Perdão que nos leva a uma nova pureza

Cria em mim, ó Deus, um coração puro... (v. 10)

Pureza de coração parece ser um assunto complicado e inatingível. O que o salmista quer nos dizer com esse seu pedido?

No verão do ano passado tivemos, por quase duas semanas, pedreiro, encanador e outros profissionais da construção civil em nossa casa. A casa é geminada e tudo precisa passar pela porta da frente. Passa pela sala, cozinha, para então alcançar a área dos fundos, que precisava de melhorias. Mesmo com papelão sobre o piso, plástico, panos e portas fechadas nos quartos, havia pó por todo lado. Havia areia no chão, pó de cimento e a poeira da “Makita” que cortava o piso. Tudo isso deixou, por dias, uma desagradável sensação de sujeira.

O Salmo 51 é uma confissão e muito mais do que o desejo de ser puro no sentido de perfeição. O salmista declara que está cansado da sua sujeira. Ele percebeu que seu desejo e cobiça de querer coisas além daquilo que Deus tinha para ele o haviam deixado derrotado e infeliz.

A sujeira do pecado estraga relacionamentos e atrapalha a vida de um modo geral. Fomos feitos para aquilo que é bom. Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês (Fp 4.8).

A busca por um coração puro é primeiramente o cansaço das consequências de escolhas erradas, mas também a busca do que Deus pensou para nós. Ser puro é mais do que um lugar perfeito, ou de saber-se livre da confusão decorrente do pecado. Davi estava ciente do que existia no seu coração. Sabia que precisava ser limpo e que na pureza da alma se encontra a paz.

Senhor Jesus, disseste que feliz é aquele que tem um coração puro, e que este verá Deus. Não queremos nos conformar com a sujeira, antes, queremos te ver. Tem compaixão de nós!