porque todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito de escravidão, para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os torna filhos por adoção, por meio do qual clamamos: “ Aba , Pai”. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se somos filhos, também somos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo. Se de fato sofremos com ele, também com ele seremos glorificados.
Considero, pois, que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada. A criação aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois a criação foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será liberta da escravidão que conduz à decadência, para receber a mesma gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Pois sabemos que toda a criação geme em conjunto como se sofresse dores de parto até agora. Agora, não somente isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente a adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. Nessa esperança fomos salvos. Contudo, esperança que se vê não é esperança, pois quem espera por aquilo que está vendo? Entretanto, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.
Da mesma forma, o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como devemos orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda o nosso coração conhece a mente do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.
Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem de todos aqueles que amam a Deus, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem do seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.
Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou. Ele está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito:
“Por amor de ti enfrentamos a morte o dia inteiro;
somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”.
Mas em todas essas coisas somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os demônios, nem o presente, nem o futuro, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem ninguém em toda a criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor.