Totalmente pela graçaExemplo
Certa ocasião, um ministro do evangelho trouxe um sermão baseado em Lucas 3:9, que declara: “E também já está posto o machado à raiz das árvores”. Ele pregou de tal forma que um de seus ouvintes lhe disse: “Alguém poderia pensar que você estava pregando a criminosos. O seu sermão deveria ter sido feito na prisão da cidade”. O bom homem disse: “Ó, não. Se eu estivesse pregando na prisão da cidade, não usaria esse texto; ali, deveria pregar: ‘Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores’” (1 TIMÓTEO 1:15). Apenas isso. A lei é para os hipócritas, para humilhar seu orgulho; o evangelho é para os perdidos, para remover seu desespero. Se você não está perdido, para que quer um Salvador? O pastor deve ir atrás daqueles que nunca se extraviaram? Por que a mulher deveria varrer sua casa em busca das moedas que nunca saíram de sua bolsa? Não, o remédio é para os enfermos; o avivamento é para os mortos; o perdão é para os culpados; a libertação é para os presos; o abrir dos olhos é para os cegos.
Como podem ser considerados o Salvador, Sua morte na cruz e o evangelho do perdão, senão sob a suposição de que os homens são culpados e dignos de condenação? O pecador é a razão da existência do evangelho. Você, meu amigo, a quem essa palavra agora chega — se você não é merecedor, pouco merecedor, merecedor do inferno, você é o tipo de homem para quem o evangelho foi ordenado, concebido e proclamado.
Deus justifica o ímpio. Eu gostaria de deixar isso bem claro. Espero já tê-lo feito; ainda assim, embora seja claro, somente o Senhor é capaz de fazer um homem enxergar esse fato. À primeira menção, parece totalmente surpreendente para um homem avivado que a salvação deva realmente ser para ele como pessoa perdida e culpada. Ele pensa que ela só pode ser para ele como um homem penitente, esquecendo-se de que sua penitência faz parte da sua salvação. Ele diz: “Ó, mas eu só posso ser isso e aquilo” — tudo verdade, porque ele será isso e aquilo como resultado da salvação; porém, a salvação vem a ele antes de ele ter qualquer um dos resultados da salvação. Ela lhe vem, de fato, enquanto ele merece apenas a mera, miserável, vil e abominável descrição de “ímpio”. Isso é tudo o que ele é quando o evangelho de Deus chega para justificá-lo. Permita-me, portanto, exortar qualquer um que nada tenha de bom sobre si mesmo — que tema não ter sequer um bom sentimento ou qualquer coisa que possa recomendá-lo a Deus — que creia firmemente que o nosso gracioso Deus é capaz e desejoso de aceitá-lo sem nada que o recomende e de perdoá-lo espontaneamente, não porque você seja bom, mas porque Ele é bom. Ó, amigo, a grande graça de Deus supera a minha concepção e a sua concepção, e eu gostaria que você pensasse nela dignamente! “Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra”, os pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos pensamentos (ISAÍAS 55:9). Ele pode perdoar abundantemente.
As Escrituras
Sobre este Plano
Um dos principais escritos do “Príncipe dos pregadores” do século 19, Charles H. Spurgeon. Enfatiza a maravilhosa verdade de que não há moeda de troca que possamos oferecer nem mérito humano na busca e conquista da imerecida salvação. É exclusivamente pela graça de Deus que somos salvos. Ela, sim, é a causa da nossa redenção em Cristo Jesus.
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