MESSIAHExemplo

Na religião de Israel, alguém só poderia ser considerado apto a ser sacerdote se viesse de uma linhagem específica, isto é, se fosse descendente de Arão, irmão de Moisés. Não só para o povo judeu, mas entre os povos antigos, a árvore genealógica era a principal informação que alguém poderia dar de si mesmo. “Quem é este? Ah, é filho daquele homem, daquela mulher.” Família sempre contou muito.

A Epístola aos Hebreus mostra um sumo sacerdote de outra ordem e de outra natureza: Jesus. Ele não era descendente de Arão, não fazia parte da tribo de Levi (a genealogia de Jesus aponta para a tribo de Judá) e não foi criado para ser sacerdote. No entanto, o texto afirma que o papel de sumo sacerdote desempenhado por Jesus superou o de todos os outros sacerdotes que o antecederam porque ele não tinha pecado e seu sacrifício foi definitivo.

Como sacerdote, Jesus intercede por nós diante de Deus. Imagine a seguinte cena: você em um tribunal, tendo sua vida passada em uma grande tela, com todas as suas palavras, todas as suas ações e todos os seus pensamentos sendo julgados. De um lado, um acusador, esmiuçando os mínimos detalhes de tudo o que você viveu. De outro, um defensor, que constantemente defende você, não porque você não tenha feito nada de errado, mas porque ele assume a sua culpa. Esse defensor é Jesus. É isso que ele faz constantemente por nós: se coloca diante de Deus em nosso favor.

Sim, precisamos desse sumo sacerdote que intercede por nós. Jesus se ofereceu como sacrifício para que nenhum de nós precise carregar, nunca mais, a culpa do pecado. Por causa do que Jesus fez e de quem Jesus é nós podemos andar de cabeça erguida diante da vida, sabendo que fomos chamados para a liberdade e a alegria ao lado de Deus.