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União e multiplicação

E Deus os abençoou e lhes disse: — Sejam fecundos, multipliquem-se... (v. 28)

No jardim, a bênção de Deus fluía e havia um ambiente perfeito de bênção e intimidade que geraria a multiplicação. Este havia sido o ciclo da vida desde a eternidade: a perfeita comunhão entre as pessoas da Trindade gerou a criação. O homem, criado e amado por Deus, também pode amar Deus e transbordar esse carisma para o próximo. Da mesma forma, a intimidade entre duas pessoas pode vir a torná-las três. Assim, o povo de Deus, por ele amado, cresce em união e continua se multiplicando.

Contudo, vivemos entre a redenção que já começou e a nova criação que ainda não é. Sabemos que nem sempre um casal que é por Deus abençoado consegue conceber filhos. Da mesma forma, a Igreja, embora seja a comunhão dos amados do Senhor, acaba pecando e se relacionando de forma contrária àquilo que Deus desejaria. E mesmo que o Espírito Santo insista e nos faça permanecer e crescer em comunhão com nossos irmãos, somos por vezes feridos justamente por aqueles a quem mais nos doamos. Ainda assim, somos chamados a amar como fomos por Deus amados, de tal maneira que perdoemos uma multidão de pecados.

Que possamos viver, perdoar e nos mover rumo a uma intimidade ainda maior e mais forte com o corpo de Cristo, de maneira que venhamos todos a sermos um, assim como é um o nosso trino Deus.

Eu lhes transmiti a glória que me deste, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. (Jo 17.22s)