15 Dias na carta aos GálatasExemplo

Abraão era considerado o pai dos judeus e foi o homem com quem Deus estabeleceu pela primeira vez a circuncisão como sinal de aliança, tal como diz em Génesis 17:10. Paulo está a usar este exemplo para realçar algo importante na forma como Abraão foi colocado no seu relacionamento com Deus.

Paulo quer mostrar-nos que o facto de somente acreditarmos em Deus não chega, isso não é fé salvífica, porque “até os demónios acreditam “, como podemos ler em Tiago 2:19. Abraão teve de acreditar e confiar em Deus e confiar na sua promessa para o salvar. A fé salvífica é diferente da crença na existência de Deus e da Bíblia. A fé salvífica mostra-nos que a nossa justificação está apenas no dom da justiça, que Cristo nos dá pela fé, dom esse que nos traz perdão e aceitação perante Deus. E Abraão percebeu isso mesmo, ele mostrou-nos que a fé salvífica é a fé nas promessas de Deus e não tem nada a ver com aquilo que fazemos. Timothy Keller, acerca de Abraão, diz: “Deus entraria na história e faria uma ação poderosa que não dependia da capacidade humana. A promessa de um herdeiro depende totalmente de Deus, não de Abraão. Abraão teve de acreditar que Deus faria isso. E em Génesis 15, Abraão acreditou.”

No versículo 13, Paulo usa uma palavra muito forte: maldição. Usa-a para afirmar que aquele que busca a salvação por meio da observância da Lei não encontrará paz, mas cai sob a condenação e a maldição da Lei, a morte.

A nossa salvação significa muito mais do que obter perdão. Por causa do sacrifício que Cristo fez por nós, somos considerados santos na presença de Deus. Percebermos isso liberta-nos do peso da maldição e coloca no nosso coração o desejo de louvarmos mais o nome de Deus.