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Sermões de Spurgeon sobre o Sermão do MonteExemplo

Sermões de Spurgeon sobre o Sermão do Monte

DIA 5 DE 11

Havia ensinamento na postura do pregador. “…e, assentando-se”, Ele começou a falar. Não achamos que tenha sido cansaço ou que a duração do discurso sugeria que se sentasse. Com frequência, Ele ficava em pé ao pregar sermões consideravelmente longos. Inclinamo-nos a crer que, quando Ele se tornou o pleiteante com os filhos dos homens, ficou de pé com mãos estendidas, eloquente dos pés à cabeça — suplicando, implorando e exortando com cada membro do Seu corpo, bem como com cada faculdade de Sua mente. Contudo, agora que estava, por assim dizer, como um juiz concedendo as bênçãos do reino, ou como um Rei em Seu trono separando Seus verdadeiros súditos dos forasteiros e estrangeiros, Ele estava assentado. Como um professor cheio de autoridade, Ele ocupava oficialmente a cadeira da doutrina e falava ex cathedra, como dizem, como um Salomão atuando como o mestre das assembleias ou um Daniel no julgamento! Sentou-se como um refinador, e Sua palavra era o fogo.

Sua postura não é considerada pelo fato de que era costume oriental os mestres sentarem e os alunos permanecerem em pé, pois nosso Senhor era mais do que um professor didático — Ele era um pregador, um profeta e um pleiteante — e, consequentemente, adotava atitudes diferentes quando cumpria esses papéis. No entanto, nessa ocasião Ele se sentou em Seu lugar como o Rabi da Igreja, o distinto legislador do reino do Céu, o monarca no meio de Seu povo. Chegue aqui e ouça o Rei em Jeshurun, o autor da Lei, não entregando os Dez Mandamentos, mas sete, ou, se preferir, as nove Bem-aventuranças de Seu bendito reino!

Depois acrescenta-se “abrindo a boca”, para indicar o estilo de Seu discurso. E alguns críticos de inteligência superficial perguntam: “Como Ele poderia ensinar sem abrir a boca?”. A esses, a resposta é que Ele muitas vezes ensinava, e ensinava muito, sem dizer uma palavra já que a totalidade de Sua vida era um ensinamento, e Seus milagres e obras de amor eram lições de um instrutor magistral. Não é supérfluo dizer que “abrindo a boca, os ensinava”, pois Ele os ensinara muitas vezes quando Sua boca permanecia fechada. Além disso, os cristãos professos frequentemente se encontram entre aqueles que raramente abrem a sua boca — eles sibilam o evangelho eterno por entre os dentes ou o resmungam dentro de sua boca como se nunca lhes tivesse sido ordenado: “Clama a plenos pulmões, não te detenhas”! Jesus Cristo falou como um homem em sofreguidão. Enunciou claramente e falou bem alto. Ergueu Sua voz como uma trombeta e publicou a salvação em alto e bom som — como um homem que tivesse algo a dizer e desejava que Seu público ouvisse e sentisse!

Agora, por Seu poder e inspiração inerentes, Ele começou a falar, não por intermédio da boca de Isaías, ou de Jeremias, mas por Sua própria! Havia nesse momento uma fonte de sabedoria, cujo selo seria aberto, da qual todas as gerações beberiam regozijando! Agora o mais majestoso e, ainda assim, o mais simples de todos os discursos seria ouvido pela humanidade! A abertura da fonte que fluiu da rocha no deserto não estava nem metade tão cheia de alegria para os homens! Que a nossa oração seja: “Senhor, assim como abriste Tua boca, abre nosso coração”, pois, quando os lábios do Redentor se abrem com bênçãos — e nosso coração está aberto e desejoso —, o resultado será um preenchimento glorioso com toda a plenitude! E então nossa boca será aberta para declarar nossos louvores ao nosso Redentor!

Consideremos, neste momento, as Bem-aventuranças em si, crendo que, pelo auxílio do Espírito de Deus, perceberemos sua riqueza de significado santo. Não há palavras em todo o conjunto dos escritos sagrados que sejam mais preciosas ou mais carregadas de significado solene.

As Escrituras

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Sobre este Plano

Sermões de Spurgeon sobre o Sermão do Monte

Sermões de Spurgeon sobre o Sermão do Monte contém pregações especialmente selecionadas que trazem extraordinárias considerações sobre os temas abordados por Jesus, o Mestre dos mestres, o Pregador dos pregadores, neste que é o Seu primeiro sermão público e considerado aquele que lançou os fundamentos do cristianismo.

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