Amor maior – um relato da PáscoaExemplo

GÓLGOTA

Chegou o momento mais esperado da vida de Jesus. É sexta-feira. Jesus foi humilhado, torturado e exposto às multidões que o xingaram e o desprezaram. Ao final do caminho, teve as mãos e os pés cravados numa cruz. Poucos sabem que a morte por crucificação, era, na verdade, uma morte por asfixia. Quando o prisioneiro não mais conseguisse estender as pernas, o peso de seu corpo e a posição de seus braços o impediriam de respirar. Era uma escolha agonizante: colocar o seu peso sobre os pés perfurados ou, relaxar, e ser asfixiado. Ainda assim, Jesus não gritou ou resistiu, Ele apenas, orou: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23.34). Mesmo no momento de maior dor e sofrimento físico, Jesus escolheu amar, escolheu perdoar.

Durante toda essa cena de horror, uma multidão o acompanhou. Entre os que estavam ali, havia os soldados que repartiram as vestes de Jesus e tiraram sorte sobre seu manto. Foram como aqueles que hoje olham para Jesus questionando: “O que você tem para me dar?” Os soldados estavam à sombra da cruz, tocaram no Salvador, no Cordeiro, no Criador de todas as coisas, mas não se comoveram. Seus corações estavam voltados para o seu egoísmo e sua ganância.

Sacerdotes, escribas e anciãos também seguiram a Jesus e zombaram dele, como muitos que hoje também zombam de Cristo. Desdenham do Senhor e de seu sacrifício, porque creem ter todas as respostas e estar acima disso tudo. Em seu coração eles dizem, “Eu não preciso de Deus”. Eles estiveram juntos da cruz, mas a cruz não os quebrantou. Sua arrogância não deixou.

Mas alguns se impressionaram. Mas com muitos outros também foi assim, a começar por Faraó, até Herodes. Todos ficaram impressionados com o poder de Deus, mas não permitiram mudança alguma em suas vidas. Hoje acontece o mesmo. Nos impressionamos e nos emocionamos com Deus, mas, muitas vezes, temos medo de tomar uma decisão que faça diferença.

E onde estavam os amigos e discípulos de Jesus? Na hora mais dramática da vida de Jesus, poucos tiveram a coragem de ficar ao seu lado. O medo de serem implicados superou o compromisso que tinham com Ele. Talvez sejam como muitos outros que dizem amar a Cristo, mas são apenas espectadores.

Mas, há o ladrão! O criminoso na Cruz nos ensina algumas importantes lições: ele reconheceu o seu pecado, reconheceu quem Jesus era, e creu na eternidade! E, em sua profunda humildade, ele ouviu da boca do próprio Cristo: “Hoje estarás comigo no paraíso”.

Agora há uma pergunta incômoda que precisamos responder: dentre os grupos que estavam aos pés da cruz, à qual você pertence? Todas essas pessoas viram Jesus e viram a cruz. Mas não entenderam o principal. Por essa cruz, Jesus viveu, Jesus sofreu, e, naquela tarde de sexta-feira, Jesus morreu.