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Mateus 26:1-75

Mateus 26:1-75 Nova Versão Internacional - Português (NVI)

Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, disse aos seus discípulos: ― Como vocês sabem, estamos a dois dias da Páscoa, e o Filho do homem será entregue para ser crucificado. Naquela ocasião, os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos do povo se reuniram no pátio do sumo sacerdote, cujo nome era Caifás, e juntos planejaram prender Jesus de maneira fraudulenta e matá‑lo. Contudo, diziam: “Não durante a festa, para que não haja tumulto no meio do povo”. Quando Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso, aproximou‑se dele uma mulher com um frasco de alabastro que continha um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus quando ele se encontrava reclinado à mesa. Ao verem isso, os discípulos se indignaram e perguntaram: ― Por que este desperdício? Este perfume poderia ser vendido por alto preço, e o dinheiro ser dado aos pobres. Percebendo isso, Jesus lhes disse: ― Por que vocês estão perturbando essa mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. Pois os pobres vocês sempre terão com vocês, mas a mim nem sempre terão. Quando derramou este perfume sobre o meu corpo, ela o fez a fim de me preparar para o sepultamento. Em verdade lhes digo que, onde quer que este evangelho for anunciado em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória. Então, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, dirigiu‑se aos chefes dos sacerdotes e lhes perguntou: ― O que me dareis se eu o entregar a vós? Acordaram com ele trinta moedas de prata. Desse momento em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregá‑lo. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos dirigiram‑se a Jesus e lhe perguntaram: ― Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa para comeres? Ele respondeu: ― Entrem na cidade, procurem certo homem e digam‑lhe: “O Mestre diz: ‘O meu tempo está próximo. Vou celebrar a Páscoa com os meus discípulos na sua casa’ ”. Os discípulos fizeram como Jesus os havia instruído e prepararam a Páscoa. Ao anoitecer, Jesus estava reclinado à mesa com os Doze. Enquanto comiam, ele disse: ― Em verdade lhes digo que um de vocês me trairá. Eles ficaram muito tristes e começaram a dizer‑lhe, um após outro: ― Com certeza, não sou eu, Senhor! Jesus afirmou: ― Aquele que comeu comigo do mesmo prato há de me trair. O Filho do homem irá, como está escrito a seu respeito, mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! Melhor seria que não houvesse nascido. Então, Judas, que o trairia, disse: ― Com certeza, não sou eu, Rabi! Jesus afirmou: ― Foi você quem disse isso. Enquanto comiam, Jesus pegou o pão, deu graças, partiu‑o e o deu aos discípulos, dizendo: ― Peguem e comam; isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ― Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos para perdão de pecados. Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no reino do meu Pai. Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Então, Jesus lhes disse: ― Ainda esta noite, todos vocês me abandonarão, pois está escrito: “Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersas”. ― Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galileia. Pedro respondeu: ― Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei! Jesus respondeu: ― Em verdade lhe digo que ainda esta noite, antes que o galo cante, três vezes você me negará. Pedro, porém, declarou: ― Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei. E todos os outros discípulos disseram o mesmo. Então, Jesus foi com os seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e lhes disse: ― Sentem‑se aqui enquanto vou ali orar. Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a ficar triste e angustiado. Então, lhes disse: ― A minha alma está profundamente triste, em uma tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo. Indo um pouco mais adiante, prostrou‑se com o rosto em terra e orou: ― Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres. Depois, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. ― Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora? — perguntou a Pedro. — Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca. Ele se retirou, pela segunda vez, e orou: ― Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça‑se a tua vontade. Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque os olhos deles estavam pesados. Então, deixou‑os novamente e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Depois, voltou aos discípulos e lhes disse: ― Vocês ainda dormem e descansam? Chegou a hora! O Filho do homem será entregue nas mãos de pecadores. Levantem‑se e vamos! Aí vem o meu traidor! Enquanto ele ainda falava, Judas, um dos Doze, chegou. Com ele estava uma grande multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo. O traidor havia combinado um sinal com eles: “Ele é aquele a quem eu saudar com um beijo; prendam‑no”. Dirigindo‑se imediatamente a Jesus, Judas disse: ― Saudações, Rabi! E o beijou. Jesus, porém, lhe perguntou: ― Amigo, o que o traz aqui? Então, os homens se aproximaram, agarraram Jesus e o prenderam. Um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando‑lhe a orelha. Jesus lhe disse: ― Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada morrerão pela espada. Você acha que eu não posso pedir ao meu Pai, e ele não poria imediatamente à minha disposição mais de doze legiões de anjos? Como, então, se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas deveriam acontecer desta forma? Naquela hora, Jesus disse à multidão: ― Acaso estou chefiando alguma rebelião, para que venham me prender com espadas e varas? Todos os dias, estive com vocês, ensinando no templo, e vocês não me prenderam. Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos o abandonaram e fugiram. Os que prenderam Jesus levaram‑no para Caifás, o sumo sacerdote, em cuja casa se haviam reunido os mestres da lei e os líderes religiosos. Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote. Ele entrou e sentou‑se com os guardas para ver o que aconteceria. Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um depoimento falso contra Jesus, para que pudessem condená‑lo à morte. No entanto, não encontraram nenhum, embora tenham se apresentado muitas falsas testemunhas. Finalmente, apresentaram‑se duas, que declararam: ― Este homem disse: “Sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruí‑lo em três dias”. Então, o sumo sacerdote levantou‑se e perguntou a Jesus: ― Você não vai responder à acusação que estes fazem contra você? Jesus, porém, permaneceu em silêncio. O sumo sacerdote lhe disse: ― Exijo que jure pelo Deus vivo: diga‑nos se você é o Cristo, o Filho de Deus. ― Tu mesmo o disseste — respondeu Jesus. — Mas eu digo a todos vocês: chegará o dia em que verão o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Então, o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes e disse: ― Blasfemou! Por que precisamos de mais testemunhas? Vocês ouviram a blasfêmia agora. O que lhes parece? ― É digno de morte! — responderam. Então, alguns lhe cuspiram no rosto e lhe deram murros. Outros lhe davam tapas e diziam: ― Profetize para nós, Cristo. Quem foi que bateu em você? Pedro estava sentado no pátio, e uma criada, aproximando‑se dele, disse: ― Você também estava com Jesus, o galileu. Contudo, ele negou diante de todos, dizendo: ― Não sei do que você está falando. Depois, saiu em direção à porta, onde outra criada o viu e disse aos que estavam ali: ― Este homem estava com Jesus, o Nazareno. E ele, jurando, negou outra vez: ― Não conheço esse homem! Pouco tempo depois, os que estavam por ali chegaram a Pedro e disseram: ― Certamente você é um deles. O seu modo de falar o denuncia. Aí ele começou a amaldiçoar e a jurar: ― Não conheço esse homem! Imediatamente, o galo cantou. Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe havia dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. Saindo dali, chorou amargamente.

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Mateus 26:1-75 Almeida Revista e Atualizada (ARA)

Tendo Jesus acabado todos estes ensinamentos, disse a seus discípulos: Sabeis que, daqui a dois dias, celebrar-se-á a Páscoa; e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado. Então, os principais sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no palácio do sumo sacerdote, chamado Caifás; e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-lo. Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo. Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa. Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício? Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres. Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: Por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes; pois, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu sepultamento. Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua. Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar. No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa? E ele lhes respondeu: Ide à cidade ter com certo homem e dizei-lhe: O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos. E eles fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. Chegada a tarde, pôs-se ele à mesa com os doze discípulos. E, enquanto comiam, declarou Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós me trairá. E eles, muitíssimo contristados, começaram um por um a perguntar-lhe: Porventura, sou eu, Senhor? E ele respondeu: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá. O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito, mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido! Então, Judas, que o traía, perguntou: Acaso, sou eu, Mestre? Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste. Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai. E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Então, Jesus lhes disse: Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas. Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galileia. Disse-lhe Pedro: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim. Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo. Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam. E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão. Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder? Naquele momento, disse Jesus às multidões: Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava [convosco] ensinando, e não me prendestes. Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram. E os que prenderam Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os escribas e os anciãos. Mas Pedro o seguia de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado, assentou-se entre os serventuários, para ver o fim. Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias. E, levantando-se o sumo sacerdote, perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depõem contra ti? Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia! Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte. Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu! Ora, estava Pedro assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu. Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem. Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo. Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente.

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Mateus 26:1-75 Bíblia Sagrada, Nova Versão Transformadora (NVT)

Quando Jesus terminou de falar todas essas coisas, disse a seus discípulos: “Como vocês sabem, a Páscoa começa daqui a dois dias, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado”. Naquela mesma hora, os principais sacerdotes e líderes do povo estavam reunidos na residência de Caifás, o sumo sacerdote, tramando uma forma de prender Jesus em segredo e matá-lo. “Mas não durante a festa da Páscoa, para não haver tumulto entre o povo”, concordaram entre eles. Enquanto isso, Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Quando ele estava à mesa, uma mulher entrou com um frasco de alabastro contendo um perfume caro e derramou o perfume sobre a cabeça dele. Ao ver isso, os discípulos ficaram indignados. “Que desperdício!”, disseram. “O perfume poderia ter sido vendido por um alto preço, e o dinheiro, dado aos pobres!” Jesus, sabendo do que falavam, disse: “Por que criticam esta mulher por ter feito algo tão bom para mim? Vocês sempre terão os pobres em seu meio, mas nem sempre terão a mim. Ela derramou este perfume em mim a fim de preparar meu corpo para o sepultamento. Eu lhes garanto: onde quer que as boas-novas sejam anunciadas pelo mundo, o que esta mulher fez será contado, e dela se lembrarão”. Então Judas Iscariotes, um dos Doze, foi aos principais sacerdotes e perguntou: “Quanto vocês me pagarão se eu lhes entregar Jesus?”. E eles lhe deram trinta moedas de prata. Daquele momento em diante, Judas começou a procurar uma oportunidade para trair Jesus. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos vieram a Jesus e perguntaram: “Onde quer que preparemos a refeição da Páscoa?”. Ele respondeu: “Assim que entrarem na cidade, verão determinado homem. Digam-lhe: ‘O Mestre diz: Meu tempo chegou e comerei em sua casa a refeição da Páscoa, com meus discípulos’”. Então os discípulos fizeram como Jesus os havia instruído e ali prepararam a refeição da Páscoa. Ao anoitecer, Jesus estava à mesa com os Doze. Enquanto comiam, disse: “Eu lhes digo a verdade: um de vocês vai me trair”. Muito aflitos, eles protestaram, um após o outro: “Certamente não serei eu, Senhor!”. Jesus respondeu: “Um de vocês que acabou de comer da mesma tigela comigo vai me trair. O Filho do Homem deve morrer, como as Escrituras declararam há muito tempo. Mas que terrível será para aquele que o trair! Para esse homem seria melhor não ter nascido”. Judas, aquele que o trairia, também disse: “Certamente não serei eu, Rabi!”. E Jesus respondeu: “É como você diz”. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e o abençoou. Em seguida, partiu-o em pedaços e deu aos discípulos, dizendo: “Tomem e comam, porque este é o meu corpo”. Então tomou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois, entregou-o aos discípulos e disse: “Cada um beba dele, porque este é o meu sangue, que confirma a aliança. Ele é derramado como sacrifício para perdoar os pecados de muitos. Prestem atenção ao que eu lhes digo: não voltarei a beber vinho até aquele dia em que, com vocês, beberei vinho novo no reino de meu Pai”. Então cantaram um hino e saíram para o monte das Oliveiras. No caminho, Jesus disse: “Esta noite todos vocês me abandonarão, pois as Escrituras dizem: ‘Deus ferirá o pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersas’. Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês à Galileia”. Pedro declarou: “Pode ser que todos os outros o abandonem, mas eu jamais o abandonarei”. Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: esta mesma noite, antes que o galo cante, você me negará três vezes”. Pedro, no entanto, insistiu: “Mesmo que eu tenha de morrer ao seu lado, jamais o negarei!”. E todos os outros discípulos disseram o mesmo. Então Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”. Levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu e começou a ficar triste e angustiado. “Minha alma está profundamente triste, a ponto de morrer”, disse ele. “Fiquem aqui e vigiem comigo.” Ele avançou um pouco, curvou-se com o rosto no chão e orou: “Meu Pai! Se for possível, afasta de mim este cálice. Contudo, que seja feita a tua vontade, e não a minha”. Depois, voltou aos discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”, disse ele a Pedro. “Vigiem e orem para que não cedam à tentação, pois o espírito está disposto, mas a carne é fraca.” Então os deixou pela segunda vez e orou: “Meu Pai! Se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. Quando voltou pela segunda vez, encontrou-os dormindo de novo, pois não conseguiam manter os olhos abertos. Foi orar pela terceira vez, dizendo novamente as mesmas coisas. Em seguida, voltou aos discípulos e lhes disse: “Como é que vocês ainda dormem e descansam? Vejam, chegou a hora. O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos de pecadores. Levantem-se e vamos. Meu traidor chegou”. Enquanto Jesus ainda falava, Judas, um dos Doze, chegou com uma grande multidão armada de espadas e pedaços de pau. Tinham sido enviados pelos principais sacerdotes e líderes do povo. O traidor havia combinado com eles um sinal: “Vocês saberão a quem devem prender quando eu o cumprimentar com um beijo”. Então Judas veio diretamente a Jesus. “Saudações, Rabi!”, exclamou ele, e o beijou. Jesus disse: “Amigo, faça de uma vez o que veio fazer”. Então os outros agarraram Jesus e o prenderam. Um dos que estavam com Jesus puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. “Guarde sua espada”, disse Jesus. “Os que usam a espada morrerão pela espada. Você não percebe que eu poderia pedir a meu Pai milhares de anjos para me proteger, e ele os enviaria no mesmo instante? Se eu o fizesse, porém, como se cumpririam as Escrituras, que descrevem o que é necessário que agora aconteça?” Em seguida, Jesus disse à multidão: “Por acaso sou um revolucionário perigoso para que venham me prender com espadas e pedaços de pau? Por que não me prenderam no templo? Ali estive todos os dias, ensinando. Mas tudo isto está acontecendo para que se cumpram as palavras dos profetas registradas nas Escrituras”. Nesse momento, todos os discípulos o abandonaram e fugiram. Então os que haviam prendido Jesus o levaram para a casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde estavam reunidos os mestres da lei e os líderes do povo. Enquanto isso, Pedro seguia Jesus de longe, até chegar ao pátio do sumo sacerdote. Entrou ali, sentou-se com os guardas e esperou para ver o que aconteceria. Lá dentro, os principais sacerdotes e todo o conselho dos líderes do povo tentavam encontrar testemunhas que mentissem a respeito de Jesus, para que pudessem condená-lo à morte. Embora muitos estivessem dispostos a dar falso testemunho, não puderam usar o depoimento de ninguém. Por fim, apresentaram-se dois homens, que declararam: “Este homem disse: ‘Sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias’”. Então o sumo sacerdote se levantou e disse a Jesus: “Você não vai responder a essas acusações? O que tem a dizer em sua defesa?”. Jesus, porém, permaneceu calado. O sumo sacerdote lhe disse: “Exijo em nome do Deus vivo que nos diga se é o Cristo, o Filho de Deus”. Jesus respondeu: “É como você diz. Eu lhes digo que, no futuro, verão o Filho do Homem sentado à direita do Deus Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu”. Então o sumo sacerdote rasgou as vestes e disse: “Blasfêmia! Que necessidade temos de outras testemunhas? Todos ouviram a blasfêmia. Qual é o veredicto?”. “Culpado!”, responderam. “Ele merece morrer!” Então começaram a cuspir no rosto de Jesus e a dar-lhe socos. Alguns lhe davam tapas e zombavam: “Profetize para nós, Cristo! Quem foi que lhe bateu desta vez?”. Enquanto isso, Pedro estava sentado do lado de fora, no pátio. Uma criada foi até ele e disse: “Você é um dos que estavam com Jesus, o galileu”. Mas Pedro o negou diante de todos. “Não sei do que você está falando”, disse. Mais tarde, junto ao portão, outra criada o viu e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus de Nazaré”. Novamente, Pedro o negou, dessa vez com juramento. “Nem mesmo conheço esse homem!”, disse ele. Pouco depois, alguns dos outros ali presentes vieram a Pedro e disseram: “Você deve ser um deles; percebemos pelo seu sotaque galileu”. Pedro jurou: “Que eu seja amaldiçoado se estiver mentindo. Não conheço esse homem!”. Imediatamente, o galo cantou. Então Pedro se lembrou das palavras de Jesus: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. E saiu dali, chorando amargamente.

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Mateus 26:1-75 Nova Bíblia Viva Português (NBV-P)

Quando Jesus terminou essa conversa com os seus discípulos, disse-lhes: “Como vocês sabem, a celebração da Páscoa começa dentro de dois dias, e o Filho do Homem será entregue e crucificado”. Naquele exato momento, os sacerdotes principais e outros oficiais religiosos dos judeus estavam reunidos no palácio de Caifás, o sumo sacerdote, para discutir meios de prender Jesus sem o povo saber, e matá-lo. “Mas não durante a celebração da Páscoa”, concordaram eles, “porque assim haveria uma revolta entre o povo”. Jesus seguiu dali para Betânia, para a casa de Simão, o leproso. Enquanto ele estava comendo, uma mulher entrou com um frasco de perfume muito caro, e o derramou sobre a cabeça de Jesus, quando ele estava reclinado à mesa. Os discípulos, ao verem isso, ficaram revoltados. “Por que jogar dinheiro fora?”, disseram eles. “Ela poderia ter vendido esse perfume por uma fortuna e ter dado o dinheiro aos pobres”. Jesus sabia o que eles estavam pensando e disse: “Por que vocês estão aborrecendo esta mulher? Pois ela realizou uma boa ação para mim. Vocês sempre terão os pobres aqui, mas nem sempre terão a mim. Ela derramou este perfume em mim para preparar o meu corpo para o sepultamento. E ela será sempre lembrada por este feito. A história dela será contada pelo mundo todo, em todos os lugares onde a boa-nova for anunciada”. Então Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, foi aos sacerdotes principais e perguntou: “Quanto vocês me pagarão se eu entregar Jesus?” E eles lhe deram trinta moedas de prata. Daquela hora em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus a eles. No primeiro dia da festa da Páscoa, quando o pão feito com fermento era retirado de todos os lares dos judeus, os discípulos vieram a Jesus e perguntaram: “Onde faremos os preparativos para comermos a Páscoa?” Ele respondeu: “Vão à cidade e procurem determinado homem, e digam-lhe: ‘O nosso Mestre falou: Chegou a minha hora, e eu celebrarei a festa da Páscoa com meus discípulos em sua casa’.” Então os discípulos fizeram como ele havia instruído e prepararam a ceia da Páscoa. Naquela noite, Jesus se acomodou à mesa com os doze discípulos. E, enquanto comiam, ele disse: “Eu afirmo que um de vocês vai me trair”. A tristeza caiu sobre os corações deles, e cada um perguntou: “Serei eu?” Ele respondeu: “É aquele que eu servi primeiro. Porque o Filho do Homem deve morrer, tal como foi profetizado, mas ai do homem que trai o Filho do Homem. Seria muito melhor que nunca tivesse nascido”. Judas, então, lhe disse: “Mestre, certamente não serei eu?” E Jesus respondeu: “Sim, é você”. Quando eles estavam comendo, Jesus tomou o pão e deu graças, partiu-o em pedaços e deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam, porque isto é o meu corpo”. Tomou um cálice de vinho, deu graças e o entregou aos discípulos, dizendo: “Cada um beba dele, porque isto é o meu sangue da nova aliança, que é derramado para perdoar os pecados de muitos. Prestem atenção às minhas palavras: Eu não beberei deste vinho outra vez até o dia em que beba um vinho novo com vocês no Reino do meu Pai”. E depois que cantaram um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Então Jesus lhes disse: “Esta noite vocês todos me abandonarão. Porque está escrito nas Escrituras ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão espalhadas’. “Mas, depois que eu tiver ressuscitado, irei para a Galileia, e me encontrarei com vocês ali”. Pedro disse: “Se todos os outros abandonarem o Senhor, eu não o abandonarei”. Jesus lhe respondeu: “A verdade é que esta noite mesmo, antes que o galo cante, você me negará três vezes!” “Mesmo que seja necessário que eu morra com o Senhor, nunca o negarei!”, insistiu Pedro. E todos os outros discípulos disseram a mesma coisa. Então Jesus os levou a um lugar chamado Getsêmani, e os mandou sentar e esperar, enquanto ia adiante para orar. Levou com ele Pedro e os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João, e começou a sentir angústia e tristeza. Então disse-lhes: “Minha alma está cheia de tristeza, a ponto de morrer. Fiquem aqui e vigiem comigo”. Ele avançou um pouco, inclinou-se com o rosto no chão, e orou: “Meu Pai! Se for possível, afaste este cálice de mim. Contudo, eu quero que seja feita a sua vontade, e não a minha”. Depois voltou aos três discípulos, e os encontrou dormindo. “Pedro”, perguntou ele, “vocês não puderam ficar acordados comigo nem mesmo uma hora? Vigiem e orem. De outro modo a tentação vencerá vocês. Pois o espírito na verdade está disposto, mas o corpo é fraco!” Outra vez ele os deixou e foi orar: “Meu Pai! Se este cálice não puder ser tirado de mim, então cumpra-se a sua vontade”. Ele voltou aos discípulos novamente e os achou dormindo, porque os olhos deles estavam pesados de sono. Então ele voltou à oração pela terceira vez, dizendo novamente as mesmas coisas. Então voltou aos discípulos e disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Chegou a hora de o Filho do Homem ser entregue nas mãos de homens pecadores! Levantem-se! Vamos andando! Aí vem o homem que está me traindo!” Naquela mesma hora, enquanto ele ainda falava, Judas, um dos Doze, chegou com uma grande multidão armada de espadas e porretes, enviada pelos sacerdotes principais e líderes religiosos do povo. O traidor havia combinado com eles um sinal. Ele havia dito: “Prendam o homem que eu cumprimentar com um beijo, pois é ele”. Então, naquela hora Judas veio diretamente a Jesus e disse: “Olá, Mestre!” e o beijou. Jesus disse: “Amigo, faça logo o que você veio fazer”. Então os outros homens se aproximaram, agarraram Jesus e o prenderam. Um dos homens que estavam com Jesus puxou sua espada e cortou a orelha do servo do sumo sacerdote. “Guarde a sua espada”, disse Jesus. “Aqueles que usam espada, acabarão morrendo pela espada. Você não percebe que eu poderia pedir ao meu Pai mais de doze legiões de anjos para nos protegerem, e ele os mandaria no mesmo instante? Mas se eu fizesse isso, como iriam se cumprir as Escrituras que descrevem o que está acontecendo agora?” Então Jesus falou à multidão: “Será que eu sou algum assaltante perigoso, para que vocês tivessem que se armar de espadas e porretes para poderem me prender? Todos os dias eu estava com vocês, ensinando no templo, e vocês não me prenderam. Mas tudo isto está acontecendo para cumprir as palavras dos profetas registradas nas Escrituras”. Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram. Então a multidão o levou para a casa do sumo sacerdote Caifás, onde todos os mestres da lei e os líderes religiosos estavam reunidos. Enquanto isso, Pedro ia seguindo Jesus de longe, e chegou ao pátio do sumo sacerdote. Entrou ali, e sentou-se com os soldados, esperando para ver o que seria feito com Jesus. Os sacerdotes principais e todo o Sinédrio reuniram-se e procuravam testemunhas falsas para falar contra Jesus, a fim de formarem contra ele um processo que resultaria na sentença de morte. Embora eles achassem muitos que concordassem em ser testemunhas falsas, elas entravam em contradição. Finalmente encontraram dois homens que declararam: “Este homem disse: ‘Sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias’ ”. Então o sumo sacerdote levantou-se e disse a Jesus: “Então? Você não vai responder à acusação que eles fazem?” Mas Jesus permaneceu calado. Nisso, o sumo sacerdote disse a ele: “Eu ordeno no nome do Deus vivo que nos declare se você é o Cristo, o Filho de Deus”. “É o senhor que está dizendo isso”, disse Jesus. “Mas eu afirmo que de agora em diante vocês verão o Filho do Homem assentado à direita do Deus Todo-poderoso, voltando nas nuvens do céu”. Então o sumo sacerdote rasgou suas vestes, gritando: “Blasfêmia! Que necessidade nós temos de outras testemunhas? Todos ouviram o que ele disse! Qual é a sentença de vocês?” Eles bradaram: “Ele é culpado de morte!” Então alguns deles cuspiram-lhe no rosto e bateram nele a socos e tapas, dizendo: “Cristo, profetize para nós! Quem foi que lhe bateu?” Enquanto isso, Pedro estava sentado do lado de fora do pátio. Veio uma criada e disse-lhe: “Você estava com Jesus, porque vocês dois são da Galileia”. Mas Pedro negou em voz alta, dizendo: “Eu não sei do que você está falando”. Mais tarde, fora do portão, outra criada viu Pedro e disse aos que estavam por perto: “Este homem estava com Jesus de Nazaré”. Pedro negou novamente, desta vez com juramento. “Não conheço esse homem”, disse ele. Pouco depois, os homens que estavam ali vieram a ele e disseram: “Nós sabemos que você é um dos discípulos dele, pelo seu modo de falar!” Pedro começou a amaldiçoar e jurar: “Eu não conheço esse homem”. E imediatamente o galo cantou. Então Pedro lembrou-se do que Jesus tinha dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. Então saiu, chorando amargamente.

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Mateus 26:1-75 Nova Almeida Atualizada (NAA)

Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, disse aos seus discípulos: — Vocês sabem que, daqui a dois dias, será celebrada a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado. Então os principais sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no palácio do sumo sacerdote, chamado Caifás, e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-lo. Mas diziam: — Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo. Quando Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher, trazendo um frasco feito de alabastro com um perfume precioso, que ela derramou sobre a cabeça de Jesus, estando ele à mesa. Vendo isto, os discípulos ficaram indignados e disseram: — Para que este desperdício? Este perfume poderia ter sido vendido por muito dinheiro, para ser dado aos pobres. Mas Jesus, sabendo disto, lhes disse: — Por que vocês estão incomodando esta mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. Porque os pobres estarão sempre com vocês, mas a mim vocês nem sempre terão. Porque, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu sepultamento. Em verdade lhes digo que, onde for pregado em todo o mundo este evangelho, também será contado o que ela fez, para memória dela. Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi falar com os principais sacerdotes. Ele disse: — Quanto me darão para que eu o entregue a vocês? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, Judas buscava uma boa ocasião para entregar Jesus. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos vieram a Jesus e lhe perguntaram: — Onde quer que façamos os preparativos para que o senhor possa comer a Páscoa? E ele lhes respondeu: — Vão até a cidade, procurem certo homem e digam: “O Mestre diz: O meu tempo está próximo. É em sua casa que celebrarei a Páscoa com os meus discípulos.” E eles fizeram como Jesus lhes havia ordenado e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. E, enquanto comiam, Jesus disse: — Em verdade lhes digo que um de vocês vai me trair. E eles, muito entristecidos, começaram um por um a perguntar-lhe: — Por acaso seria eu, Senhor? Jesus respondeu: — O que comigo põe a mão no prato, esse vai me trair. O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor seria para ele se nunca tivesse nascido! Então Judas, que o traía, perguntou: — Por acaso sou eu, Mestre? Jesus respondeu: — Você acabou de dizer isso. Enquanto comiam, Jesus pegou um pão, e, abençoando-o, o partiu e deu aos discípulos, dizendo: — Tomem, comam; isto é o meu corpo. A seguir, Jesus pegou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos, dizendo: — Bebam todos dele; porque isto é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. E digo a vocês que, desta hora em diante, nunca mais beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que beberei com vocês o vinho novo, no Reino de meu Pai. E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Então Jesus disse aos discípulos: — Esta noite serei uma pedra de tropeço para todos vocês, porque está escrito: “Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas.” Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vocês para a Galileia. Mas Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: — Ainda que o senhor venha a ser um tropeço para todos, nunca o será para mim. Mas Jesus lhe disse: — Em verdade lhe digo que, nesta noite, antes que o galo cante, você me negará três vezes. Pedro insistiu: — Ainda que me seja necessário morrer com o senhor, de modo nenhum o negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo. Em seguida, Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani. E disse aos discípulos: — Sentem-se aqui, enquanto eu vou ali orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a sentir-se tomado de tristeza e de angústia. Então lhes disse: — A minha alma está profundamente triste até a morte; fiquem aqui e vigiem comigo. E, adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: — Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice! Contudo, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo. E disse a Pedro: — Então nem uma hora vocês puderam vigiar comigo? Vigiem e orem, para que não caiam em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Retirando-se pela segunda vez, orou de novo, dizendo: — Meu Pai, se não é possível que este cálice passe de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os olhos deles estavam pesados. Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então voltou para os discípulos e lhes disse: — Vocês ainda estão dormindo e descansando! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantem-se, vamos embora! Eis que o traidor se aproxima. E enquanto Jesus ainda falava, eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande multidão com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. Ora, o traidor tinha dado a eles um sinal: “Aquele que eu beijar, é esse; prendam-no.” E logo, aproximando-se de Jesus, Judas disse: — Salve, Mestre! E o beijou. Jesus, porém, lhe disse: — Amigo, o que você veio fazer? Nisto, aproximando-se eles, agarraram Jesus e o prenderam. E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. Então Jesus lhe disse: — Coloque a espada de volta no seu lugar, pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão. Ou você acha que não posso pedir a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? Mas como, então, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim deve acontecer? Naquele momento, Jesus disse às multidões: — Vocês vieram com espadas e porretes para prender-me, como se eu fosse um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava ensinando, e vocês não me prenderam. Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos o deixaram e fugiram. E os que prenderam Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os escribas e os anciãos. Pedro o seguia de longe até o pátio do sumo sacerdote. E, tendo entrado, assentou-se entre os servos, para ver como aquilo ia terminar. E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de terem sido apresentadas muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando: — Este disse: “Posso destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias.” E, levantando-se o sumo sacerdote, perguntou a Jesus: — Você não diz nada em resposta ao que estes depõem contra você? Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: — Eu exijo que nos diga, tendo o Deus vivo por testemunha, se você é o Cristo, o Filho de Deus. Jesus respondeu: — É o senhor mesmo quem está dizendo isso. Mas eu lhes digo que, desde agora, vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: — Blasfemou! Por que ainda precisamos de testemunhas? Eis que agora mesmo vocês ouviram a blasfêmia! O que vocês acham? E eles responderam: — É réu de morte. Então alguns cuspiram no rosto de Jesus e bateram nele. E outros o esbofeteavam, dizendo: — Profetize para nós, ó Cristo! Quem foi que bateu em você? Pedro estava sentado fora no pátio. Uma empregada se aproximou e lhe disse: — Você também estava com Jesus, o galileu. Mas ele negou diante de todos e disse: — Não sei o que você está dizendo. Quando se dirigia para a porta, Pedro foi visto por outra empregada, que disse aos que estavam ali: — Este também estava com Jesus, o Nazareno. E ele negou outra vez, com juramento: — Não conheço esse homem. Pouco depois, aproximando-se os que estavam ali, disseram a Pedro: — Com certeza você também é um deles, porque o seu modo de falar o denuncia. Então ele começou a praguejar e a jurar: — Não conheço esse homem! E no mesmo instante o galo cantou. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes.” E Pedro, saindo dali, chorou amargamente.

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Mateus 26:1-75 Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)

Quando Jesus acabou de ensinar essas coisas, disse aos discípulos: — Vocês sabem que daqui a dois dias vai ser comemorada a Festa da Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado. Os chefes dos sacerdotes e os líderes judeus se reuniram no palácio de Caifás, o Grande Sacerdote, e fizeram um plano para prender Jesus em segredo e matá-lo. Eles diziam: — Não vamos fazer isso durante a festa, para não haver uma revolta no meio do povo. Jesus estava no povoado de Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso. Então uma mulher chegou perto de Jesus com um frasco feito de alabastro, cheio de um perfume muito caro, e derramou o perfume na cabeça dele. Ao verem aquilo, os discípulos ficaram zangados e disseram: — Que desperdício! Esse perfume poderia ter sido vendido por uma fortuna, e o dinheiro, dado aos pobres. Mas Jesus, sabendo o que eles diziam, disse: — Por que vocês estão aborrecendo esta mulher? Ela fez para mim uma coisa muito boa. Pois os pobres estarão sempre com vocês, mas eu não. O que ela fez foi perfumar o meu corpo para o meu sepultamento. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela fez, e ela será lembrada. Então um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi falar com os chefes dos sacerdotes. Ele disse: — Quanto vocês me pagam para eu lhes entregar Jesus? E eles lhe pagaram trinta moedas de prata. E daí em diante Judas ficou procurando uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram: — Onde é que o senhor quer que a gente prepare o jantar da Páscoa para o senhor? Ele respondeu: — Vão até a cidade, procurem certo homem e digam: “O Mestre manda dizer: A minha hora chegou. Os meus discípulos e eu vamos comemorar a Páscoa na sua casa.” Os discípulos fizeram como Jesus havia mandado e prepararam o jantar da Páscoa. Quando anoiteceu, Jesus e os doze discípulos sentaram para comer. Durante o jantar Jesus disse: — Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês vai me trair. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a perguntar: — O senhor não está achando que sou eu; está? Jesus respondeu: — Quem vai me trair é aquele que come no mesmo prato que eu. Pois o Filho do Homem vai morrer da maneira como dizem as Escrituras Sagradas; mas ai daquele que está traindo o Filho do Homem! Seria melhor para ele nunca ter nascido! Então Judas, o traidor, perguntou: — Mestre, o senhor não está achando que sou eu; está? Jesus respondeu: — Quem está dizendo isso é você mesmo. Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: — Peguem e comam; isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, dizendo: — Bebam todos vocês porque isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos para o perdão dos pecados, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo. Eu afirmo a vocês que nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino do meu Pai. Então eles cantaram canções de louvor e foram para o monte das Oliveiras. E Jesus disse aos discípulos: — Esta noite todos vocês vão fugir e me abandonar, pois as Escrituras Sagradas dizem: “Matarei o pastor, e as ovelhas serão espalhadas.” Mas, depois que eu ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galileia. Então Pedro disse a Jesus: — Eu nunca abandonarei o senhor, mesmo que todos o abandonem. Mas Jesus lhe disse: — Eu afirmo a você que isto é verdade: nesta mesma noite, antes que o galo cante, você dirá três vezes que não me conhece. Pedro respondeu: — Eu nunca vou dizer que não o conheço, mesmo que eu tenha de morrer com o senhor! E todos os outros discípulos disseram a mesma coisa. Jesus foi com os discípulos para um lugar chamado Getsêmani e lhes disse: — Sentem-se aqui, enquanto eu vou ali orar. Então Jesus foi, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu. Aí ele começou a sentir uma grande tristeza e aflição e disse a eles: — A tristeza que estou sentindo é tão grande, que é capaz de me matar. Fiquem aqui vigiando comigo. Ele foi um pouco mais adiante, ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e orou: — Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice de sofrimento! Porém que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres. Depois voltou e encontrou os três discípulos dormindo. Então disse a Pedro: — Será que vocês não podem vigiar comigo nem uma hora? Vigiem e orem para que não sejam tentados. É fácil querer resistir à tentação; o difícil mesmo é conseguir. Pela segunda vez Jesus foi e orou, dizendo: — Meu Pai, se este cálice de sofrimento não pode ser afastado de mim sem que eu o beba, então que seja feita a tua vontade. Ele voltou de novo e encontrou os discípulos dormindo. Eles estavam com sono e não conseguiam ficar com os olhos abertos. Jesus tornou a sair de perto deles e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então voltou até onde os discípulos estavam e perguntou: — Vocês ainda estão dormindo e descansando? Olhem! Chegou a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos maus. Levantem-se, e vamos embora. Vejam! Aí vem chegando o homem que está me traindo! Jesus ainda estava falando, quando chegou Judas, um dos doze discípulos. Vinha com ele uma grande multidão armada com espadas e porretes, que tinha sido mandada pelos chefes dos sacerdotes e pelos líderes judeus. O traidor tinha combinado com eles um sinal. Ele tinha dito: “Prendam o homem que eu beijar, pois é ele.” Judas foi até perto de Jesus e disse: — Mestre, que a paz esteja com o senhor! E o beijou. Jesus respondeu: — Amigo, o que você vai fazer faça agora. Então eles chegaram, prenderam Jesus e o amarraram. Mas um dos que estavam ali com Jesus tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou uma orelha dele. Aí Jesus disse: — Guarde a sua espada, pois quem usa uma espada será morto por uma espada. Você não sabe que, se eu pedisse ajuda ao meu Pai, ele me mandaria agora mesmo doze exércitos de anjos? Mas, nesse caso, como poderia se cumprir aquilo que as Escrituras Sagradas dizem que é preciso acontecer? Depois Jesus disse para aquela gente: — Vocês vêm com espadas e porretes para me prender como se eu fosse um bandido? Eu estava todos os dias ensinando no pátio do Templo, e vocês não me prenderam. Mas tudo isso está acontecendo para se cumprir o que os profetas escreveram nas Escrituras Sagradas. Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram. Os homens que prenderam Jesus o levaram até a casa do Grande Sacerdote Caifás, onde estavam reunidos alguns mestres da Lei e alguns líderes judeus. Pedro seguiu Jesus de longe até o pátio da casa do Grande Sacerdote. Entrou e sentou-se com os guardas para ver como aquilo ia terminar. Os chefes dos sacerdotes e todo o Conselho Superior estavam procurando alguma acusação falsa contra Jesus a fim de o condenar à morte. Mas não puderam encontrar nada contra ele, embora muitos se levantassem para dizer mentiras a respeito dele. Afinal dois homens se apresentaram e disseram: — Este homem afirmou: “Eu posso destruir o Templo de Deus e construí-lo de novo em três dias.” Aí o Grande Sacerdote se levantou e perguntou a Jesus: — Você não vai se defender desta acusação? Mas Jesus ficou calado. Então o Grande Sacerdote tornou a perguntar: — Em nome do Deus vivo, eu exijo que você diga para nós: você é o Messias, o Filho de Deus? Jesus respondeu: — Quem está dizendo isso é o senhor. Mas eu afirmo a vocês que de agora em diante vocês verão o Filho do Homem sentado do lado direito do Deus Todo-Poderoso e descendo nas nuvens do céu! Aí o Grande Sacerdote rasgou as suas próprias roupas e disse: — Ele blasfemou! Não precisamos mais de testemunhas! Vocês ouviram agora mesmo esta blasfêmia contra Deus! Então, o que resolvem? Eles responderam: — Ele é culpado e deve morrer! Em seguida cuspiram no rosto de Jesus e deram bofetadas nele. E os que batiam nele diziam: — Ei, Messias, adivinhe para nós quem foi que bateu em você! Pedro estava sentado lá fora no pátio, quando uma das empregadas chegou perto dele e disse: — Você também estava com Jesus da Galileia. Mas ele negou diante de todos, dizendo: — Eu não sei do que é que você está falando. Depois foi para a entrada do pátio. Outra empregada o viu e disse às pessoas que estavam ali: — Ele estava com Jesus de Nazaré. Pedro negou outra vez, respondendo: — Juro que não conheço esse homem! Pouco depois, os que estavam ali chegaram perto de Pedro e disseram: — O seu modo de falar mostra que, de fato, você também é um deles. Então Pedro disse: — Juro que não conheço esse homem! Que Deus me castigue se não estou dizendo a verdade! Naquele instante o galo cantou, e Pedro lembrou que Jesus lhe tinha dito: “Antes que o galo cante, você dirá três vezes que não me conhece.” Então Pedro saiu dali e chorou amargamente.

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Mateus 26:1-75 Almeida Revista e Corrigida (ARC)

E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos esses discursos, disse aos seus discípulos: Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado. Depois, os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás, e consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem. Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo. E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa. E os seus discípulos, vendo isso, indignaram-se, dizendo: Por que este desperdício? Pois este unguento podia vender-se por grande preço e dar-se o dinheiro aos pobres. Jesus, porém, conhecendo isso, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? Pois praticou uma boa ação para comigo. Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre. Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento. Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua. Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E, desde então, buscava oportunidade para o entregar. E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres que preparemos a comida da Páscoa? E ele disse: Ide à cidade a um certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos. E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze. E, enquanto eles comiam, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair. E eles, entristecendo-se muito, começaram um por um a dizer-lhe: Porventura, sou eu, Senhor? E ele, respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair. Em verdade o Filho do Homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido. E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura, sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai. E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Então, Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galileia. Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei. Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo. Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos, porque os seus olhos estavam carregados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então, chegou junto dos seus discípulos e disse-lhes: Dormi, agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele, grande multidão com espadas e porretes, vinda da parte dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos do povo. E o traidor tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi. E beijou-o. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus e o prenderam. E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha. Então, Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça? Então, disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e porretes, para me prender? Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes. Mas tudo isso aconteceu para que se cumpram as Escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram. E os que prenderam Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. E Pedro o seguiu de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim. Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte, e não o achavam, apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas, mas, por fim, chegaram duas e disseram: Este disse: Eu posso derribar o templo de Deus e reedificá-lo em três dias. E, levantando-se o sumo sacerdote, disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? E Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhes Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes, agora, a sua blasfêmia. Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte. Então, cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu? Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem. E, logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, também tu és deles, pois a tua fala te denuncia. Então, começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.

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