Três dias e Três Noites: O Mistério de Jesus e JonasExemplo

Os diferentes calendários

Durante o tempo de Jesus, diferentes grupos judaicos seguiam calendários distintos para determinar as datas das festas, incluindo a Páscoa. Essa variação nos calendários pode explicar as diferenças nos relatos dos Evangelhos sobre os eventos que cercam a crucificação de Jesus. Por exemplo, os fariseus e saduceus, que seguiam calendários ligeiramente diferentes, podem ter observado a Páscoa em dias consecutivos. Isso pode ajudar a esclarecer porque os Evangelhos Sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) e o Evangelho de João parecem ter cronologias distintas para a última semana de Jesus.

A palavra "Páscoa" em hebraico é פֶּסַח (Pesach), e a palavra "calendário" em grego é ημερολόγιο (hēmerológio), que designa os diferentes métodos de calcular os dias festivos.

Outro grupo importante era o dos essênios, que também tinham seu próprio calendário, diferente tanto dos fariseus quanto dos saduceus. Há especulações de que Jesus e seus discípulos possam ter seguido o calendário essênio para celebrar a Páscoa. Este grupo, conhecido por seu isolamento e práticas ascéticas, vivia em comunidades como Qumran, e sua observância religiosa era rigorosa e distinta do judaísmo mais mainstream.

Entender essas diferenças de calendário é crucial para desvendar o mistério do "sinal de Jonas" e como Jesus pode ter cumprido precisamente as profecias relacionadas ao tempo que Ele passou no sepulcro. Ao conhecer essas nuances, podemos apreciar ainda mais a complexidade e a beleza do plano redentor de Deus, que transcende nossas limitações temporais e culturais.