Grito de angústia!

Muitas vezes não podemos saber como nem de onde surgem pavores e sofrimentos em nossa vida. Sentimo-nos sem esperança. Nesses momentos, só nos resta olhar para cima e clamar pela misericórdia de Deus. Essa era a situação de Davi descrita neste salmo. Nessa angústia, Davi lança um clamor de sua alma aos céus: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito” (V. 5), expressão que vai ser o brado do Filho de Deus no momento em que rendeu o espírito ao Pai no alto da cruz.

Nenhuma esperança há para o corpo esmagado pela dor, mas o espírito é imortal. Está escrito: “O pó volte para a terra como o era e o espírito volte a Deus que o deu”.Davi sabe que Deus não está alheio ao seu sofrer (V. 7). Deus vê. Ele viu a aflição de Raquel, de Agar e de Ana. Deus viu a aflição do seu povo no Egito. A extrema dor e angústia do seu Filho na cruz não lhe passou despercebida.

Hoje, em pleno século XXI, os filhos de Deus estão sujeitos à dor. Nessas horas, nem tudo está perdido. Se chegarmos ao ponto de desespero para o nosso corpo, podemos entregar nosso espírito nas mãos de Deus.

Oração da família: Deus poderoso, damos-te graças porque podemos esperar de ti mesmo quando não vemos nenhuma outra esperança.