Psicologia bíblica — Soluções de Cristo para problemas do dia a diaExemplo
O ápice da criação
a) O Filho de Deus
Adão é chamado filho de Deus (LUCAS 3:38). Há somente um outro “Filho de Deus” citado na Bíblia: Jesus Cristo.
Ainda assim, somos chamados “filhos de Deus”. Mas como? Sendo restituídos por meio da expiação de Jesus Cristo. Esse é um importante ponto. Nós não somos filhos de Deus por geração natural. Adão não veio ao mundo como nós viemos, nem sequer como Jesus Cristo veio. Adão não foi “gerado”; Jesus Cristo foi. Adão foi “criado”. Deus criou Adão, não o gerou.
Todos nós somos gerados; não somos seres criados. Adão era o “filho de Deus”, o Senhor o criou, como tudo mais que fora criado. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (GÊNESIS 1:27). Isso é importantíssimo. Tanto Adão quanto Eva são necessários antes que a imagem
de Deus possa ser perfeitamente apresentada. Deus é, por assim dizer, tudo que a melhor masculinidade nos apresenta e tudo que a melhor feminilidade nos apresenta. (Esse aspecto será tratado em abordagens subsequentes.)
b) A obra de seis dias
A palavra dia (GÊNESIS 1:28-31) indica aproximadamente o que entendemos por 24 horas; seu significado não é semelhante ao de Dia da Expiação ou Dia do Juízo.
A devoção à efêmera doutrina científica da evolução é responsável pelo esforço de fazer com que a Bíblia se refira a um período de anos em vez de um dia solar. O uso específico, não parabólico, dos termos “manhã e noite” em Gênesis indica distintamente um dia solar. O homem foi o ápice da obra de seis dias. No plano divino, toda a obra executada nos seis dias da criação foi para os seres humanos. A tendência atual é de colocar a obra dos seis dias da criação acima das pessoas. Algumas pessoas se preocupam muito mais com cães e gatos do que com seres humanos.
Não apenas há a tendência de exaltar os animais acima das pessoas, mas também a especulação sobre o super-homem, que sustenta que o ser humano, conforme o entendemos — e a Bíblia o revela —, não é o ápice da criação, pois existe um ser superior ainda a ser chamado de “o super-homem”. E o homem atual é tão inferior a esse ser quanto o macaco é inferior ao ser humano.
Ao longo de todo o Novo Testamento, o Espírito de Deus predisse que a adoração ao homem será instaurada, e ela está em nosso meio nos tempos atuais. Estamos sendo informados de que Jesus Cristo e Deus estão deixando de ser importantes para os homens e mulheres modernos, e que agora estamos adorando cada vez mais a “Humanidade”. Isso está lentamente se fundindo em uma nova fase; todas as mentes desenvolvidas estão aguardando a manifestação desse “super-homem”, um ser muito maior do que o ser humano que conhecemos hoje.
Paulo, em 2 Tessalonicenses 2:3-4, fornece-nos uma imagem do cabeça dessa grande expectativa: “…o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”. Ele será o queridinho de todas as religiões; haverá uma consolidação das religiões, das raças e de tudo que há na face da Terra — um grande socialismo.
O padrão ético do super-homem afirma ser mais elevado do que o padrão de Jesus Cristo. A tendência já é perceptível na objeção de algumas pessoas ao ensino de Jesus Cristo, como este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (MATEUS 22:39); eles dizem: “Isso é egoísmo, você precisa amar o seu próximo, mas não pensar em si mesmo”. A doutrina do super-homem é perfeição absoluta sem pecado. Eles dizem que nós evoluiremos até um ser que alcançou o ponto em que não poderá ser tentado.
Tudo isso emana de Satanás. O homem é o ápice da criação. Ele está em um estágio pouco inferior ao dos anjos, e Deus derrubará o diabo por meio desse ser menor do que os anjos. Deus, por assim dizer, colocou o ser humano no “campo aberto” e está permitindo que o diabo faça exatamente o que gosta até certo ponto, “porque”, diz o Senhor, “…maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 JOÃO 4:4).
Essa é também a explicação do nosso próprio ambiente espiritual. Satanás deve ser humilhado pelo homem, pelo Espírito de Deus que habita no homem, por meio da maravilhosa regeneração, mediante Jesus Cristo.
Então, a humanidade é a cabeça e o propósito dos seis dias da criação. O corpo humano contém os elementos que o conectam à Terra; tem fogo, água e todos os componentes da vida animal; consequentemente, Deus nos mantém aqui. A Terra é o domínio da humanidade e nós estaremos aqui novamente após a cremação
terrestre. Futuramente, sem o diabo, sem pecado e sem injustiça. Estaremos aqui, maravilhosamente redimidos neste lugar maravilhoso que Deus tornou muito lindo, e o pecado tem deteriorado, e a própria criação está esperando “…a revelação dos filhos de Deus” (ROMANOS 8:19).
c) O descanso no sábado
O homem não apenas é o principal e o ápice da obra de seis dias, mas o início, e está no limiar do sábado de Deus (GÊNESIS 2:1-3). O coração de Deus está, por assim dizer, absolutamente em descanso agora que Ele criou o homem e a mulher. Apesar do fato da queda e de tudo mais, Deus está absolutamente confiante de que tudo acontecerá da maneira como Ele disse que aconteceria. O diabo riu da esperança divina durante milhares de anos, ridicularizou e desprezou tal esperança, mas Deus não está chateado ou preocupado com a questão final; Ele tem certeza de que a humanidade ferirá a cabeça da serpente. Isso se refere àqueles que nasceram de novo por meio da surpreendente expiação realizada por Jesus Cristo.
As Escrituras
Sobre este Plano
Este plano de leitura de Oswald Chambers apresenta trechos do livro que traz uma abordagem ampla sobre a constituição humana — corpo, alma e espírito — fundamentada na verdade das Escrituras. O livro oferece uma visão aprofundada da teologia da alma e explora o que significa estar num relacionamento com o Deus que nos criou.
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