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ATOS DOS APÓSTOLOS 16:11-40

ATOS DOS APÓSTOLOS 16:11-40 BPT09DC

Embarcámos, por isso, em Tróade e fomos diretamente até à ilha de Samotrácia. No outro dia, chegámos ao porto de Neápoles. Dali seguimos para Filipos, que é uma colónia romana e a cidade mais importante desta parte da Macedónia. Passámos lá alguns dias. No sábado, saímos da cidade e fomos para a beira do rio, a um lugar onde pensávamos que os judeus costumavam ir orar. Sentámo-nos ali e começámos a conversar com as mulheres que ali estavam reunidas. Uma delas, chamada Lídia, ouvia-nos com muita atenção. Era comerciante de tecidos finos e natural da cidade de Tiatira. Lídia acreditava em Deus e o Senhor abriu-lhe o entendimento para compreender o que Paulo dizia. Ela e as pessoas da sua família foram batizadas. Então Lídia fez-nos este pedido: «Se acham que eu realmente creio no Senhor, venham ficar a minha casa.» E insistiu para lá ficarmos. Certo dia, quando íamos a caminho do lugar de oração, veio ao nosso encontro uma rapariga que tinha um espírito mau que adivinhava. Como era escrava, os donos ganhavam muito dinheiro com as suas adivinhações. A rapariga começou a seguir atrás de Paulo e de nós, gritando: «Estes homens são servos do Deus altíssimo e vêm mostrar-vos o caminho da salvação.» Fez isto durante vários dias. Então Paulo, já irritado, virou-se para ela e disse àquele espírito: «Em nome de Jesus Cristo, ordeno-te que saias dela!» E no mesmo instante, o espírito saiu. Quando os donos da escrava viram que já não podiam fazer mais negócio com as adivinhações, agarraram Paulo e Silas e levaram-nos à praça pública, à presença das autoridades. Quando os apresentaram aos oficiais romanos, disseram: «Estes homens andam a perturbar a nossa cidade. Como são judeus, ensinam costumes que nós, romanos, não podemos aceitar nem praticar.» Então a multidão levantou-se contra eles e os oficiais deram ordens para lhes tirarem as roupas e os castigarem. Bateram-lhes muito e depois meteram-nos na cadeia, dando ordens ao carcereiro para os guardarem com toda a segurança. O carcereiro, quando recebeu esta ordem, levou-os para o fundo da cadeia e prendeu-lhes os pés a um cepo de madeira. Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os outros presos os escutavam. De repente, o chão tremeu tanto que abalou os alicerces da prisão. Nisto, todas as portas se abriram e as correntes que prendiam os presos soltaram-se. O carcereiro acordou e, quando viu que as portas da prisão estavam abertas, puxou da espada para se matar, porque pensou que os presos tinham fugido. Mas Paulo gritou-lhe bem alto: «Não faças isso! Estamos todos aqui!» Então o carcereiro pediu uma luz, entrou a correr e, todo a tremer, curvou-se aos pés de Paulo e de Silas. Depois levou-os para fora e perguntou: «Senhores, o que é que eu devo fazer para ser salvo?» «Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua família», responderam eles. E anunciaram então a palavra do Senhor ao carcereiro e a todos os que estavam em sua casa. Mesmo àquela hora da noite, o carcereiro levou-os da cadeia para lhes tratar das feridas. Logo a seguir, ele e toda a sua família foram batizados. Levou por fim Paulo e Silas para sua casa e deu-lhes de comer. Tanto o carcereiro como a sua família ficaram muito contentes por terem crido em Deus. Quando amanheceu, os oficiais romanos mandaram os seus guardas dizer ao carcereiro para os soltar. O carcereiro disse a Paulo: «Os oficiais mandaram-me soltar-vos. Por isso, podem sair em paz.» Mas Paulo respondeu aos guardas: «Mandaram castigar-nos em público, sem sermos julgados — nós que somos cidadãos romanos! Depois meteram-nos na cadeia e agora querem soltar-nos às escondidas? Isso não! Que venham os próprios oficiais romanos tirar-nos daqui» Os guardas foram dizer isso aos oficiais. E quando estes souberam que Paulo e Silas eram cidadãos romanos, ficaram assustados. Foram pessoalmente pedir-lhes desculpa, puseram-nos em liberdade e rogaram-lhes que saíssem da cidade. Paulo e Silas saíram da prisão e foram a casa de Lídia. Depois de verem os irmãos e de os encorajarem, foram-se embora.

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