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Trabalhando a esperança

Mercado de trabalho. Não sei exatamente o que essas palavras significam para você — a realização de um sonho, a possibilidade de fazer justiça, até mesmo de tentar mudar o mundo ou simplesmente o retorno financeiro para o sustento. Contudo, isso é muito relevante porque a crença que você tem sobre algo acaba por determinar seus pensamentos e comportamentos.

No início de sua primeira carta, Pedro fala sobre uma viva esperança. E por que ele chama essa esperança de vida? A resposta está na frase anterior: ela não está baseada em um princípio, mas em uma pessoa. Quando comecei a faculdade, sabia que havia me comprometido com 6 anos de curso, que obviamente incluiriam escolhas que influenciariam o trabalho pelo qual optaria no futuro, mas isso fazia a perspectiva de o mundo profissional parecer um tanto quanto distante. Porém, o último ano chegou e trouxe com ele um sentimento misto em meu coração: a esperança

se misturava com o medo. O mercado de trabalho me gera medo, pois existe dentro de mim uma crença, errada, de que a minha vida depende do meu sucesso na minha carreira profissional. Onde você coloca sua esperança, ali está sua confiança. Sem ter uma certeza sobre o que eu gostaria de fazer, a ansiedade tomou conta de mim, pois via o controle da situação escapar por dentre os meus dedos. A minha confiança estava em algo volúvel e frágil.

Mas onde deveria estar então a minha confiança? Pedro nos mostra que a rocha inabalável sobre a qual eu devo colocar a minha esperança é a ressurreição de Cristo. Uma verdade imutável, na qual podemos nos apoiar totalmente, pois não depende de nós, mas da misericórdia de Deus. A nós só nos cabe a fé na obra de Cristo. Assim, nada poderá nos tirar tal esperança, visto que “Deus [nos] protege com seu poder até que [recebamos] essa salvação, pronta para ser revelada nos últimos tempos” (1 PEDRO 1:5).

Isso, no entanto, não quer dizer que não haverá dificuldades. Elas podem aparecer como um “não” para o tão sonhado estágio, uma falta de respostas, uma quebra de expectativas quanto à sua escolha profissional ou até a indecisão sobre o que fazer. Mas suportem tudo isso, para a glória de Deus; porque a nossa alegria está exatamente na esperança viva: Cristo. Essa alegria duradoura é o que nos dará a força no momento da aflição. Não podemos gerir as circunstâncias, mas a nossa confiança deve estar naquele que detém as rédeas da história, Aquele que a está escrevendo. Por isso, descanse!

1. O que vem a sua mente quando você pensa no mercado de trabalho?

2. No que você tem colocado a sua confiança, e consequentemente, a sua esperança?

3. Como na prática você pode olhar para o mercado de trabalho com esperança e sem medo?