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Génesis 27:18-46

Génesis 27:18-46 OL

Jacob levou a comida ao quarto onde o pai estava deitado: “Pai!”, chamou. “Sim, meu filho. Mas quem és, Esaú ou Jacob?” “Sou Esaú, o mais velho. Fiz o que me pediste. Aqui está a caça preparada como tu gostas. Levanta-te, come e abençoa-me segundo tudo o que sentes no coração.” “Como foi que conseguiste apanhar caça assim tão depressa, meu filho?”, perguntou. “Foi o SENHOR, teu Deus, que a pôs no meu caminho!” “Chega-te aqui. Quero sentir-te, para ver se és realmente Esaú.” Jacob aproximou-se do pai, que lhe tocou no corpo. “A voz é a de Jacob, mas as mãos são realmente as de Esaú!” E não conseguiu reconhecê-lo porque o disfarce que Jacob trazia o enganou. “És mesmo Esaú?”, perguntou. “Sou, sim!” “Bem, então chega-me a comida. Depois de comer abençoar-te-ei conforme tudo o que sinto no coração.” Jacob chegou-lhe a travessa; ele comeu, acompanhado com o vinho que o filho também lhe trouxera. “Vem cá e dá-me um beijo, meu filho!” Jacob chegou-se e deu-lhe um beijo no rosto. Isaque cheirou os fatos que ele tinha vestido; pareceu convencido e abençoou-o. “Este cheiro do meu filho é o bom cheiro da terra e dos campos que o SENHOR abençoou! Que Deus te dê sempre abundância de chuvas para as tuas searas, colheitas ricas e vinho novo. Que os povos te venham a servir e te honrem. Que sejas senhor dos teus irmãos e que te respeitem. Malditos sejam os que te amaldiçoarem e benditos sejam os que te abençoarem.” Isaque tinha acabado de abençoar Jacob, e este apenas tinha saído do quarto onde se encontrava o pai, quando Esaú chegou da caça. Foi também preparar o prato favorito do pai e trouxe-lho: “Pronto, aqui estou eu, meu pai, com a caça que me pediste. Senta-te e come, para que me possas dar então a tua melhor bênção!” “Mas, quem és tu?” “Sou eu, Esaú, o teu filho mais velho!” Isaque começou a tremer. “Então quem foi que esteve aqui agora mesmo e me deu a comer da caça que eu pedira, e a quem abençoei sem poder voltar atrás?” Esaú, ao ouvir aquilo, começou a clamar desesperado e profundamente amargurado. “Ó meu pai, abençoa-me, abençoa-me também!” “Foi o teu irmão que esteve aqui e me enganou e conseguiu tomar de mim a tua bênção!” E Esaú comentou dececionado: “Não é de admirar que se chame Jacob! Primeiro ficou-me com o meu direito de filho mais velho e agora suplanta-me na bênção. Pai, não tens nenhuma bênção para me dar?” “Eu pu-lo por teu senhor; os seus parentes e tu próprio o servirão; garanti-lhe abundância de trigo e de vinho. O que há de ter ficado para ti?” “Nem uma só bênção ficou para mim? Pai, abençoa-me também!” E Esaú chorou de desespero. “Não terás uma vida fácil, nem confortável; a terra não te dará o melhor que tem nem o céu as suas chuvas. Pela espada conseguirás abrir um caminho na vida. Por um tempo servirás o teu irmão, mas por fim libertar-te-ás do seu domínio e ficarás livre.” Por isso, Esaú ficou a odiar Jacob, por causa da bênção que o seu pai lhe dera. E disse para consigo: “Meu pai partirá em breve desta vida. Então hei de matar Jacob.” Mas alguém foi pôr Rebeca ao corrente disso. Esta mandou logo chamar Jacob para o avisar que a sua vida estava em perigo devido à ameaça do irmão. “O que há a fazer”, disse ela, “é isto: foge para casa de teu tio Labão, em Harã. Fica lá uns tempos até que passe esta fúria ao teu irmão e esqueça o que lhe fizeste. Nessa altura, mandarei chamar-te. Porque é que vos havia de perder aos dois no mesmo dia?” Rebeca disse depois a Isaque: “Estou cansada e aborrecida por causa das moças hititas. Preferia morrer a ver Jacob casado com uma delas!”

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