Marias, Amigas Do NoivoSample

Dia 5: Permanecer Quando Outros Fogem

Maria Madalena

“Perto da cruz de Jesus estavam sua mãe, a irmã dela, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.”— João 19:25

No momento em que Jesus parecia mais derrotado — pregado, sangrando, zombado — Maria Madalena permaneceu por perto. A maioria dos discípulos havia desaparecido, paralisados pelo medo e pela confusão. Mas não Maria. Ela O havia seguido em vida e recusou-se a abandoná-Lo na morte. Quando o céu escureceu e a terra tremeu, Maria Madalena permaneceu firme. Ela não fugiu quando os outros fugiram. Ela não se escondeu quando o perigo aumentou. Ela ficou.

Esse momento junto à cruz não fala apenas de coragem. Fala de um amor que não abandona. Fala de uma mulher tão transformada pela graça que preferiu chorar aos pés da cruz do que se esconder em segurança. Ele era o homem que tirou o seu pecado, o Cordeiro de Deus.

Maria Madalena nos ensina isso: a proximidade com Jesus no sofrimento é sagrada. Quando nos aproximamos da Sua dor, encontramos a profundidade do Seu amor.

Maria havia caminhado longas jornadas com Jesus. Ela viu Seu poder, ouviu Sua voz e provavelmente chorou de admiração diante de Sua bondade. Agora, esse mesmo Jesus está pendurado numa cruz. E mesmo assim, ela permanece.

Esse não é um amor que desaparece na decepção. É um amor de devoção — aquele que permanece mesmo quando tudo parece perdido.

Essa é a essência do amor de aliança, fiel na dor, comprometido mesmo na confusão.

Depois que Jesus morreu, Maria não foi embora. Ela seguiu Seu corpo até o túmulo e sentou-se diante dele. Ela viu a pedra selar a sepultura. Seu amor não morreu com Ele — ele permaneceu, lamentou, ficou.

Essa cena é silenciosa, mas diz muito. Maria foi testemunha do sofrimento e do sepultamento de Jesus. Ela literalmente contemplou o Cordeiro de Deus.

Às vezes, a fé mais poderosa não grita. Ela se assenta no silêncio ainda crendo. Esse é um ministério que o mundo muitas vezes ignora: o ministério da presença.

Fiel mesmo na dor, Maria foi ao túmulo antes do nascer do sol. Ela não esperou pela luz. Caminhou na escuridão para honrá-Lo. Seu amor não dormiu até tarde. Ele despertou, reuniu especiarias e saiu em meio ao luto.

Ela continuou buscando Jesus mesmo no escuro.

Maria Madalena nos ensina que a fidelidade não exige clareza — apenas devoção.

Depois de ter ressuscitado, Jesus poderia ter aparecido primeiro a qualquer pessoa. A Pedro. A João. Aos próprios irmãos ou até a Sua mãe. Mas Ele escolheu Maria Madalena, a que ficou, a que chorou, a que O procurou no escuro.

E como Ele Se revelou? Chamando Maria Madalena pelo nome no túmulo vazio!

Isso é o que Jesus faz: Ele recompensa os fiéis que contemplam o Cordeiro de Deus.

Ele confiou a mensagem da ressurreição àquela mulhere que não desistiu. Maria Madalena se tornou a primeira a proclamar o Cristo ressuscitado!

Sua devoção abriu espaço para a revelação. Sua fidelidade a tornou a primeira testemunha da glória.

Minha Oração:

Jesus, ensina-me a Te amar com um coração leal, que permanece quando outros fogem e mesmo em meio à dor. Ajuda-me a ser testemunha do Teu sofrimento e a estar presente em lugares dolorosos sem perder a esperança. Jesus, dá-me um amor como o de Maria Madalena, um amor que caminha no escuro, esperando pela alvorada. Rabôni, Tu chamaste Maria pelo nome e a comissionaste com a maior mensagem da história. Que a minha vida ecoe a dela — fiel à cruz, e ousada para proclamar a ressurreição. Eu vi o Senhor! Amém.