Casais Emocionalmente InteligentesExemplo

Dia 4. Tenha intimidade afetiva, além da sexual. 

Você tem intimidade afetiva com seu cônjuge? Interessante como que quando ouvimos a palavra intimidade, geralmente ligamos o conceito com a parte física. Mas, intimidade afetiva não significa sexo, carícias ou beijos. Intimidade afetiva é o que o casal vai desenvolvendo ao longo do relacionamento e que os mantêm ligados um ao outro satisfatoriamente. Isso envolve amizade, cumplicidade, carinho não sexual, respeito, fidelidade, o prazer em trocarem ideias, a admiração que sentem um pelo outro, o valor que dão ao outro longe ou perto da presença de amigos e familiares, a empatia de oferecer o seu ouvido ou o seu ombro quando sente que o outro não teve um bom dia, a sensibilidade de fazer pelo outro algo que você sabe que será importante para ele e a disposição em entender, perdoar e amar. 

Gosto de uma citação do terapeuta de casais, doutor em psicologia, e autor de alguns best-sellers sobre relacionamento conjugal, John Gottman, quando ele diz: 

“Jantares à luz de velas, músicas calmas, passeios românticos, picnics ou caminhadas ao luar: nenhuma destas atividades sozinhas fará com que um casal se aproxime um do outro de forma duradoura se não estiverem primeiramente conectados emocionalmente.” 

Um casal pode funcionar bem no sexo, mas não estarem conectados emocionalmente um com o outro. Pode dividir a casa, as contas, os filhos, as datas comemorativas, as fotos sorridentes, mas em seu íntimo sentir-se sozinho ou sem a necessidade ou vontade de dividir a própria vida - interna - com aquele com quem divide todas estas outras coisas. Para que as outras coisas façam sentido, o sentido precisa acontecer primeiro através desta conexão intencional de um para com o outro. 

Como desenvolver isto?

1. Demonstre interesse em saber não somente como foi o dia do seu cônjuge, mas como ele se sentiu nesse dia. Em vez de apenas um "Como foi o seu dia?", experimente perguntar algo como "Como você se sentiu hoje?".

2. Desenvolva a sensibilidade de perceber as necessidades do seu cônjuge - descanso, carinho, apoio, incentivo, silêncio - e ofereça isso a ele.

3. Ouça-o mais no intuito de compreender e demonstrar esta compreensão do que de dar respostas ou de oferecer novas maneiras de pensar.

4. Fale de você, de seus medos, angústias, conquistas, sonhos, desejos.

5. Planeje momentos agradáveis juntos e que sejam significativos, e não apenas automáticos. Isso é possível quando você se lembra do porquê está ali, em vez de estar ali, mas com a cabeça em vários outros lugares.

6. Transforme em elogio verbal o que em seu interior você valoriza ou admira nele. 

Quando Jesus se encontrava com as pessoas, mais do que curar, pregar e ensinar, Ele buscava conectar-se emocionalmente a elas. Tocava-lhes não somente o corpo para que a cura acontecesse, mas o coração. Ouvia não apenas para ajudá-las naquilo que tecnicamente precisavam, mas sensibilizava-se com o que não saía em palavras. Oferecia a elas muito mais do que o que elas poderiam perceber ser sua grande necessidade. De que forma você pode ser uma ferramenta de Deus em seu relacionamento? Ele, que é especialista em profundas conexões, ajudará você a conectar-se verdadeiramente a quem você escolheu para ser seu par.

Oração: Querido Deus, obrigado por conhecer-me profundamente e por me amar. Ajude-me a ter o interesse em conectar-me ao íntimo do meu cônjuge e às suas mais profundas necessidades para que possamos crescer em carinho, amizade, respeito, companheirismo e amor. Amém.