Devocional para casais: encorajamentoExemplo

O aguilhão que me faz agir

Que ironia saber que eu (David) resistia ao encorajamento em vez de aceitá-lo com alegria — aliás, sentia-me ofendido em vez de recebê-lo com entusiasmo. Um exemplo clássico dessa fraqueza está em minha resistência ao encorajamento de Teresa quanto à minha mania de dirigir o carro em alta velocidade. Ela vem tentando há anos todos os métodos imagináveis — alguns mais cristãos que outros. Nenhum teve efeito positivo. Na verdade, todos resultaram em conflito entre nós.

Quando Teresa me “encorajava” a reduzir a velocidade, eu racionalizava minhas reações com justificativas intermináveis, como: “Não preciso que alguém me ensine a dirigir” ou “Se for multado, tenho dinheiro para pagar” ou “Se o valor do seguro aumentar, é aí que vou gastar nosso dinheiro”. Em retrospecto, aquelas respostas eram muito semelhantes a falar e pensar como um menino (1 CORÍNTIOS 13:11).

Deus costuma me chamar a atenção por meio de Sua Palavra. Adoro estudar a Bíblia — muito mais que obedecer a ela, claro! Ao longo dos anos, tenho sentido Deus guiar minha vida por meio da Palavra, às vezes de forma humorística. Lembro-me de ter lecionado a uma classe sobre o livro de Atos quando li a passagem na qual o Senhor disse a Saulo: “Resistir ao aguilhão só lhe trará dor!” (ATOS 26:4 NVI).

Durante uma boa pesquisa sobre o texto, usado como ilustração para treinamento de animais criados em fazenda (aguilhão é uma ponta de ferro usada para espetar bois ou outros animais de carga), o Senhor falou-me de algo mais relevante à minha vida: “Dei encorajamento a você por meio de Teresa sobre seu modo de dirigir — para o seu bem. Por que resiste a ele?”.

Reconheci, então, o papel de Teresa em minha vida como “aguilhão do Senhor”. Mudanças começaram a ocorrer, principalmente quando estou atrás do volante.

Deus, ajuda-me a encorajar meu cônjuge e, acima de tudo, a aceitar seu encorajamento.

Em que áreas seu cônjuge tenta lhe “encorajar”, e você só se justifica?