Marcos 6:1-56
Marcos 6:1-56 Nova Versão Internacional - Português (NVI)
Jesus saiu dali e foi para a sua cidade, acompanhado dos seus discípulos. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam ficavam admirados. ― De onde lhe vêm estas coisas? — perguntavam. — Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E este poder para realizar milagres? Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs? E encontraram motivo de tropeço nele. Jesus lhes disse: ― Só na sua própria terra, entre os seus parentes e na sua própria casa, um profeta não tem honra. Ele não pôde fazer ali nenhum milagre, exceto impor as mãos em alguns doentes e curá‑los. E ficou admirado por causa da incredulidade deles. Jesus passou a percorrer os povoados, ensinando. Então, chamando os Doze para junto de si, Jesus os enviou de dois em dois e deu‑lhes autoridade para expulsar espíritos imundos. Estas foram as suas instruções: ― Não levem nada pelo caminho, a não ser um bordão. Não levem pão, nem saco de viagem, nem dinheiro no cinto; calcem sandálias, mas não levem túnica extra. Sempre que entrarem em uma casa, fiquem ali até partirem. Se em algum lugar não os receberem nem os ouvirem, saiam de lá e sacudam a poeira dos pés como testemunho contra eles. Eles saíram e pregaram ao povo que se arrependesse. Expulsavam muitos demônios e ungiam muitos doentes com óleo e os curavam. O rei Herodes ouviu falar dessas coisas, pois o nome de Jesus havia se tornado bem conhecido. Algumas pessoas estavam dizendo: “João Batista ressuscitou dentre os mortos! Por isso, atuam nele poderes milagrosos”. Outros diziam: “Ele é Elias”. Ainda outros afirmavam: “Ele é um profeta, como um dos antigos profetas”. Quando, porém, Herodes ouviu essas coisas, disse: ― João, a quem mandei decapitar, ressuscitou dentre os mortos! Pois Herodes mesmo tinha ordenado que prendessem João; ele o amarrou e o colocou na prisão, por causa de Herodias, mulher do seu irmão Filipe, com a qual se casara. Porque João dizia a Herodes: “Não te é permitido viver com a mulher do teu irmão”. Assim, Herodias o odiava e queria matá‑lo. Mas não podia fazê‑lo, porque Herodes temia João e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo. Quando o ouvia, ficava confuso. Mesmo assim, gostava de ouvi‑lo. Finalmente, surgiu uma ocasião oportuna. No seu aniversário, Herodes ofereceu um banquete aos seus líderes mais importantes, aos comandantes militares e aos principais da Galileia. Quando a filha de Herodias entrou e dançou, agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: ― Peça‑me qualquer coisa que você quiser, e eu darei. E prometeu‑lhe sob juramento: ― Seja o que for que me pedir, eu darei, até a metade do meu reino. Ela saiu e perguntou à sua mãe: ― Que pedirei? ― A cabeça de João Batista — respondeu ela. Imediatamente, a jovem apressou‑se em apresentar‑se ao rei com o pedido: ― Desejo que me dês agora mesmo a cabeça de João Batista em um prato. O rei ficou aflito, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis rejeitá‑la. Então, o rei imediatamente enviou um carrasco com ordens para trazer a cabeça de João. O homem foi, decapitou João na prisão e trouxe a cabeça dele em um prato. Ele a entregou à jovem, e esta a deu à sua mãe. Tendo ouvido isso, os discípulos de João vieram, levaram o seu corpo e o colocaram em um túmulo. Os apóstolos reuniram‑se a Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado. Havia muita gente indo e vindo, a ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: ― Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco. Então, foram de barco, em particular, a um lugar deserto. Mas muitos os reconheceram e os viram partir, de modo que correram a pé de todas as cidades, chegando lá antes deles. Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então, começou a ensinar‑lhes muitas coisas. Já era tarde, por isso os seus discípulos aproximaram‑se dele e disseram: ― Este é um lugar deserto, e já é tarde. Despede a multidão para que possam ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer. Ele, porém, respondeu: ― Deem‑lhes vocês mesmos algo para comer. Os discípulos lhe disseram: ― Isto exigiria duzentos denários! Devemos gastar tanto dinheiro em pão e dar‑lhes de comer? Ele perguntou: ― Quantos pães vocês têm? Verifiquem. Quando ficaram sabendo, disseram: ― Cinco pães e dois peixes. Então, Jesus ordenou que fizessem toda a multidão se sentar, em grupos, na grama verde. Assim, eles se sentaram em grupos de cem e de cinquenta. Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, entregou‑os aos seus discípulos para que os servissem ao povo. Também dividiu os dois peixes entre todos eles. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram foram cinco mil homens. Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos que entrassem no barco e fossem adiante dele para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. Tendo‑a despedido, subiu a um monte para orar. Ao anoitecer, o barco estava no meio do lago, e Jesus se achava sozinho em terra. Ele viu os discípulos remando com dificuldade, porque o vento soprava contra eles. Alta madrugada, Jesus dirigiu‑se a eles, andando sobre o lago; e estava já a ponto de passar por eles. Quando o viram andando sobre o lago, pensaram que fosse um fantasma. Então, gritaram, pois todos o tinham visto e ficaram aterrorizados. Jesus, porém, imediatamente, lhes disse: ― Tenham coragem! Sou eu! Não tenham medo! Então, subiu no barco para junto deles, e o vento cessou. Eles ficaram atônitos, pois não tinham entendido o milagre dos pães; o coração deles estava endurecido. Depois de atravessarem o mar, chegaram à terra de Genesaré e ancoraram ali. Logo que desembarcaram, o povo reconheceu Jesus. Eles percorriam toda aquela região e levavam os doentes em macas para onde ouviam que ele estava. Aonde quer que ele fosse, povoados, cidades ou campos, levavam os doentes para as praças. Suplicavam‑lhe que, ao menos, pudessem tocar na borda do seu manto, e todos os que nele tocavam eram curados.
Marcos 6:1-56 Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Tendo Jesus partido dali, foi para a sua terra, e os seus discípulos o acompanharam. Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. Não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Admirou-se da incredulidade deles. Contudo, percorria as aldeias circunvizinhas, a ensinar. Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, exceto um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro; que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas. E recomendou-lhes: Quando entrardes nalguma casa, permanecei aí até vos retirardes do lugar. Se nalgum lugar não vos receberem nem vos ouvirem, ao sairdes dali, sacudi o pó dos pés, em testemunho contra eles. Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse; expeliam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo. Chegou isto aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus já se tornara notório; e alguns diziam: João Batista ressuscitou dentre os mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. Outros diziam: É Elias; ainda outros: É profeta como um dos profetas. Herodes, porém, ouvindo isto, disse: É João, a quem eu mandei decapitar, que ressurgiu. Porque o mesmo Herodes, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe (porquanto Herodes se casara com ela), mandara prender a João e atá-lo no cárcere. Pois João lhe dizia: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão. E Herodias o odiava, querendo matá-lo, e não podia. Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo, e o tinha em segurança. E, quando o ouvia, ficava perplexo, escutando-o de boa mente. E, chegando um dia favorável, em que Herodes no seu aniversário natalício dera um banquete aos seus dignitários, aos oficiais militares e aos principais da Galileia, entrou a filha de Herodias e, dançando, agradou a Herodes e aos seus convivas. Então, disse o rei à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. E jurou-lhe: Se pedires mesmo que seja a metade do meu reino, eu ta darei. Saindo ela, perguntou à sua mãe: Que pedirei? Esta respondeu: A cabeça de João Batista. No mesmo instante, voltando apressadamente para junto do rei, disse: Quero que, sem demora, me dês num prato a cabeça de João Batista. Entristeceu-se profundamente o rei; mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar. E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi, e o decapitou no cárcere, e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem, e esta, por sua vez, a sua mãe. Os discípulos de João, logo que souberam disto, vieram, levaram-lhe o corpo e o depositaram no túmulo. Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado. E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. Então, foram sós no barco para um lugar solitário. Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles. Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas. Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: É deserto este lugar, e já avançada a hora; despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer. Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer? E ele lhes disse: Quantos pães tendes? Ide ver! E, sabendo-o eles, responderam: Cinco pães e dois peixes. Então, Jesus lhes ordenou que todos se assentassem, em grupos, sobre a relva verde. E o fizeram, repartindo-se em grupos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta. Tomando ele os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e, partindo os pães, deu-os aos discípulos para que os distribuíssem; e por todos repartiu também os dois peixes. Todos comeram e se fartaram; e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram dos pães eram cinco mil homens. Logo a seguir, compeliu Jesus os seus discípulos a embarcar e passar adiante para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. E, tendo-os despedido, subiu ao monte para orar. Ao cair da tarde, estava o barco no meio do mar, e ele, sozinho em terra. E, vendo-os em dificuldade a remar, porque o vento lhes era contrário, por volta da quarta vigília da noite, veio ter com eles, andando por sobre o mar; e queria tomar-lhes a dianteira. Eles, porém, vendo-o andar sobre o mar, pensaram tratar-se de um fantasma e gritaram. Pois todos ficaram aterrados à vista dele. Mas logo lhes falou e disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! E subiu para o barco para estar com eles, e o vento cessou. Ficaram entre si atônitos, porque não haviam compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido. Estando já no outro lado, chegaram a terra, em Genesaré, onde aportaram. Saindo eles do barco, logo o povo reconheceu Jesus; e, percorrendo toda aquela região, traziam em leitos os enfermos, para onde ouviam que ele estava. Onde quer que ele entrasse nas aldeias, cidades ou campos, punham os enfermos nas praças, rogando-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste; e quantos a tocavam saíam curados.
Marcos 6:1-56 Bíblia Sagrada, Nova Versão Transformadora (NVT)
Jesus deixou essa região e voltou com seus discípulos para Nazaré, cidade onde tinha morado. No sábado seguinte, começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam se admiraram e perguntavam: “De onde vem tanta sabedoria e poder para realizar esses milagres? Não é esse o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Suas irmãs moram aqui, entre nós”. E sentiam-se muito ofendidos. Então Jesus lhes disse: “Um profeta recebe honra em toda parte, menos em sua cidade e entre seus parentes e sua própria família”. Por isso, não pôde realizar milagres ali, exceto pôr as mãos sobre alguns enfermos e curá-los. E ficou admirado com a incredulidade daquele povo. Então Jesus percorreu diversos povoados, ensinando a seus moradores. Reuniu os Doze e começou a enviá-los de dois em dois, dando-lhes autoridade para expulsar espíritos impuros. Instruiu-os a não levar coisa alguma na viagem, exceto um cajado. Não poderiam levar alimento, nem bolsa de viagem, nem dinheiro. Poderiam calçar sandálias, mas não levar uma muda de roupa extra. Disse ele: “Onde quer que forem, fiquem na mesma casa até partirem da cidade. Mas, se algum povoado se recusar a recebê-los ou a ouvi-los, ao saírem, sacudam a poeira dos pés como sinal de reprovação”. Então eles partiram, dizendo a todos que encontravam que se arrependessem. Expulsaram muitos demônios e curaram muitos enfermos, ungindo-os com óleo. Logo o rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois todos comentavam a seu respeito. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso tem poder para fazer esses milagres”. Outros diziam: “É Elias”. Ainda outros diziam: “É um profeta, como os profetas de antigamente”. Quando Herodes ouviu falar de Jesus, disse: “João, o homem a quem decapitei, voltou dos mortos!”. O rei havia mandado prender e encarcerar João para agradar Herodias. Ela era esposa de seu irmão, Filipe, mas Herodes tinha se casado com ela. João dizia a Herodes: “É contra a lei que o senhor viva com a esposa de seu irmão”. Por isso Herodias guardava rancor de João e queria matá-lo, mas não podia fazê-lo, pois Herodes o respeitava e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo. Herodes ficava muito perturbado sempre que falava com João, mas mesmo assim gostava de ouvi-lo. Finalmente, no aniversário de Herodes, Herodias teve a oportunidade que procurava. Ele deu uma festa para os membros do alto escalão do governo, para seus oficiais militares e para os cidadãos mais importantes da Galileia. Sua filha, também chamada Herodias, entrou e apresentou uma dança que agradou muito Herodes e seus convidados. “Peça-me qualquer coisa que deseje, e eu lhe darei”, disse o rei à moça. E prometeu, sob juramento: “Eu lhe darei o que pedir, até metade do meu reino!”. Ela saiu e perguntou à mãe: “O que devo pedir?”. A mãe lhe disse: “Peça a cabeça de João Batista!”. A moça voltou depressa ao rei e disse: “Quero a cabeça de João Batista agora mesmo num prato!”. O rei muito se entristeceu com isso, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde negar o pedido. Assim, enviou no mesmo instante um carrasco com ordens de cortar a cabeça de João e trazê-la. Ele decapitou João na prisão, trouxe a cabeça num prato e a entregou à moça, que a levou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam o que havia acontecido, foram buscar o corpo e o colocaram numa sepultura. Os apóstolos voltaram de sua missão e contaram a Jesus tudo que tinham feito e ensinado. Jesus lhes disse: “Vamos sozinhos até um lugar tranquilo para descansar um pouco”, pois tanta gente ia e vinha que eles não tinham tempo nem para comer. Então saíram de barco para um lugar isolado, a fim de ficarem a sós. Contudo, muitos os reconheceram e os viram partir, e pessoas de várias cidades correram e chegaram antes deles. Quando Jesus saiu do barco, viu a grande multidão e teve compaixão dela, pois eram como ovelhas sem pastor. Então começou a lhes ensinar muitas coisas. Ao entardecer, os discípulos foram até ele e disseram: “Este lugar é isolado, e já está tarde. Mande as multidões embora, para que possam ir aos campos e povoados vizinhos e comprar algo para comer”. Jesus, porém, disse: “Providenciem vocês mesmos alimento para eles”. “Precisaríamos de muito dinheiro para comprar comida para todo esse povo!”, responderam. “Quantos pães vocês têm?”, perguntou ele. “Vão verificar.” Eles voltaram e informaram: “Cinco pães e dois peixes”. Então Jesus ordenou que fizessem a multidão sentar-se em grupos na grama verde. Assim, eles se sentaram em grupos de cinquenta e de cem. Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e os abençoou. Então, à medida que ia partindo os pães, entregava-os aos discípulos para que os distribuíssem ao povo. Também dividiu os peixes para que todos recebessem uma porção. Todos comeram à vontade, e os discípulos recolheram doze cestos com os pães e peixes que sobraram. Os que comeram foram cinco mil homens. Logo em seguida, Jesus insistiu com seus discípulos que voltassem ao barco e atravessassem o mar até Betsaida, enquanto ele mandava o povo para casa. Depois de se despedir de todos, subiu sozinho ao monte para orar. Durante a noite, os discípulos estavam no barco, no meio do mar, e Jesus, sozinho em terra. Ele viu que estavam em apuros, remando com força e lutando contra o vento e as ondas. Por volta das três da madrugada, Jesus foi até eles caminhando sobre o mar. Sua intenção era passar por eles, mas, quando o avistaram caminhando sobre as águas, gritaram de pavor, pensando que fosse um fantasma. Ficaram todos aterrorizados ao vê-lo. Imediatamente, porém, Jesus lhes disse: “Não tenham medo! Coragem, sou eu!”. Em seguida, subiu no barco e o vento parou. Os discípulos ficaram admirados, pois ainda não tinham entendido o milagre dos pães. O coração deles estava endurecido. Depois de atravessarem o mar, chegaram a Genesaré. Levaram o barco até a margem e desceram. As pessoas reconheceram Jesus assim que o viram. Quando ouviam que Jesus estava em algum lugar, corriam por toda a região, levando os enfermos em macas para onde sabiam que ele estava. Aonde quer que ele fosse — aos povoados, às cidades ou aos campos ao redor —, levavam os enfermos para as praças. Suplicavam que ele os deixasse pelo menos tocar na borda de seu manto, e todos que o tocavam eram curados.
Marcos 6:1-56 Nova Bíblia Viva Português (NBV-P)
Logo depois disto, Jesus deixou aquela região do país e voltou com os seus discípulos para a sua cidade. No sábado seguinte ele foi à sinagoga ensinar, e muitos dos que o ouviam estavam admirados. “De onde vêm estas coisas?”, perguntavam. “De onde vem a sua sabedoria? Como ele faz esses milagres? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E as irmãs dele moram aqui entre nós”. E ficaram escandalizados com ele! Então Jesus lhes disse: “Um profeta é respeitado em qualquer lugar, menos na sua terra, entre os seus parentes e pela sua própria família”. Por causa da incredulidade deles, ele não pôde fazer nenhum milagre poderoso ali; a não ser impor as mãos sobre uns poucos doentes e curá-los. Ele ficou admirado com a falta de fé deles. Então saiu dali e foi ensinar nas aldeias vizinhas. Reuniu os Doze, e os enviou de dois em dois, e deu-lhes autoridade para expulsar demônios. Estas foram as suas instruções: “Não levem nada com vocês, a não ser o bordão. Não levem comida, nem sacola, nem dinheiro em seus cintos, calcem sandálias, mas não levem uma túnica extra. Fiquem numa mesma casa em cada vila; não mudem de uma casa para outra enquanto estiverem ali. E sempre que uma vila não receber nem ouvir vocês, sacudam a poeira dos seus pés quando saírem; isso será um sinal de advertência para eles”. Então os discípulos saíram, dizendo a todos os que encontravam que se arrependessem. Expulsaram muitos demônios e curaram muitos doentes, ungindo-os com óleo. Logo o rei Herodes ouviu a respeito de Jesus, porque os milagres dele eram comentados em toda parte. O rei pensava que Jesus era João Batista, que havia ressuscitado. Por isso o povo estava dizendo: “Não admira que ele possa fazer tais milagres”. Outros pensavam que Jesus era Elias, o antigo profeta, que agora retornava à vida; ainda outros afirmavam que ele era um novo profeta igual aos grandes profetas do passado. “Não”, dizia Herodes; “é João, o homem cuja cabeça cortei. Ele ressuscitou dentre os mortos”. Pois Herodes havia mandado que soldados prendessem João, o amarrassem e o colocassem na prisão, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual havia se casado. João dizia a Herodes: “Está errado viver com a mulher do seu irmão”. Herodias o odiava e queria que João fosse morto, mas sem a aprovação de Herodes ela não podia fazê-lo. Herodes respeitava João, sabendo que ele era um homem justo e santo, e assim o mantinha debaixo da sua proteção. E Herodes ficava perturbado sempre que falava com João, mas mesmo assim gostava de ouvi-lo. Finalmente chegou a oportunidade de Herodias. Era o aniversário de Herodes; ele ofereceu um banquete e convidou os principais líderes do palácio, os oficiais do exército e os cidadãos importantes da Galileia. Foi quando a filha de Herodias entrou, dançou diante deles e agradou a Herodes e aos seus convidados. “Peça-me qualquer coisa que você quiser”, prometeu o rei, “ainda que seja a metade do meu reino, e eu o darei a você!” Ela saiu e consultou a mãe, que lhe disse: “Peça a cabeça de João Batista!” Então a jovem voltou depressa ao rei e disse: “Eu quero a cabeça de João Batista, agora mesmo, numa bandeja!” Com isso o rei se entristeceu, mas sentiu-se acanhado de quebrar o juramento diante dos seus convidados. Portanto, mandou um dos seus soldados à prisão cortar a cabeça de João e trazê-la. O soldado foi, decapitou João na prisão, e trouxe a cabeça dele numa bandeja, deu à moça, e ela a levou à mãe. Quando os discípulos de João souberam o que tinha acontecido, vieram buscar o corpo e o colocaram num túmulo. Chegou o dia em que os apóstolos voltaram da viagem. Vieram a Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito, e o que haviam dito ao povo que visitaram. Então Jesus sugeriu: “Vamos sair por um instante do meio do povo, para descansar”. Porque tanta gente ia e vinha que mal tinham tempo para comer. Então eles saíram de barco para um lugar mais tranquilo. Mas muitas pessoas os viram saindo e correram de todas as cidades, e chegaram lá antes dele. Quando Jesus desceu do barco, ele viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor, e lhes ensinou muitas coisas. Mais adiante, ao entardecer, os discípulos de Jesus vieram a ele e disseram: “Este lugar é deserto e está ficando tarde. Diga ao povo que vá embora às vilas e às propriedades próximas, e compre alimento para si, porque não há nada para comer aqui”. Mas Jesus disse: “Deem-lhes vocês algo para comer”. “Com quê?”, perguntaram eles. “Seria necessário muito dinheiro para comprar comida para esta multidão!” “Quantos pães vocês têm?”, perguntou ele. “Vão verificar”. Eles voltaram e informaram que havia cinco pães e dois peixes. Então Jesus disse à multidão que se assentasse em grupos na grama verde. Assim, eles se assentaram em grupos de 50 e de 100. Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos para o céu e deu graças. Depois partiu os pães e entregou-os aos seus discípulos. E também dividiu os dois peixes com todos. A multidão comeu até ficar bem satisfeita! Os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Havia cerca de 5.000 homens ali para aquela refeição! Imediatamente depois disso Jesus ordenou aos discípulos que voltassem para o barco e atravessassem o mar para Betsaida, onde ele os encontraria mais tarde, enquanto isso ele iria despedir a multidão. Depois de despedir a multidão, Jesus subiu um monte para orar. Durante a noite, enquanto os discípulos estavam no barco no meio do lago, e Jesus estava sozinho em terra, ele viu que os discípulos se encontravam em sérios apuros, remando muito e lutando contra o vento e as ondas. Por volta das três horas da madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, caminhando por sobre a água, e estava se aproximando deles. Quando eles o viram andando ao seu lado, gritaram de medo, pensando que fosse um fantasma, porque todos eles o viram e estavam aterrorizados. Porém Jesus imediatamente falou: “Vai tudo bem”, disse ele. “Sou eu! Não tenham medo”. Então Jesus subiu no barco e o vento parou! Os discípulos ficaram assustados, sem poder compreender aquilo, pois não tinham entendido o milagre dos pães, pois seus corações estavam endurecidos! Quando chegaram a Genesaré, no outro lado do mar, desceram do barco. O povo que estava ali reconheceu Jesus imediatamente. Correram logo pela região toda espalhando a notícia da chegada dele, e começaram a trazer-lhe os doentes em esteiras. Em todo lugar aonde ele ia — em vilas, em cidades ou nos campos ao redor — eles levavam os doentes nas praças e nas ruas, rogando-lhe que os deixasse pelo menos tocar nas pontas do seu manto; e todos os que o tocavam ficavam curados.
Marcos 6:1-56 Nova Almeida Atualizada (NAA)
Tendo saído dali, Jesus foi para a sua terra, e os seus discípulos o acompanharam. Chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: — De onde lhe vem tudo isso? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não vivem aqui entre nós? E escandalizavam-se por causa dele. Jesus, porém, lhes disse: — Nenhum profeta é desprezado, a não ser na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. Não pôde fazer ali nenhum milagre, a não ser curar uns poucos doentes, impondo-lhes as mãos. E admirava-se da incredulidade deles. Jesus percorria as aldeias vizinhas, ensinando. Chamou os doze e passou a enviá-los de dois em dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Ordenou-lhes que não levassem nada para o caminho, exceto um bordão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro; e que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas. E recomendou-lhes: — Quando vocês entrarem numa casa, fiquem ali até saírem daquele lugar. Se em algum lugar não quiserem recebê-los nem ouvi-los, ao saírem dali sacudam o pó dos pés, em testemunho contra eles. Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo. Isto chegou aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus havia se tornado conhecido. E alguns diziam: “João Batista ressuscitou dentre os mortos e, por isso, forças miraculosas operam nele.” Outros diziam: “É Elias.” Ainda outros diziam: “É profeta como um dos antigos profetas.” Herodes, porém, ouvindo isto, disse: — É João, a quem eu mandei decapitar, que ressuscitou. Porque o próprio Herodes havia mandado prender João e amarrá-lo na prisão, por causa de Herodias, mulher do seu irmão Filipe, com a qual Herodes havia casado. Pois João lhe dizia: “Você não tem o direito de viver com a mulher do seu irmão.” Herodias odiava João Batista e queria matá-lo, mas não conseguia fazer isso. Porque Herodes temia João, sabendo que era homem justo e santo, e o mantinha em segurança. E, quando o ouvia, ficava perplexo, embora gostasse de escutá-lo. Chegando uma ocasião favorável, em que Herodes, no dia do seu aniversário, deu um banquete às autoridades, aos oficiais militares e às pessoas importantes da Galileia, a filha de Herodias entrou no salão e, dançando, agradou a Herodes e aos seus convidados. Então o rei disse à jovem: — Peça o que quiser, e eu lhe darei. E fez este juramento: — O que você me pedir eu lhe darei, mesmo que seja a metade do meu reino. Ela saiu e foi perguntar à mãe: — O que pedirei? A mãe respondeu: — A cabeça de João Batista. No mesmo instante, voltando apressadamente para junto do rei, disse: — Quero que, sem demora, o senhor me dê num prato a cabeça de João Batista. O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não quis negar o pedido da jovem. E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi e o decapitou na prisão, e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem, e esta, por sua vez, a entregou à sua mãe. Os discípulos de João, logo que souberam disto, vieram, levaram o corpo dele e o colocaram num túmulo. Os apóstolos voltaram à presença de Jesus e lhe relataram tudo o que tinham feito e ensinado. E ele lhes disse: — Venham repousar um pouco, à parte, num lugar deserto. Isto porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem muitos os que iam e vinham. Então foram de barco para um lugar deserto, à parte. Muitos, porém, os viram sair e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas. Como já era bastante tarde, os discípulos se aproximaram de Jesus e disseram: — Este lugar é deserto, e já é bastante tarde. Mande essas pessoas embora, para que, indo pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer. Jesus, porém, lhes disse: — Deem vocês mesmos de comer a eles. Mas eles disseram: — Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer? E Jesus lhes disse: — Quantos pães vocês têm? Tratem de descobrir! Eles foram se informar e responderam: — Cinco pães e dois peixes. Então Jesus lhes ordenou que todos se assentassem, em grupos, sobre a relva verde. E eles o fizeram, repartindo-se em grupos de cem e de cinquenta. Jesus, pegando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos para o céu, os abençoou. Depois partiu os pães e os deu aos seus discípulos para que os distribuíssem. E também repartiu os dois peixes entre todos. Todos comeram e se fartaram, e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram os pães eram cinco mil homens. Logo a seguir, Jesus fez com que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. E, tendo-os despedido, ele subiu ao monte para orar. Ao cair da tarde, o barco estava no meio do mar, e Jesus estava sozinho em terra. De madrugada, vendo que os discípulos remavam com dificuldade, porque o vento lhes era contrário, Jesus foi até onde eles estavam, andando sobre o mar; e queria passar adiante deles. Eles, porém, vendo-o andar sobre o mar, pensaram tratar-se de um fantasma e gritaram. Pois todos viram Jesus e ficaram apavorados. Mas Jesus imediatamente falou com eles e disse: — Coragem! Sou eu. Não tenham medo! Então subiu no barco para estar com eles, e o vento cessou. Ficaram totalmente perplexos, porque não haviam compreendido o milagre dos pães, pois o coração deles estava endurecido. Estando já no outro lado, chegaram à terra de Genesaré, onde atracaram. Saindo eles do barco, o povo logo reconheceu Jesus. E eles, percorrendo toda aquela região, começaram a trazer em leitos os enfermos e os levavam para onde ouviam que ele estava. Onde quer que ele entrasse, nas aldeias, cidades ou campos, punham os enfermos nas praças, pedindo-lhe que os deixasse tocar ao menos na borda da sua roupa. E todos os que tocavam nela ficavam curados.
Marcos 6:1-56 Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)
Jesus voltou com os seus discípulos para a cidade de Nazaré, onde ele tinha morado. No sábado começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o estavam escutando ficaram admirados e perguntaram: — De onde é que este homem consegue tudo isso? De onde vem a sabedoria dele? Como é que faz esses milagres? Por acaso ele não é o carpinteiro, filho de Maria? Não é irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não moram aqui? Por isso ficaram desiludidos com ele. Mas Jesus disse: — Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa. Ele não pôde fazer milagres em Nazaré, a não ser curar alguns doentes, pondo as mãos sobre eles. E ficou admirado com a falta de fé que havia ali. Jesus ensinava nos povoados que havia perto dali. Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois, dando-lhes autoridade para expulsar espíritos maus. Deu ordem para não levarem nada na viagem, somente uma bengala para se apoiar. Não deviam levar comida, nem sacola, nem dinheiro. Deviam calçar sandálias e não levar nem uma túnica a mais. Disse ainda: — Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem hospedados na casa em que forem recebidos até saírem daquela cidade. Mas, se em algum lugar as pessoas não quiserem recebê-los, nem ouvi-los, vão embora. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente. Então os discípulos foram e anunciaram que todos deviam se arrepender dos seus pecados. Eles expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, pondo azeite na cabeça deles. O rei Herodes ouviu falar de tudo isso porque a fama de Jesus se havia espalhado por toda parte. Alguns diziam: — Esse homem é João Batista, que foi ressuscitado! Por isso esse homem tem poder para fazer milagres. Outros diziam que ele era Elias. Mas alguns afirmavam: — Ele é profeta, como um daqueles profetas antigos. Quando Herodes ouviu isso, disse: — Ele é João Batista! Eu mandei cortar a cabeça dele, e agora ele foi ressuscitado! Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe. Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: “Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!” Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era um homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo. Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galileia. Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça: — Peça o que quiser, e eu lhe darei. E jurou: — Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino! Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu: — Peça a cabeça de João Batista. No mesmo instante a moça voltou depressa aonde estava o rei e pediu: — Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo! Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender o pedido da moça. Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João, pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram. Os apóstolos voltaram e contaram a Jesus tudo o que tinham feito e ensinado. Havia ali tanta gente, chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo nem para comer. Então ele lhes disse: — Venham! Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansarmos um pouco. Então foram sozinhos de barco para um lugar deserto. Porém muitas pessoas os viram sair e os reconheceram. De todos os povoados, muitos correram pela margem e chegaram lá antes deles. Quando Jesus desceu do barco, viu a multidão e teve pena daquela gente porque pareciam ovelhas sem pastor. E começou a ensinar muitas coisas. De tardinha, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: — Já é tarde, e este lugar é deserto. Mande esta gente embora, a fim de que vão aos sítios e povoados de perto daqui e comprem alguma coisa para comer. Mas Jesus respondeu: — Deem vocês mesmos comida a eles. Os discípulos disseram: — Para comprarmos pão para toda esta gente, nós precisaríamos de duzentas moedas de prata. Jesus perguntou: — Quantos pães vocês têm? Vão ver. Os discípulos foram ver e disseram: — Temos cinco pães e dois peixes. Então Jesus mandou o povo sentar-se em grupos na grama verde. Todos se sentaram em grupos de cem e de cinquenta. Aí Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e deu graças a Deus. Depois partiu os pães e os entregou aos discípulos para que eles distribuíssem ao povo. E também dividiu os dois peixes com todos. Todos comeram e ficaram satisfeitos. E os discípulos ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Foram cinco mil os homens que comeram os pães. Logo depois, Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente para o povoado de Betsaida, no lado leste do lago, enquanto ele mandava o povo embora. Depois de se despedir dos discípulos, Jesus subiu um monte a fim de orar ali. Quando chegou a noite, o barco estava no meio do lago, e Jesus estava em terra, sozinho. Ele viu que os discípulos estavam remando com dificuldade porque o vento soprava contra eles. Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando em cima da água, e ia passar adiante deles. Quando viram Jesus andando em cima da água, os discípulos pensaram que ele era um fantasma e começaram a gritar. Todos ficaram apavorados com o que viram. Mas logo Jesus falou com eles, dizendo: — Coragem, sou eu! Não tenham medo! Aí subiu no barco com eles, e o vento se acalmou. Os discípulos estavam completamente apavorados. É que a mente deles estava fechada, e eles não tinham entendido o milagre dos pães. Jesus e os discípulos atravessaram o lago e chegaram à região de Genesaré, onde amarraram o barco na praia. Quando desceram do barco, o povo logo reconheceu Jesus. Então, eles saíram correndo por toda aquela região, começaram a trazer os doentes em camas e os levavam para o lugar onde sabiam que Jesus estava. Em todos os lugares aonde ele ia, isto é, nos povoados, nas cidades e nas fazendas, punham os doentes nas praças e pediam a Jesus que os deixasse pelo menos tocar na barra da sua roupa. E todos os que tocavam nela ficavam curados.
Marcos 6:1-56 Almeida Revista e Corrigida (ARC)
E, partindo dali, chegou à sua terra, e os seus discípulos o seguiram. E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele. E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando. Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de dois a dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, e ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto; mas que calçassem sandálias e que não vestissem duas túnicas. E dizia-lhes: Na casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali. E, quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do que para os daquela cidade. E, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse. E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam. E ouviu isso o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara notório) e disse: João, o que batizava, ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele. Outros diziam: É Elias. E diziam outros: É um profeta ou como um dos profetas. Herodes, porém, ouvindo isso, disse: Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dos mortos. Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a João e encerrá-lo manietado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela. Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão. E Herodias o espiava e queria matá-lo, mas não podia; porque Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo; e guardava-o com segurança e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa vontade o ouvia. E, chegando uma ocasião favorável em que Herodes, no dia do seu aniversário, dava uma ceia aos grandes, e tribunos, e príncipes da Galileia, entrou a filha da mesma Herodias, e dançou, e agradou a Herodes e aos que estavam com ele à mesa. Disse, então, o rei à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, até metade do meu reino. E, saindo ela, perguntou à sua mãe: Que pedirei? E ela disse: A cabeça de João Batista. E, entrando apressadamente, pediu ao rei, dizendo: Quero que, imediatamente, me dês num prato a cabeça de João Batista. E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar. E, enviando logo o rei o executor, mandou que lhe trouxessem ali a cabeça de João. E ele foi e degolou-o na prisão. E trouxe a cabeça num prato e deu-a à jovem, e esta a deu à sua mãe. E os seus discípulos, tendo ouvido isso, foram, tomaram o seu corpo e o puseram num sepulcro. E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado. E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam, e vinham, e não tinham tempo para comer. E foram sós num barco para um lugar deserto. E a multidão viu-os partir, e muitos os conheceram, e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se deles. E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado; despede-os, para que vão aos campos e aldeias circunvizinhas e comprem pão para si, porque não têm o que comer. Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer? E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes. E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em grupos, sobre a erva verde. E assentaram-se repartidos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta. E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, e abençoou, e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos. E todos comeram e ficaram fartos, e levantaram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens. E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. E, tendo-os despedido, foi ao monte para orar. E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar, e ele, sozinho em terra. E, vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite, aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar adiante deles, mas, quando eles o viram andar sobre o mar, pensaram que era um fantasma e deram grandes gritos. Porque todos o viram e perturbaram-se; mas logo falou com eles e disse-lhes: Tende bom ânimo, sou eu; não temais. E subiu para o barco para estar com eles, e o vento se aquietou; e, entre si, ficaram muito assombrados e maravilhados, pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido. E, quando já estavam no outro lado, dirigiram-se à terra de Genesaré e ali atracaram. E, saindo eles do barco, logo o reconheceram; e, percorrendo toda a terra em redor, começaram a trazer em leitos, onde quer que sabiam que ele estava, os que se achavam enfermos. E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou em aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste, e todos os que lhe tocavam saravam.