JOÃO 10:1-27
JOÃO 10:1-27 BPT09DC
Jesus continuou: «Ouçam com atenção: aquele que não entra no curral das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lado, é ladrão e salteador. Aquele que entra pela porta é o verdadeiro pastor das ovelhas. O guarda abre-lhe a porta, as ovelhas conhecem a sua voz, ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as a pastar. Depois de as tirar a todas do curral, vai à frente e elas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se fosse um estranho, já não o seguiam, mas fugiam dele, porque as ovelhas não conhecem a voz dos estranhos.» Jesus apresentou-lhes esta parábola, mas eles não compreenderam o que ele queria dizer. Por conseguinte Jesus continuou: «Em verdade vos digo, eu sou a porta por onde entram as ovelhas. Aqueles que vieram antes de mim foram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não fizeram caso deles. Eu sou a porta. Aquele que entrar por mim salva-se. É como uma ovelha que entra e sai do curral e encontra pastagens. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor está pronto a morrer pelas suas ovelhas. O assalariado, que não é o pastor e a quem as ovelhas não pertencem, logo que vê chegar o lobo, abandona-as e foge. O lobo apodera-se delas e põe-nas em fuga. O assalariado não se preocupa com as ovelhas, porque o assalariado só se interessa pelo salário e não pelas ovelhas porque não lhe pertencem. Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-me a mim. Conheço-as tão bem como o Pai me conhece a mim e eu o Pai, e é por isso que estou disposto a dar a vida por elas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste curral. Preciso de as conduzir também. Elas hão de ouvir a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. O Pai ama-me, porque estou disposto a sacrificar a minha vida para a receber de novo. Ninguém me tira a vida. Eu dou-a de livre vontade. Tenho poder de a dar e de a recuperar. Foi esta a missão que recebi de meu Pai.» Os judeus voltaram a desentender-se por causa destas palavras de Jesus. Muitos comentavam: «Ele tem demónio e está louco. Por que é que vocês fazem caso dele?» Mas outros diziam: «Estas palavras não podem vir de possesso do Demónio! E como é que um demónio podia dar vista a cegos?» Era inverno, e em Jerusalém celebrava-se a festa da Consagração do Templo. Jesus passeava no templo, na parte conhecida pelo Pórtico de Salomão. Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: «Até quando nos trazes na dúvida? Diz-nos claramente se és ou não o Messias.» «Já o disse, mas não querem acreditar», respondeu-lhes. «As coisas que eu faço por ordem de meu Pai falam por mim, mas vocês não acreditam porque não são das minhas ovelhas. As minhas ovelhas obedecem à minha voz, eu conheço-as e elas seguem-me.