Milagres de JesusExemplo

Milagre em Siloé

“Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”. Estamos diariamente tentando entender as coisas, seus motivos e suas causas. Quando acessamos um site de notícias ou mesmo assistimos telejornais vemos tantas situações e nos perguntamos o porquê de tudo estar acontecendo. “Ah, isto é assim por causa daquilo”, rápido, concluímos. Nossa mente trabalha com um senso de meritocracia enorme, porque, para nós, não é justo alguém receber algo sem ter feito nada para isso, quer seja bom ou mal.

Os discípulos, na passagem que abordamos, também agem assim. Estão diante de um homem que havia nascido cego, eles queriam uma explicação meritória para definir a causa daquela cegueira. “Com certeza alguém pecou para que ele nascesse assim, mas quem? Ele ou seus pais?”. Era isso o que eles estavam dizendo quando falaram com Jesus. A resposta é um transbordar de graça e propósito: “Nem ele pecou e nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus”, respondeu Jesus. Após dizer isso, Jesus foi ao cego e o curou de forma extraordinária. A vida daquele homem mudaria completamente a partir deste momento e, tenha certeza de uma coisa, todo o sofrimento que ele havia enfrentado ficaria para trás. Nova vida, nova alegria e nova esperança. Vejamos o que podemos extrair como princípios para as nossas vidas deste belo texto sagrado.

Em primeiro lugar, precisamos entender que por vezes situações boas e/ou ruins não terão ligação meritória com o que fazemos ou deixamos de fazer. É apenas para que a obra de Deus se manifeste em nós (Jo 9.1-4). Os discípulos queriam uma justificativa para a cegueira, mas a justificativa era apenas essa: essa cegueira servirá para que Deus se revele aos que são seus. Talvez você esteja buscando as causas para o seu sofrimento, ou o que motivou essa situação complicada que você se encontra e não está encontrando. Lembre-se do que está no Salmo 46.10: “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus”. Descansemos nossos corações na soberania de Deus e a Glória dEle se manifestará no momento certo.

Em segundo lugar, estejamos prontos para enfrentar aqueles que duvidarão do milagre (Jo 9.8-34). O agora ex-cego precisou provar que era ele mesmo, para as pessoas que conviviam com ele diariamente. “Sou eu”, dizia. Ele teve que provar para estes e depois para os fariseus (fariseu é uma pessoa que tem uma dificuldade enorme em acreditar em milagres, principalmente na vida dos outros), ao ponto de ser necessário trazer seus pais para confirmar que ele realmente era a criança que havia nascida cega. O milagre que acontecerá em nossas vidas será tão grande e tão notório que ficaremos irreconhecíveis para os olhos dos incrédulos e fariseus que nos cercam. A bênção de Deus virá. Você crê?

Em terceiro e último lugar, defendamos com todas as nossas forças a nossa fé em Jesus, pois foi Ele quem operou o milagre (Jo 9.16-17, 24, 29). Tentaram de todas as formas fazer com que o ex-cego menosprezasse a pessoa de Jesus, chamando-o até de pecador. Mas o ex-cego, mesmo com limitado conhecimento a respeito de quem o havia curado disse: “Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo” (Jo 9.25). Aleluia! Logo mais a frente, Jesus o encontra e se revela salvificamente a este homem, e o texto sagrado afirma que ele “creu em Jesus e o adorou” (Jo 9.38).

Concluímos, com tanto ainda para ser dito a respeito de um texto tão rico em detalhes, mas felizes em poder afirmar que: “Há tempo para todo propósito debaixo dos céus” (Ec 3.1) e que nossa alma precisa descansar em Deus e em sua providência, pois no momento certo, essa atual situação servirá certamente para que as “obras de Deus se manifestem”. Amém, amém e amém!

Questões para sua reflexão:

1. Por que os discípulos questionaram Jesus sobre quem havia pecado, para que aquele homem nascesse cego?
2. Como reagiu o ex-cego ao ser confrontado pelos fariseus?
3. Quais princípios você aprendeu e vai aplicar em sua vida hoje?

************************************

Pr. Arieuston Gomes Netto, pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Manaus