O silêncio de DeusExemplo

Não era para ser assim

Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado... (v. 18)

Anne Frank (1929–1945), em seu 13º aniversário, ganhou um diário, encapado com tecido xadrez vermelho e verde. Um mês após seu aniversário, para evitar a prisão pela polícia nazista, a família se mudou para um anexo secreto, onde Anne escreveu grande parte de seu diário.

Apenas uma estante de livros que, estrategicamente, escondia a porta os separava do restante do armazém. A tensão para manter o silêncio absoluto era enorme. Foram 25 meses de medo e terror. Porém, na manhã do dia 4 de agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto e todos foram levados para campos de concentração. Anne e sua irmã Margot morreram de tifo no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha.

No famoso museu Casa de Anne Frank, em Amsterdam, Holanda, está registrada a seguinte frase: “Os mortos recebem mais flores do que os vivos, pois o remorso é um sentimento mais forte do que a gratidão!”

Deus não planeja a nossa dor. Deus não tem prazer no nosso sofrimento. O sofrimento e a morte não fazem parte do plano original de Deus. Por isso, quando sofremos, podemos aprender a exercitar a gratidão e louvor a Deus. Como Lutero declara: “Assim o meu coração é convertido a Deus e despertado para que eu o louve, lhe agradeça, me refugie nele nas dificuldades e espere no seu socorro. E tudo isso contribui para que eu aprenda a reconhecer cada vez mais que Deus ele é”.*

Mesmo que nosso sofrimento não seja tão agudo como o desses personagens (Martin, Horatio e Anne), nosso louvor pode continuar. Não por causa da dor e do sofrimento em si. Isso seria masoquismo. Mas porque Deus caminha conosco e permite que o conheçamos mais profundamente.

* Lutero, WA 39.419,7-15.

Senhor, obrigado porque tu estás comigo e eu posso te dizer que está doendo!