Até às Últimas Consequências: a Vontade de ser Curada é Maior que a EnfermidadeExemplo

Até às últimas consequências: eu quero viver

O que fazer quando 12 anos se passam e você sente sua vida se esvaindo por conta de uma enfermidade? Lucas, o médico, conta uma história de superação e coragem de guerreira, cuja vontade de viver era maior do que a de morrer. E o mais incrível é que Lucas é médico, tornando a história ainda mais dramática.

Jesus recebe um pedido de um homem para ir até sua casa, pois sua filha está à beira da morte (Lucas 8.41). Jesus, cheio de compaixão, começa a se dirigir à casa de Jairo, um homem poderoso. O texto grego o chama de ἄρχων, archōn, um membro executivo da assembleia de anciãos de sua época. Alguém muito importante.

Com esse líder da sinagoga está Jesus e uma multidão (Lucas 8.42). O texto informa que a multidão o apertava (συνέπνιγον, synepnigon), como se estivessem sufocando Jesus, assim como as ervas daninhas sufocam as plantas. A multidão frenética o apertava e o oprimia.

A caminho da casa de Jairo, surge uma mulher em estado de sofrimento triplo. Ela estava doente, gastou tudo com a enfermidade e ninguém conseguia curá-la. Que desastre! Que sofrimento! Ela sofria de uma hemorragia há 12 anos. Sua vida estava sendo minada, e ninguém podia fazer nada. A própria lei orientava as mulheres a se recolherem em suas casas em casos como esse (Levítico 15.25).

O texto diz "quem ninguém tinha podido curar" ela (Lucas 8.43), (θεραπευθῆναι, therapeuthēnai). Essa expressão significa que nenhum médico foi eficiente o suficiente para reverter seu estado físico.

Mas a obstinação dessa mulher é surpreendente. Ela não quer morrer. E encontra em Jesus a oportunidade de ter vida. O que será que ela fará?

Que história! Acompanhe até que ela nos mostre que viver é lutar.

Fabiano do Ramo

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