseram ao rei Nabucodonosor:
— Que o rei viva eternamente! O senhor, ó rei, baixou um decreto, ordenando que todo homem que ouvisse o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, da lira, da gaita de foles e de todo tipo de música deveria se prostrar e adorar a imagem de ouro, e que todo aquele que não se prostrasse e não adorasse seria lançado na fornalha de fogo ardente. Há uns homens judeus, que o senhor, ó rei, pôs como administradores da província da Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Esses homens fizeram pouco caso do senhor, ó rei; não prestam culto aos deuses do rei, nem adoram a imagem de ouro que o senhor levantou.
Então Nabucodonosor, irado e furioso, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, e eles foram levados à presença do rei. Nabucodonosor lhes disse:
— Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, é verdade que vocês não prestam culto aos meus deuses, nem adoram a imagem de ouro que levantei? Agora, pois, se vocês estão prontos, quando ouvirem o som da trombeta, da flauta, da cítara, da harpa, da lira, da gaita de foles, prostrem-se e adorem a imagem que eu fiz. Mas, se não a adorarem, serão, no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente. E quem é o deus que os poderá livrar das minhas mãos?
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei:
— Ó Nabucodonosor, quanto a isto não precisamos nem responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei. E mesmo que ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou.