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2 SAMUEL Introdução

Introdução
Antigamente os dois livros de Samuel perfaziam um único livro. O Segundo Livro de Samuel prossegue o relato da vida de David iniciado no capítulo 16 do Primeiro Livro de Samuel. Os capítulos 9—20, juntamente com os capítulos 1—2 do Primeiro Livro dos Reis, compreendem um núcleo histórico que constitui os anais do reinado de David, coligidos muito provavelmente durante o reinado de Salomão.
Este livro narra cenas da vida de David desde a morte de Saul e Jónatas até à sua velhice: a proclamação de David como rei em Hebron pela tribo de Judá, a que pertencia, e depois por todas as tribos (capítulos 1—4), as vitórias sobre os seus inimigos exteriores e também interiores, a começar por alguns filhos seus, que desejavam apoderar-se do trono à força, ou tomar o lugar ao pai, depois de morto. Nos capítulos 5—7 expõem-se a conquista da cidade de Jerusalém, o estabelecimento da arca da aliança na cidade e a profecia messiânica dada por Natan. O capítulo 8 apresenta algumas campanhas militares de David. Os capítulos 9—20, continuando ainda nos capítulos 1—2 de 1 Reis, dão-nos descrições muito vivas de acontecimentos da vida privada e familiar de David, das lutas palacianas entre os seus vários filhos, que desejavam apoderar-se do trono.
O texto é formalmente narrativo. Todavia, os eventos estão imbuídos de implicações teológicas. As cenas de guerra e as lutas palacianas têm como objetivo realçar a realeza de David e a sua personalidade. David é apresentado como homem de fé, inteligente, com sentido diplomático, valente na guerra, generoso e modesto. A realeza davídica servirá de signo emblemático para a realeza futura de Israel e para a realeza messiânica. Em torno da realeza davídica sobressaem os temas da conquista de Jerusalém e do estabelecimento da arca da aliança na cidade (capítulos 5—8). Deste modo, Jerusalém ficou sendo a capital política e religiosa e, consequentemente, lugar teológico na futura história da salvação.
A estas virtudes juntam-se os defeitos e pecados de David, como o adultério e o assassinato (11—12), que ele não escondeu e dos quais se arrepende, buscando e obtendo de Deus o perdão, embora as marcas tenham ficado (12,10–14). David é um homem forte em contrastes: grande no amor e no perdão, na guerra e na generosidade, na fé e na humildade, na grandeza real e na queda: um genuíno ser humano. Mais tarde os seus defeitos serão esbatidos e a sua figura idealizada, como precursor da linhagem messiânica, convertendo-se no modelo de rei para Israel, o protótipo do rei Messias esperado.
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
— David chora a morte de Saul e Jónatas: 1,1–27.
— David rei de Judá: 1,1—4,12.
— David rei de todo o Israel: 5,1—6,23.
— Promessa de reinado eterno: 7,1–29.
— Guerras do rei David: 8,1—10,19.
— David e Betsabé: 11,1—12,25.
— Perigos e dificuldades: 12,26—20,26.
— Dois poemas de David: 22,1—23,7.
— Os últimos anos: 23,8—24,25.

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2 SAMUEL Introdução: BPT09DC

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