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Como saber com quem casar?

DIA 4 DE 7

Escolha um cristão

Óleo e água não se misturam. Um rato e uma jibóia não seriam bons amigos. Uma pessoa com medo paralisante de altura não seria uma escolha sábia para ser companheira de escalada para subir o Monte Everest. Um comunista radical não faria uma boa dupla política com um capitalista comprometido. Cachorros das raças husky e bassê não trabalhariam bem como puxadores de trenós no Alasca. E um seguidor de Cristo não faria um bom par com um incrédulo.

Qual é o problema se meu companheiro é cristão ou não? Nada deve ser mais importante para você ou para a pessoa com quem você casar do que seu bem-estar espiritual. Abraão sabia disso. Ele enviou seu servo numa longa viagem (mais de 250 quilômetros) para encontrar uma noiva espiritualmente compatível para seu filho. Não era simplesmente porque ele era um pai protetor e controlador — ele sabia do significado permanente do matrimônio. Gênesis 24 nos ajuda a entender por quê.

Abraão deu a seu servo (provavelmente Eliézer, seu velho servo mencionado em 15:2) estas ordens rigorosas:

[...] e jure pelo SENHOR, o Deus dos céus e o Deus da terra, que não buscará mulher para meu filho entre as filhas dos cananeus, no meio dos quais estou vivendo, mas irá à minha terra e buscará entre os meus parentes uma mulher para meu filho Isaque (vv.3-4).

Os cananeus eram idólatras notórios. Os seus deuses e deusas promoviam adoração que incluía sacrifícios humanos e rituais de fertilidade com sexo pervertido.

Quem são os cananeus de hoje? Ok, talvez a pessoa que você esteja namorando não vá a uma igreja que promove sacrifícios humanos ou rituais sexuais e não adora deuses da fertilidade. No entanto, a questão é quem ou o que esta pessoa está adorando. Esta pessoa com quem você tem um interesse romântico conhece a Jesus Cristo como Salvador? Esta pessoa está vivendo para o Senhor? Os cananeus de hoje em dia nem sempre são claramente pagãos. Eles podem parecer religiosos em um sentido positivo, mas ser religioso não é suficiente.

Em 2 Coríntios 6:14-15 nos diz:

Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e Belial? Que há de comum entre o crente e o descrente?

Quando o apóstolo Paulo escreveu essas palavras, não estava especificamente falando de matrimônio, mas o princípio certamente se aplica. Uma pessoa que coloca sua fé em Cristo é nascida de novo (João 3:3-16) e “portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação” (2 Coríntios 5:17). Uma transformação tão radical de nosso ser espiritual interior deve causar um impacto profundo em nossas prioridades, nossos objetivos, nosso estilo de vida e em nossos relacionamentos.

O versículo de 1 Coríntios 7:39 indica que se uma viúva escolhe casar novamente, deve casar-se com um homem que “pertença ao Senhor”. Ele tem que ser um cristão, uma pessoa que vive sua fé em Jesus Cristo. Faz sentido que isto se aplique não somente às viúvas, mas também para qualquer um que esteja considerando matrimônio.

Se você é um cristão, a pessoa que você casar deve ser um cristão também. Procure uma pessoa que conheça Cristo como Salvador, e que dê evidência de crescimento espiritual.

O que poderia dar errado se eu não casar com alguém que não tem a mesma fé? Muitas coisas. Se você pudesse falar com Moisés ou com o Rei Salomão, eles poderiam contar-lhe sobre os perigos, tanto para a sua família como para a comunidade cristã. Moisés recebeu uma palavra sobre isso diretamente do Senhor, e Salomão sabia, por experiência própria, os resultados terríveis de casar com alguém fora de sua fé.

A lei que Deus deu a Moisés continha proibições contra uniões com os pagãos das nações vizinhas. Deuteronômio 7:3-4 diz:

Não se casem com pessoas de lá. [...] pois elas desviariam seus filhos de seguir-me para servir a outros deuses.

Apesar de Salomão saber disso, usou mal suas prerrogativas de rei e casou com todo o tipo de mulheres estrangeiras que serviam a ídolos. Como resultado:

À medida que Salomão foi envelhecendo, suas mulheres o induziram a voltar-se para outros deuses, e o seu coração já não era totalmente dedicado ao SENHOR, o seu Deus (1 Reis 11:4).

Tanto Salomão como toda a nação sofreram (vv.11-13).

Através da história de Israel, quando as pessoas casavam com pagãos incrédulos, havia uma influência negativa nos israelitas. Mesmo depois de seu castigo nas mãos de exércitos estrangeiros, os judeus que retornaram para Jerusalém tiveram que ser repreendidos por Esdras e Neemias (Esdras 9-10; Neemias 13:23-27), e depois por Malaquias (2:11-12). Amor, luxúria e circunstâncias os impediam de ver o que eles sabiam que era certo e errado.

Devemos guardar-nos contra a tentação de omitir esse princípio básico da compatibilidade espiritual. Só porque a outra pessoa é “magnífica”, “gentil e atenciosa”, ou parece ser “genuinamente apaixonada por você”, não permita que os sentimentos prejudiquem seu relacionamento com Deus.

Apesar dos apóstolos Paulo e Pedro falarem sobre a possibilidade de ganhar seu cônjuge para o Senhor (1 Coríntios 7:12-16; 1 Pedro 3:1-2), isto não significa que podemos entrar em um matrimônio sabendo que somos espiritualmente incompatíveis. Um cristão que se casa com um não-cristão pode estar diante de uma perturbação espiritual no matrimônio para toda a vida e numa batalha pelo bem-estar espiritual dos filhos.

Reflexão. Por que alguns cristãos escolhem casar com um não-cristão mesmo sabendo que isto não é certo? Que áreas de conflito se poderiam desenvolver em um matrimônio onde os dois não são cristãos? Que efeito este tipo de matrimônio poderia ter nos filhos ao crescerem?

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