Job 6:1-14
Job 6:1-14 ARC
ENTÃO Job respondeu, e disse: Oh! se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança! Porque na verdade mais pesada seria do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas. Porque as frechas do Todo-Poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim. Porventura zurrará o jumento montês junto à relva? Ou berrará o boi junto ao seu pasto? Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo? A minha alma recusa tocar em vossas palavras, pois são como a minha comida fastienta. Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero! E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo! Isto ainda seria a minha consolação, e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não repulsei as palavras do Santo. Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que prolongue a minha vida? É, porventura, a minha força a força da pedra? Ou é de cobre a minha carne? Está em mim a minha ajuda? Não me desamparou todo o auxílio eficaz? Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-Poderoso.