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O PeregrinoExemplo

O Peregrino

DIA 1 DE 7

Enquanto atravessava o deserto deste mundo, aproximei-me de um certo lugar onde havia uma caverna, deitei-me naquele local para dormir e tive um sonho. Em meu sonho vi um homem vestido de trapos com o rosto virado para sua casa; segurava um livro na mão e um grande fardo nas costas. Eu vi o homem abrir o livro e ler; enquanto lia, chorou, tremeu e clamou tristemente: “O que devo fazer?”. 

Nessa condição perturbadora, o homem voltou para casa, determinado a não contar seus sentimentos para a família, pois não queria que eles vissem sua angústia; mas ele não poderia ficar em silêncio por muito tempo porque estava em profunda confusão. Finalmente, contou à esposa e aos filhos o que estava em sua mente: “Minha querida esposa e filhos”, disse, “estou muito preocupado com este fardo que levo sobre meus ombros. Além disso, fui informado que nossa cidade será destruída por fogo vindo do Céu; e nesta terrível destruição, eu e vocês, minha esposa e meus queridos filhos, devemos perecer, a menos que consigamos encontrar algum modo de escapar ou nos libertarmos. E, neste momento, não vejo solução”. 

A família ficou impressionada com suas palavras. Não porque acreditavam no que ele havia dito, mas porque pensaram que estivesse com problemas mentais. A noite já se aproximava e esperavam que o sono pudesse ordenar seus pensamentos. Por isso, colocaram-no na cama o mais rápido que puderam. Mas a noite foi tão perturbadora para ele quanto o dia; em vez de dormir, ele permaneceu acordado, chorando e suspirando. Quando amanheceu, perguntaram-lhe como se sentia e ele lhes respondeu: “Cada vez pior”. E começou a falar as mesmas coisas do dia anterior. Acreditando que poderiam afastar essa loucura com atitudes rigorosas, começaram a zombar dele, a repreendê-lo e, algumas vezes, a ignorá-lo. Por isto, aquele homem começou a isolar-se em seu quarto para orar a fim de que Deus se compadecesse de sua família e de sua própria desgraça. Ele também caminhava pelos bosques, algumas vezes lendo, outras orando. Por muitos dias, essa foi sua rotina. 

Em meu sonho vi que, certo dia, enquanto ele caminhava pelos campos lendo o livro, ficou mais angustiado. Enquanto lia, clamou com mais fervor: “O que devo fazer para ser salvo?”. 

Tão logo Cristão o mundo deixou, encontrou
Evangelista, que amavelmente o saudou
Com as novas do porvir; e o prostrado
A este se elevou, renegando seu vil estado. 

Ele olhava para todos os lados, como se quisesse fugir correndo para algum lugar, mas não sabia exatamente para onde. Então viu um homem chamado Evangelista, este se aproximando perguntou: “Por que você chora?”. 

O homem respondeu: “Senhor, este livro mostra que estou condenado a morrer, e depois disso serei julgado. E descobri que não estou disposto a morrer, nem quero ser julgado”. 

Evangelista retrucou: “Por que você não quer encontrar-se com a morte se a sua vida é cheia de maldade?”. O homem respondeu: “Temo que este fardo sobre meus ombros seja tão pesado que me faria atravessar o túmulo e cairia direto no inferno. E, senhor, não desejo ser julgado e muito menos executado; pensar nessa hipótese me faz chorar”. 

Então Evangelista disse: “Se esta é a sua condição, por que continua aqui?”. O homem respondeu: “Não sei para onde ir”. A seguir, Evangelista lhe deu um pergaminho, no qual estava escrito: “Fuja da ira vindoura”. 

O homem leu a mensagem e olhando cuidadosamente para Evangelista, perguntou: “Para onde vou?”. Evangelista apontou para um campo bem amplo e disse: “Você consegue ver aquele portão estreito?”. O homem respondeu que não. Evangelista continuou: “Você enxerga aquela luz?”. O homem disse: “Acho que sim”. Evangelista aconselhou: “Mantenha o olhar naquela luz e caminhe em sua direção, assim, você conseguirá ver o portão. Bata e você receberá as instruções sobre o que deverá fazer”. 

A história continua... 

Reflita sobre os questionamentos de Cristão quanto à condição em que se encontrava. 



As Escrituras

Dia 2