Se os sacerdotes judaicos e as suas leis fossem capazes de nos salvar, por que então Deus precisou mandar Cristo como sacerdote da mesma ordem de Melquisedeque, em vez de mandar alguém da ordem de Arão — a ordem à qual pertenciam todos os outros sacerdotes?
E quando se muda o sacerdócio, a lei também muda. Ora, aquele de quem se dizem estas coisas pertencia a outra tribo. E nenhum membro dessa tribo jamais serviu como sacerdote. Como todos sabemos, o nosso Senhor é descendente da tribo de Judá, que não havia sido escolhida para o sacerdócio; Moisés nunca lhes dera aquele serviço. Portanto, podemos ver claramente que o método divino mudou, pois Cristo, o novo sumo sacerdote que veio da ordem de Melquisedeque, não se tornou sacerdote satisfazendo a antiga exigência de pertencer à tribo de Levi, mas de acordo com o poder que deriva de uma vida que não pode acabar. Porque as Escrituras falam o seguinte a respeito dele: “Você é para sempre sacerdote da ordem de Melquisedeque”.
Assim, o antigo sistema de sacerdócio baseado no parentesco foi cancelado, porque era fraco e inútil para salvar o povo. A Lei nunca tornou ninguém realmente justo para com Deus. Agora, porém, temos uma esperança superior, pela qual podemos aproximar-nos dele.
Deus fez um juramento de que Cristo seria sempre sacerdote, embora nunca tivesse dito isso de outros sacerdotes. Houve juramento quando ele se tornou sacerdote, pois Deus disse: “O Senhor jurou e nunca mudará de ideia: Você é sacerdote para sempre”. Devido ao juramento de Deus, Jesus é a garantia de uma aliança superior.
No sistema antigo era preciso haver muitos sacerdotes, a fim de que quando os mais velhos morressem, o sistema ainda pudesse continuar com os outros que ocupavam o lugar deles.
Mas Jesus vive para sempre e continua a ser sacerdote, de modo que o seu sacerdócio é permanente. Ele pode salvar completamente todos quantos vão a Deus por meio dele. Uma vez que viverá eternamente, estará sempre ali intercedendo em favor deles.
Portanto, ele é exatamente o tipo de sumo sacerdote que nós necessitamos; pois é santo e irrepreensível; não foi manchado pelo pecado, foi separado dos pecadores e foi exaltado nos céus. Ele não precisa oferecer sacrifícios diários de sangue de animais, como os outros sacerdotes, para cobrir primeiro os seus próprios pecados e depois os pecados do povo; porque ele acabou com todos os sacrifícios, de uma vez por todas, quando se ofereceu a si próprio. No sistema antigo, mesmo os sumos sacerdotes eram homens fracos e pecadores que não podiam evitar praticar o mal, porém mais tarde Deus, por seu juramento, nomeou seu Filho, que é perfeito para sempre.