ATOS DOS APÓSTOLOS 7:1-29
ATOS DOS APÓSTOLOS 7:1-29 BPT09DC
Então o chefe dos sacerdotes perguntou a Estêvão se aquilo era verdade. Ele respondeu: «Irmãos e pais, escutem! O Deus glorioso apareceu ao nosso antepassado Abraão, quando ele estava ainda na Mesopotâmia, antes de ir morar em Haran, e disse-lhe: “Deixa a tua terra e os teus parentes e vai para a terra que eu vou mostrar-te.” Assim, ele saiu da terra dos caldeus e foi viver em Haran. Depois de lhe morrer o pai, Deus trouxe Abraão para esta terra onde vocês agora habitam. Deus não lhe deu ali propriedade alguma, nem mesmo um palmo de terra. Mas prometeu que lhe daria toda esta terra, a ele e aos seus descendentes. Quando Deus lhe fez esta promessa, Abraão ainda não tinha filhos. Foi assim que Deus disse a Abraão: “Os teus descendentes vão viver como estrangeiros em terra alheia. Viverão como escravos e serão maltratados durante quatrocentos anos.” Deus disse ainda: “Julgarei a nação que os escravizar. Depois disso sairão dessa terra e virão servir-me neste lugar.” Deus fez um acordo com Abraão e a circuncisão servia de sinal do acordo. Por isso, Abraão circuncidou o seu filho Isaac, oito dias depois do seu nascimento. Isaac fez o mesmo com seu filho Jacob e Jacob fez o mesmo com os seus doze filhos, que foram os doze patriarcas.» Estêvão continuou: «Esses patriarcas tiveram inveja do seu irmão José e venderam-no para ser levado para o Egito. Mas Deus não abandonou José e livrou-o de todas as suas aflições. Deu-lhe sabedoria e fê-lo ganhar a simpatia do faraó, rei do Egito, que o nomeou governador do Egito e do palácio real. Houve então fome em todo o Egito e em Canaã. A carestia era grande, de modo que os nossos antepassados não tinham que comer. Mas quando Jacob soube que havia trigo no Egito, mandou lá, pela primeira vez, os nossos antepassados. Na segunda vez que lá foram, José deu-se a conhecer aos seus irmãos, e o faraó ficou a conhecer a família de José. Então José mandou chamar Jacob, seu pai, e toda a sua família, que eram setenta e cinco pessoas. Jacob foi para o Egito e lá morreu, ele e os nossos antepassados. Trouxeram mais tarde os corpos deles para Siquém e ali foram enterrados, na sepultura que Abraão tinha comprado por uma certa importância aos descendentes de Emor. Quando já estava próximo o tempo em que Deus ia cumprir a promessa que tinha feito a Abraão, o nosso povo no Egito tinha aumentado imenso. Começou então a governar no Egito um rei que não conhecia José. Este rei enganou a nossa gente e maltratou os nossos antepassados, a ponto de os obrigar a abandonarem as crianças que nasciam para que morressem. Nesse tempo nasceu Moisés, um menino que agradou a Deus, e os seus pais criaram-no em casa por três meses. Quando tiveram que o abandonar, foi a filha do rei do Egito que o adotou e criou como seu próprio filho. Por isso, Moisés foi instruído em toda a sabedoria dos Egípcios e era poderoso nas palavras e nas ações. Quando já tinha quarenta anos, Moisés resolveu ir visitar os do seu povo, os israelitas. E vendo ali um egípcio a maltratar um deles, tomou a defesa do israelita e vingou-o, matando o egípcio. Moisés pensava que os seus irmãos israelitas perceberiam que Deus os ia libertar por meio dele. Mas eles não compreenderam. No dia seguinte, viu dois israelitas a brigar. Tentou reconciliá-los e disse-lhes: “Ó homens, vocês são irmãos! Por que se tratam mal um ao outro?” Mas o que estava a maltratar o companheiro, afastou Moisés e disse-lhe: “Quem te nomeou nosso chefe ou nosso juiz? Queres matar-me também como mataste ontem o egípcio?” Ao ouvir isto, Moisés fugiu do Egito e foi para Madiã. Ali nasceram os seus dois filhos.