Adoração, Um Plano Horizontal.Exemplo

A Palavra de Deus tem o poder de tirar a venda dos nossos olhos. Aprender sobre adoração com a própria Palavra é como ver um véu sair dos nossos olhos. Nós saímos de um entendimento raso sobre adoração que nos limita a momentos de culto no templo, a entoar canções ou nos expressar externamente, e passamos a compreender a profundidade do desafio de uma verdadeira adoração. Espero que você esteja sendo profundamente confrontado e orientado pelas Escrituras.

Precisamos nos perguntar frequentemente o que em nossa vida tem contribuído para uma FALSA ADORAÇÃO. No mundo em que vivemos são muitas as coisas que podem nos levar a uma adoração ilusória, mas acima de tudo, precisamos entender que o maior empecilho para uma verdadeira adoração somos nós mesmos.

Para sermos um verdadeiro adorador precisamos exercer todo dia algo que odiamos: a renúncia. Os fariseus da época de Jesus achavam que só eles adoravam da maneira correta. Mal eles sabiam que estavam longe do que Deus classificava como verdadeiros adoradores. Seus corações não estavam entregues, rendidos ao que Deus queria. Eles estavam, na verdade, no status que a aparência de santos rendia a eles diante da sociedade e da política da época.

Então eu me pergunto: será que eu também estou me enganando? Às vezes nossas muitas atividades eclesiásticas nos dão uma aparência e status que podem nos tirar da essência do que fazemos. Nos convencemos de que estamos rendendo algo ao Senhor quando, na verdade, estamos oferecendo uma adoração à nossa própria vaidade.

É assim que enxergo o jovem do texto de Lucas 18. Este jovem questiona Jesus a respeito de como poderia herdar a vida eterna e Jesus lhe responde citando várias coisas que ele deveria fazer. As orientações dadas a ele por Jesus são todas relacionadas à vida religiosa. Diante da resposta de Jesus o jovem responde prontamente: “Ah, isso eu já faço há muito tempo.” E Jesus prossegue pedindo agora que ele adore na prática, indo além dos deveres religiosos, mostrando com sua atitude que ele realmente é um adorador. Jesus, então, pede que aquele jovem se desfaça de todos os seus bens e os dê aos pobres. Então aquele jovem se recusa a seguir o Mestre porque seu coração não estava disposto a renunciar Ele não possuía um coração adorador.

Eu imagino que aquele jovem tenha pensado por toda a sua vida que ele era um adorador genuíno. Afinal, ele fazia tudo o que se esperava, ele cumpria todas as tarefas religiosas. Mas, diante do convite do próprio Jesus que lhe exigia renúncia, ele revelou sua verdadeira identidade: um adorador de seus próprios bens.

Pergunte a si mesmo: Eu sou mesmo um verdadeiro adorador?

Peça a Deus que sonde seu coração e o conduza, pois a Palavra nos diz que nosso coração é enganoso. Podemos estar envolvidos com tantas coisas, carregados de boa intenção e, ainda assim, não estarmos oferecendo a Deus a verdadeira adoração. Somente o próprio Deus pode nos ajudar nesta avaliação. Somente ao buscando-O em espírito nós poderemos saber se O estamos adorando em verdade.

Como vemos no texto João 15, sem Ele nada podemos fazer, nem mesmo adorá-Lo. Por isso, ore a Deus e peça: Senhor, faça de mim a cada dia um verdadeiro adorador. Eu preciso de Ti para isso