A Cultura do Fast Food e a Vida CristãExemplo

8. O sofrimento não é em vão

- Isabela Recktenvald – Wake Up 2022

“Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.” (2 Coríntios 4.17)

Alex. 28 anos. Sedentário. Alimentação completamente não saudável.

Agora tente imaginar esse homem, após um problema de saúde, ouvindo do médico que precisava urgentemente mudar seu estilo de vida para que pudesse ter uma expectativa de vida um pouco maior. Assim, ainda que com muita preguiça, nosso amigo Alex começa a fazer academia. As belas tardes onde assistia séries na frente de seu computador, foram substituídas por longas e tediosos períodos de tempo com exercícios chatos, pesados e doloridos. Aquele X-bacon de todo final de semana, se transformou em um prato com alface, rúcula e um pedacinho de carne. “Então isso é o que as pessoas chamam de sofrimento” pensa ao olhar para o prato e só enxergar o último pedaço de brócolis. Ele gira o braço e os músculos doem após um longo dia na academia. Desanimado, ele suspira ao dar a última mordida. “É pesado. Dói”.

Apesar de muito dramática, essa historinha consegue ilustrar mais ou menos como é o sofrimento para o cristão. Existem momentos em nossa vida onde as coisas talvez não vão dar certo e nos sentiremos mal. As aflições fazem parte da nossa vida aqui na terra, e precisamos passar por elas. Não é à toa que Jesus fala em João 16.33: “No mundo tereis aflições, mas tenham ânimo, pois eu venci o mundo!”. A verdade é que o sofrimento é algo real e necessário. Nesse sentido, o pregador inglês Charles H. Spurgeon dizia que “nossos sofrimentos são a oficina de Deus”. De fato, o Senhor pode usar as situações adversas da vida para nos ensinar lições e nos fazer crescer. Nada é por acaso.

Ao escrever aos coríntios, Paulo fala sobre o quanto é valiosa a graça do Senhor Jesus e como, não devemos desanimar, ainda que as coisas estejam complicadas. Devemos constantemente nos lembrar da grandeza do sacrifício de Jesus e do Seu amor que é mais do que suficiente para vivermos. Somos chamados a anunciar esse evangelho de salvação, pois, uma vez alcançados por Cristo, possuímos um tesouro valioso. E é tendo isso em mente que Paulo pede que não desanimemos. Pois, uma vez que nossos olhos estejam centrados naquilo que é eterno, tudo aquilo que é passageiro (e aqui entra o sofrimento), não parece tão mais difícil de se passar. As nossas dores continuam reais, nossos desafios ainda são presentes e as dificuldades ainda vem, mas, se temos em mente aquilo o que Jesus fez e fará na Eternidade, será mais fácil de enfrenta-las. Além disso, podemos ter certeza que, assim como Spurgeon enxerga o sofrimento como uma ferramenta de Deus para nos moldar, Paulo concorda com isso: “pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles”. (2Co 4.17).

Assim, em meio as nossas angústias e dificuldades, podemos nos apegar firmemente àquilo que Jesus fez, está fazendo e fará. Primeiramente olhando para o seu amor manifesto na Cruz, onde se entregou por nós. Ainda, podemos tentar perceber o que Ele está querendo nos ensinar ou melhorar em nós através das situações. E além disso, fixemos os olhos na esperança eterna, que é o dia que Ele voltará.

Podemos enxergar a vida assim como Alex, que, ao segurar um peso de 10 kg, com os braços tremendo e pensando em desistir, se lembra constantemente de como estava sua saúde antes de começar a mudar seus hábitos e em tudo o que esta mudança está lhe proporcionando. Com certeza, levantar cedo para malhar em manhãs frias e chuvosas é difícil, mas essa dor o faz crescer e produz uma qualidade de vida melhor. O sofrimento nunca é em vão, grande ou pequeno, Deus usa o sofrimento para o teu bem.

#seliga: Pense naquelas situações difíceis na tua vida, o que será que Deus pode estar querendo te ensinar?

“É na dor do sofrimento que podemos parar, reavaliar e nos colocar como dependentes de Deus em tudo: deixando-O moldar o nosso coração conforme a vontade dEle que é boa, perfeita e agradável.”